A noite já ia longa, e as garrafas vazias sobre a mesa denunciavam que tinham passado da conta. O riso fácil, as confidências sem filtros, os olhares demorados. Laura e Inês eram amigas há anos, cúmplices em tantas histórias, mas naquela noite a energia entre elas era diferente.
— Sabes que és linda, não sabes? — Inês sussurrou, o olhar semicerrado, um sorriso de quem sabia exatamente o que estava a fazer.
Laura riu, um pouco nervosa. Nunca tinha pensado nela dessa forma… ou talvez tivesse, mas nunca quis admitir. Sempre gostou de homens, mas ali, com Inês a olhar para ela daquela maneira, o desejo subiu-lhe à pele como um arrepio quente.
— Estás bêbeda — brincou, tentando aliviar a tensão.
— Talvez… mas isso não torna menos verdade o que disse.
Inês aproximou-se devagar, sem pressa, esperando qualquer sinal para recuar. Mas Laura não recuou. Sentiu a respiração dela tão perto da sua boca que fechou os olhos instintivamente. Foi nesse instante que Inês a beijou.
Um beijo lento, provocador, molhado. A língua de Inês explorou a sua boca com uma fome que Laura nunca tinha sentido antes. O corpo reagiu antes da mente. Sentiu os mamilos endurecerem sob o tecido fino da blusa, o calor a crescer entre as pernas.
— Se quiseres que pare, diz-me agora… — Inês murmurou contra os seus lábios, as mãos já deslizando pelo seu corpo.
Laura não disse nada. Apenas puxou Inês pela cintura, colando os corpos num encaixe perfeito. As mãos quentes subiram-lhe pelas coxas, puxaram o vestido curto para cima. Os dedos atrevidos percorreram a pele nua, explorando, provocando.
Laura arfou quando sentiu a mão de Inês deslizar por dentro das suas cuecas, encontrando-a já molhada.
— Foda-se… — Inês sorriu contra a sua boca. — Nunca pensaste nisto, pois não?
Laura abanou a cabeça, mordendo o lábio, mas não conseguia parar. Estava a perder-se naquele toque, naquele prazer novo e viciante. Inês deslizou dois dedos para dentro dela, devagar, saboreando cada reação. O polegar encontrou o clitóris, pressionando no ritmo certo.
— Vou-me vir… — Laura gemeu, as unhas cravando-se nos ombros dela.
— Então vem para mim…
O orgasmo chegou como uma onda intensa, arrancando-lhe um gemido rouco. Mas Inês não parou. Trocou posições, deitando Laura no sofá, afastando-lhe as pernas. O olhar escuro de desejo prometia muito mais.
— Quero provar-te.
E antes que Laura pudesse sequer pensar, sentiu a boca quente de Inês a devorá-la, a língua deslizando entre os seus lábios, sugando o clitóris com precisão. O prazer voltou a subir num crescendo insuportável.
— Oh, porra… Inês!
Dessa vez, o orgasmo foi ainda mais intenso. As pernas tremeram, o corpo arqueou-se em espasmos incontroláveis. E quando finalmente recuperou o fôlego, encontrou Inês a olhar para ela com aquele sorriso sacana.
— Estás a corar… — provocou.
Laura riu, ofegante, puxando-a para mais um beijo.
— Talvez seja do álcool…
— Claro que sim — Inês piscou-lhe o olho. — Mas agora que começámos, acho que ainda temos a noite toda para descobrir mais sobre isso…
E sem mais palavras, Inês puxou da gaveta um strap-on, pronta para a próxima lição.