Lisboa foi o palco de uma noite ardente – Andrew e Jake

O calor de Lisboa em 2022 (durante o mês de julho) era sufocante, mas o Andrew mal dava por isso.

Caminhava pelas ruas com a sua câmara ao ombro, os seus olhos verdes fixando-se em cada detalhe da cidade que o fazia sentir-se mais vivo do que nunca.

Era a sua primeira vez numa exposição internacional de fotografia, e um misto de nervosismo e entusiasmo fervilhava dentro dele.

Sempre fora reservado, um pouco tímido, especialmente quando rodeado de tanta gente.

Na verdade, o Andrew estava de visita a Portugal para ver a família. Tinha decidido passar alguns dias em Lisboa para encontrar velhos amigos da faculdade, pessoas com quem mantinha contacto, mas que raramente via.

Já estava há três dias a ficar na casa da Clara, uma amiga dos tempos universitários que vivia em Campolide, e a cidade tinha-lhe trazido uma onda de nostalgia e, ao mesmo tempo, uma nova energia.

Voltando ao tema da exposição internacional de fotografia, ao entrar na galeria, foi imediatamente envolvido pela luz suave que iluminava as fotografias com uma aura quase mágica.

A exposição internacional de fotografia focava-se sobretudo em paisagens, captando a essência de lugares remotos e urbanos, desde vastas planícies desertas até cidades vibrantes ao pôr do sol.

As cores vibravam em cada imagem, contrastando com os detalhes sombreados que os fotógrafos habilmente exploravam.

Havia montanhas cobertas de neve, florestas densas, praias desertas e ruelas estreitas, cheias de história.

Algumas fotografias eram amplas e imponentes, enquanto outras captavam a intimidade de pequenos detalhes — folhas molhadas pelo orvalho, um raio de sol a atravessar as nuvens.

O Andrew perdia-se nessas paisagens, mergulhando em cada história, cada visão do mundo.

Admirava o trabalho daqueles fotógrafos que, como ele (embora num registo mais amador), conseguiam ver o mundo de uma forma única, revelando aquilo que muitas vezes passava despercebido aos outros.

Era quase como se pudesse sentir o vento frio das montanhas ou o calor seco do deserto, apenas ao contemplar as imagens.

Enquanto os seus olhos percorriam a parede de fotografias, de repente, sentiu uma presença ao seu lado.

Não precisou de olhar de imediato, mas a energia daquela pessoa chamou a sua atenção.

Havia uma calma curiosa, uma presença leve, mas inegavelmente intrigante.

— Este ângulo é incrível, não achas? — perguntou uma voz jovem, com um leve sotaque britânico, que despertou um sorriso interior em Andrew.

Quando se virou, deparou-se com Jake.

Loiro, alguns anos mais novo que ele, com um cabelo desalinhado que parecia cuidadosamente descuidado.

Os olhos de Jake, intensos e inquisidores, fixaram-se nos de Andrew, e por um breve momento ele perdeu o fôlego.

O contraste entre os dois era óbvio: O Jake era confiante e descontraído, enquanto Andrew mantinha a sua postura reservada, tentando não revelar o turbilhão de emoções que o invadia.

No entanto, havia algo no Jake que o fazia baixar as defesas, como se aquele rapaz tivesse o poder de ver além da sua timidez.

— Sim, é.… diferente — respondeu o Andrew, com a sua voz a sair mais suave do que esperava, sentindo o calor subir pelo corpo.

O Jake sorriu. Aquele sorriso que fez o coração do Andrew bater um pouco mais rápido. Sem hesitar, o Jake aproximou-se, sendo que os seus ombros quase tocaram os do Andrew, criando uma tensão elétrica entre os dois.

Mas era uma tensão estranhamente confortável, como se os dois estivessem à espera deste momento há muito tempo.

— Também és fotógrafo? — perguntou o Jake, sem desviar o olhar.

Os seus olhos pareciam querer descobrir mais do que as palavras de Andrew podiam revelar.

— Sim, mas sou só um amador — admitiu o Andrew, com um pequeno sorriso, lutando para esconder a timidez que sabia que o Jake já tinha captado.

— Gostava de te fotografar — disse o Jake, com uma franqueza desarmante, sem rodeios.

O Andrew sentiu-se momentaneamente surpreendido pela abordagem direta, mas havia algo no tom de Jake que era ao mesmo tempo intrigante e confortável.

Foi nesse momento que ele percebeu que o Jake não era apenas mais um visitante da exposição — era o próprio curador.

O Jake vivia em Lisboa há ano e meio, embora fosse natural de Londres.

Ele tinha vindo para Portugal para curar a exposição, aproveitando a oportunidade de explorar mais a sua herança familiar.

A sua mãe era britânica, mas o pai vivia em Albufeira com a sua madrasta há mais de 19 anos.

Desde pequeno, o Jake dividia o seu tempo entre Londres e o sul de Portugal, o que lhe dava uma perspetiva única, misturando influências urbanas e rurais no seu olhar artístico.

O Jake falava português e inglês (tal como o Andrew) por esta razão.

Um pedido inusitado e uma saída anunciada

O Andrew olhou-o com mais atenção. Havia uma certa dualidade no Jake: o sotaque britânico contrastava com a facilidade com que parecia integrar-se no cenário português.

As suas roupas casuais, mas elegantes, e a confiança natural que exalava deixavam claro que ele estava perfeitamente à vontade naquele papel, comandando a exposição com um olhar atento e uma paixão evidente pelo que fazia.

— És o curador? — perguntou o Andrew, agora com uma nova camada de curiosidade.

— Sim, sou eu quem reuniu estas obras. Fiquei fascinado por alguns dos trabalhos e não resisti à ideia de montar algo aqui, em Lisboa.

Há algo de especial nesta cidade… — o Jake fez uma pausa, sorrindo de maneira que fez o Andrew sentir um calor a espalhar-se pelo corpo. — Mas hoje estou mais fascinado com o que vejo à minha frente.

O Andrew sentiu o rosto aquecer com o comentário do Jake, uma mistura de surpresa e atração invadiu-o.

Ele não estava acostumado a ser o centro da atenção de alguém tão direto, ainda mais num ambiente tão cheio de arte e pessoas. Mas havia algo na maneira como o Jake o olhava, algo que o desarmava.

Não era apenas desejo, era curiosidade, quase como se Jake quisesse ver para além da sua timidez.

— Não sei se sou assim tão interessante… — murmurou o Andrew, tentando assim quebrar a tensão que crescia entre os dois.

O Jake riu suavemente, um riso leve e seguro. Deu um passo em frente, ficando consequentemente mais próximo.

Havia uma confiança desinibida naquele olhar, e o Andrew sentia-se quase hipnotizado.

— Nunca subestimes o que alguém vê em ti. — o Jake olhou de relance para a câmara ao ombro de Andrew. — Tens uma paixão pela fotografia. Eu posso ver isso. E paixão é sempre interessante.

O Andrew sentiu-se vulnerável. Era raro alguém perceber tão rapidamente uma parte tão íntima dele. Antes que pudesse responder, o Jake continuou:

— Sabes… desde que estou aqui, tenho encontrado inspiração em todo o lado.

Lisboa tem essa magia, e agora percebo porquê. Estar aqui, viver este contraste entre o caos de Londres e a calma de Albufeira quando visito o meu pai… — o Jake fez uma pausa, como se estivesse a escolher cuidadosamente as palavras. — Mas hoje, acho que encontrei algo… ou alguém… que me desperta ainda mais a curiosidade.

O coração do Andrew acelerou, e ele sentiu a garganta secar.

Tentava processar as palavras do Jake enquanto tudo à sua volta parecia ter ficado em silêncio.

A galeria, as fotografias, os outros visitantes, tudo desapareceu. Só os dois existiam naquele momento.

— E o que é que te desperta tanta curiosidade? — perguntou o Andrew, numa tentativa de manter a calma, embora o seu corpo estivesse alerta, cada nervo consciente da proximidade do Jake.

O Jake sorriu, um sorriso suave, quase predatório, mas não agressivo.

— Tu. — A resposta foi simples, mas carregada de significado. — Há algo em ti, Andrew. A maneira como olhas para o mundo, como o captas através da tua lente. Gostava de conhecer mais.

O Andrew não sabia o que responder. Sentia-se dividido entre a atração e o medo de se expor. Mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, o Jake continuou:

— Eu sei que mal nos conhecemos, aliás, estamos a falar há 10 minutos, mas às vezes há coisas que não precisam de muito tempo para serem percebidas.

Tenho um estúdio aqui perto. Se quiseres, podemos continuar esta conversa por lá… e quem sabe, tirar algumas fotografias?

A proposta do Jake pairou no ar, uma oferta que parecia tanto uma oportunidade de partilhar a paixão pela fotografia quanto algo mais íntimo, mais pessoal.

O Andrew olhou para ele, tentando avaliar se estava pronto para aceitar o convite.

Sentia o peso do momento. Não era apenas sobre a fotografia. Sabia que, se fosse com o Jake, estaria a abrir-se de uma forma que raramente permitia.

Mas havia algo naquela tarde, naquele encontro, que o fazia querer arriscar.

— Acho que… sim. Vamos. — As palavras saíram antes que pudesse pensar demais, e ao dizê-las, sentiu uma descarga de adrenalina percorrer o seu corpo.

O Jake sorriu mais amplamente desta vez, e o brilho nos seus olhos deixou claro que também estava a sentir a eletricidade daquele momento.

— Ótimo. Vem, mas espera só um instante — disse o Jake, com um sorriso leve. — Preciso de falar com uma pessoa aqui da galeria antes de sairmos. Não demoro.

A cabeça do Andrew já estava a mil

O Andrew assentiu, observando o Jake afastar-se pelo salão, em direção a uma figura que parecia ser alguém da organização da exposição.

Ficou ali, de pé, a sentir o calor suave das luzes sobre ele, com a expectativa a crescer.

Por um momento, o barulho ao redor parecia distante, como se estivesse mergulhado numa outra dimensão, à espera de algo mais.

Enquanto esperava, os seus olhos vaguearam pelas fotografias nas paredes. Havia uma grande diversidade de temas e estilos, mas uma imagem em particular chamou a sua atenção.

Era uma fotografia de um homem nu, captada de forma artística, quase etérea.

A pele clara do modelo contrastava com o fundo escuro, o corpo parcialmente envolto por sombras, mas revelando o suficiente para destacar a sua beleza crua e vulnerável.

O Andrew sentiu um nó no estômago, uma sensação que o puxava para aquela imagem, algo visceral e inegável.

Fixou-se nos detalhes: o contorno dos músculos, a forma como a luz tocava suavemente a pele, as linhas do corpo que transmitiam força e fragilidade ao mesmo tempo.

Não era apenas a estética da fotografia que o cativava, mas também o que ela evocava nele.

Sentia-se atraído, não apenas pela imagem em si, mas pelo que ela representava.

A sua sexualidade sempre fora algo que vivia com naturalidade, sem grandes dramas ou hesitações.

No entanto, ali, naquela galeria, algo dentro do Andrew estava a mudar.

Era como se todas as barreiras emocionais que ele inconscientemente mantinha tivessem começado a desvanecer-se, à medida que os seus pensamentos se fixavam inevitavelmente no Jake.

Havia algo no fotógrafo que o fazia sentir-se exposto, mas de uma forma boa, libertadora.

O Jake era confiante, desinibido, e essa aura de segurança mexia com ele de um jeito que ainda não sabia como processar completamente.

A atração era inegável, e ele não podia mais ignorá-la. Não era só física — embora fosse impossível não reparar no sorriso fácil e nos olhos penetrantes do Jake —, era também algo mais profundo.

O Jake parecia compreendê-lo, e isso era ao mesmo tempo desconcertante e excitante.

Sentiu o corpo a aquecer, uma mistura de nervosismo e desejo a borbulhar dentro de si.

O que viria a seguir era imprevisível, mas o Andrew já sabia que queria seguir esse caminho, fosse onde fosse.

De repente, ouviu passos suaves a aproximarem-se. O Jake estava de volta, com um brilho nos olhos e o mesmo sorriso que o deixava sem chão.

— Desculpa a demora. Podemos ir agora — disse ele, com uma voz suave, mas carregada de uma expectativa sentida.

O Andrew lançou um último olhar à fotografia do homem nu antes de seguir o Jake para fora da galeria.

O calor de Lisboa envolveu-os de novo, mas agora parecia diferente.

Algo dentro do Andrew estava a despertar, qualquer coisa que só o tempo diria onde o levaria.

Um novo mundo abria-se na vida do Andrew

O sol estava a descer no horizonte, lançando uma luz dourada sobre as ruas.

— O estúdio é perto daqui, no Bairro Alto. Vai ser rápido — disse o Jake, enquanto caminhavam lado a lado pelas ruas estreitas e íngremes que caracterizavam a cidade.

O Andrew conhecia bem a fama do Bairro Alto, com os seus becos sinuosos, o seu charme boémio, e a mistura entre tradição e modernidade.

Era um dos locais mais vibrantes de Lisboa, cheio de vida, onde o antigo e o novo coexistiam.

Ao mesmo tempo, era um lugar de contrastes, perfeito para alguém como Jake — um fotógrafo cujo olhar captava tanto a beleza clássica quanto a intensidade do mundo contemporâneo.

Enquanto subiam as ruas em direção ao estúdio, o Andrew não conseguia afastar a sensação crescente de expectativa. Cada passo que davam parecia aproximá-los não só fisicamente do destino, mas também emocionalmente.

Havia uma tensão considerável entre os dois, algo que o Andrew sentia mais forte a cada momento.

Ao chegarem ao prédio antigo, com uma fachada típica de azulejos, o Jake abriu a porta de madeira robusta e fez sinal para que Andrew o seguisse.

O estúdio era espaçoso, com grandes janelas que deixavam entrar a luz suave do fim de tarde.

A decoração era minimalista, com um toque de modernidade; câmaras antigas em exposição, quadros com fotografias em preto e branco espalhados pelas paredes, e, ao fundo, um grande sofá de couro castanho.

O Jake fechou a porta e, enquanto o Andrew observava o ambiente, comentou casualmente:

— Tenho um espaço idêntico em Londres, numa zona conhecida, perto de Notting Hill. Sempre quis um estúdio que refletisse o meu trabalho, onde quer que estivesse.

O Andrew levantou as sobrancelhas, impressionado, mas tentou disfarçar.

Era claro que o Jake não apenas tinha talento, mas também recursos.

Ele continuou, como se estivesse a partilhar algo sem importância:

— O meu pai é empresário. Ele tem negócios com sedes em Inglaterra, Irlanda, Amesterdão, Barcelona e… Albufeira, claro — acrescentou, com um sorriso de quem reconhece o privilégio, mas não se deixa intimidar por ele.

A revelação de que o Jake vinha de uma família endinheirada explicava a sua facilidade em circular entre Lisboa e Londres, bem como a confiança e segurança que exalava.

O Andrew notou que, embora houvesse um certo despojamento no seu estilo de vida, o Jake estava claramente habituado ao melhor que o mundo tinha para oferecer.

O Jake moveu-se com naturalidade pelo estúdio, a confiança fluindo em cada gesto. Ele foi até uma pequena bancada no canto e agarrou em duas garrafas de vidro.

— O que achas de um gin tónico? — perguntou, enquanto preparava a bebida com uma rapidez que mostrava prática.

O Andrew acenou, grato pela forma como o Jake mantinha as coisas leves. As suas mãos ainda estavam um pouco suadas, uma combinação de nervosismo e a atração que sentia a crescer a cada segundo.

O estúdio estava envolto numa tranquilidade que contrastava com o calor e o caos das ruas de Lisboa, e a presença do Jake fazia o ambiente parecer ainda mais íntimo.

Após preparar as bebidas, o Jake entregou-lhe um copo e sentou-se no sofá, cruzando as pernas casualmente.

Trocaram algumas palavras, falando sobre fotografia, viagens, e a vida em geral.

O Andrew sentia-se relaxar aos poucos, à medida que a conversa fluía. O tempo parecia desacelerar ali dentro, envolto numa leveza quase hipnotizante.

Após alguns momentos, o Jake terminou o último gole da sua bebida e levantou-se.

Olhou para o Andrew, com os olhos a cintilar com a mesma curiosidade profissional que tinha notado na galeria.

— Queres que te fotografe agora? — perguntou ele, mas a sua voz carregava um tom que parecia mais do que uma simples pergunta.

O Andrew assentiu, sentindo um arrepio a percorrer-lhe a pele, e o Jake indicou uma poltrona que estava posicionada perto de uma parede branca, onde algumas luzes estavam direcionadas.

— Senta-te aqui — pediu o Jake, com o olhar sério e focado.

O Andrew sentou-se, ajustando-se na poltrona macia, enquanto o Jake preparava a câmara com a precisão de alguém que fazia aquilo quase de olhos fechados.

A tensão no ar era palpável, e o Andrew podia sentir a excitação silenciosa daquele momento, o peso de ser visto através da lente de alguém que já o atraía tanto.

O Jake olhou para ele através do visor, a câmara agora entre eles, mas o olhar por trás da máquina parecia tão penetrante quanto antes.

— Relaxa. Quero capturar o que estás a sentir agora — murmurou o Jake, com a voz baixa, mas cheia de intenção.

E foi naquele momento, ali, naquela poltrona simples de couro, que o Andrew se deu conta do quão vulnerável estava. Mas não de um jeito desconfortável.

Era como se, pela primeira vez, se deixasse ser visto de verdade.

Os dois sentiam-se muito íntimos naquele estúdio

O Jake começou a tirar as primeiras fotos com uma precisão tranquila, ajustando a luz e o ângulo, capturando o Andrew de uma forma que o fez sentir-se exposto e confortável ao mesmo tempo.

A forma como a câmara clicava repetidamente, acompanhada pelo som suave das direções do Jake, criava um ritmo quase hipnótico.

As barreiras entre os dois foram-se desvanecendo, e cada nova pose, cada troca de olhares, tornava o ambiente mais íntimo.

— Inclina-te um pouco mais para a direita… perfeito — orientava o Jake, enquanto o Andrew relaxava cada vez mais na poltrona, os músculos antes tensos agora mais soltos, e um sorriso natural surgindo no seu rosto.

A certa altura, o Jake baixou a câmara, rindo levemente.

— Fazemos uma pausa? — perguntou ele, enquanto se levantava e foi buscar os cigarros.

O Andrew assentiu, sentindo a leveza do momento crescer, e aceitou o cigarro que o Jake lhe ofereceu.

Fumaram em silêncio por alguns minutos, o cheiro do tabaco a preencher o ar do estúdio, enquanto o sol, lá fora, desaparecia por completo, dando lugar a um céu azul-escuro, pontuado pelas luzes da cidade.

— Mais um gin? — perguntou o Jake, levantando-se com um sorriso cúmplice.

O Andrew riu, já mais descontraído, e concordou. O Jake preparou outro gin tónico para ambos, e, ao entregar o copo, sentou-se novamente, mas desta vez mais perto.

Conversaram sobre a vida, as suas histórias, e como a fotografia tinha moldado ambos.

O ambiente estava carregado de uma eletricidade invisível, mas cada vez mais evidente.

Depois de mais alguns goles, o Jake tirou de uma gaveta uma pequena caixa que estava numa das estantes.

Com a mesma destreza e fluidez com que havia preparado os gins, ele começou a preparar um charro, com os seus dedos ágeis e precisos.

O Andrew observava-o, fascinado pela naturalidade com que o Jake fazia tudo, cada gesto, cada palavra, como se nada no mundo pudesse perturbá-lo.

Quando o charro estava pronto, o Jake acendeu-o e deu a primeira passa, oferecendo-o logo de seguida a Andrew, que o aceitou sem hesitar.

Fumaram juntos, o fumo a misturar-se com a luz suave que ainda entrava pelas janelas do estúdio.

O Jake levantou-se novamente, a câmara de volta nas mãos, e retomou as fotografias. Desta vez, as risadas eram mais frequentes, os movimentos mais soltos, e as poses quase espontâneas, sem necessidade de muita direção.

O Andrew sentia-se mais vivo do que nunca, como se o estúdio, o fumo, e o olhar atento do Jake através da lente fossem uma extensão dos seus próprios sentimentos.

Depois de algumas fotos, o Andrew colocou o copo vazio de lado, levantou-se da poltrona e, num impulso, aproximou-se do Jake, estendendo a mão.

— Deixa-me trocar contigo. Quero fotografar-te — disse ele, com os olhos a brilhar de uma excitação inesperada.

O Jake arqueou as sobrancelhas, surpreso, mas logo entregou a câmara, sorrindo.

— Vamos em frente. Vamos ver o que consegues captar.

O Andrew pegou a câmara com cuidado, posicionando-se onde o Jake estava antes.

A sensação de segurar a máquina e ter o Jake agora do outro lado da lente fez o coração do Andrew bater mais rápido.

— Vamos ver como te sais deste lado — disse o Jake, cruzando as pernas e deitando-se para trás, com o seu sorriso agora mais provocador, os olhos fixos nos do Andrew.

O Andrew aproximou-se lentamente, com a câmara entre os dois, mas os seus olhares já se tinham encontrado num jogo de sedução que não precisava de palavras.

— Posiciona-te como quiseres… — murmurou o Andrew, tentando manter o tom casual, embora o calor dentro dele começasse a intensificar-se.

O Jake inclinou-se ligeiramente para a frente, as mãos pousadas nos braços da poltrona, a sua postura a sugerir uma mistura de desafio e entrega.

O Andrew ajustou a câmara, mas a verdade é que ele mal conseguia manter o foco no visor.

— Estás a fazer-me sentir exposto — disse o Jake, com a voz suave, mas carregada de algo mais profundo.

O Andrew baixou a câmara, olhando diretamente para ele. O ar entre eles parecia mais quente, mais pesado.

— E isso incomoda-te? — perguntou ele, quase em desafio.

O Jake sorriu, um sorriso que não escondia nada.

— Nem por isso. Continua…

Com o incentivo do Jake, o Andrew voltou a levantar a câmara, mas a atmosfera no estúdio já tinha mudado. Cada clique agora parecia mais íntimo, cada troca de olhar mais intensa.

O fumo do charro ainda pairava no ar, misturando-se com o aroma suave dos gins, criando uma névoa envolvente ao redor deles.

O Jake descruzou as pernas lentamente, endireitando-se na poltrona e fitando Andrew com um olhar que já não escondia a intenção.

O corpo do Andrew respondia instintivamente a cada movimento do fotógrafo, e, pela primeira vez, sentiu que a barreira entre quem fotografava e quem era fotografado tinha desaparecido por completo.

— Aproxima-te… — disse o Jake, a sua voz agora mais baixa, quase um sussurro.

O Andrew deu alguns passos hesitantes, até estar tão perto que conseguia sentir a respiração do Jake. Com um último clique, ele baixou a câmara, o som a ecoar no silêncio tenso do estúdio.

— Agora és tu quem está exposto — disse o Jake, com os seus olhos a brilharem com desejo, a sua mão movendo-se lentamente para o pulso de Andrew, puxando-o para mais perto.

Eles não aguentaram mais e envolveram-se

O estúdio estava imerso num silêncio carregado de tensão, apenas quebrado pela respiração pesada de ambos.

O Andrew ficou parado à frente do Jake, o coração a martelar no peito, os olhos fixos nos lábios do outro, que se entreabriram num sorriso malicioso.

De repente, o espaço entre eles desapareceu. O Jake puxou o Andrew com firmeza, e os seus lábios encontraram-se num beijo intenso e urgente.

O calor dos seus corpos misturava-se, e o mundo à volta pareceu desaparecer por completo.

As mãos do Jake deslizaram pelos braços do Andrew, subindo até à nuca, onde ele o segurou com força, aprofundando o beijo.

O Andrew, sentindo o corpo a aquecer ainda mais, retribuiu o toque com igual intensidade, com as suas mãos a explorar o peito firme do Jake por cima da camisa.

O desejo que sentia estava à flor da pele, e a sensação do outro contra ele, o ritmo frenético dos seus corações, só alimentava o ímpeto de irem mais além.

Entre beijos ofegantes, o Jake afastou-se um pouco, mantendo os olhos fixos nos do Andrew com um brilho de provocação.

— Vamos ver até onde consegues ir… — sussurrou ele, com a voz carregada de desafio.

Sem esperar por resposta, o Jake começou a desfazer os botões da própria camisa, tirando-a num gesto rápido e deixando o peito nu à vista.

O Andrew, sem hesitar, seguiu-lhe o exemplo, puxando a sua t-shirt sobre a cabeça e atirando-a para o lado. As respirações estavam mais rápidas, os corpos já quentes e os olhares ainda mais intensos.

As mãos do Jake voltaram a tocar o Andrew, agora deslizando pelo seu torso desnudo, provocando-o com toques suaves que o deixavam a arder de antecipação.

As suas bocas encontraram-se de novo, mais devagar desta vez, os beijos mais profundos e cheios de desejo contido.

O Jake, sempre com um sorriso de quem dominava a situação, desceu as mãos até à cintura do Andrew, com os dedos a deslizarem pelo braguilha das calças antes de começar a desfazê-las, num gesto deliberadamente lento.

— Estás tão duro — provocou o Jake, com a voz num sussurro rouco, sentindo o volume que se erguia entre eles.

O Andrew soltou um gemido suave, perdido na sensação.

— E tu também — respondeu o Andrew, deslizando a mão até ao ponto onde a excitação do Jake já era impossível de ignorar, sentindo-o igualmente rijo através do tecido, através do volume das suas calças.

O Jake riu levemente, provocador, com os dedos a trabalharem rápido até que as calças do Andrew caíram ao chão.

Com um gesto ágil, ele também se livrou das suas próprias, e ambos ficaram apenas com a roupa interior, com os seus corpos a pulsarem com o desejo puro.

A tensão sexual podia ser cortada com uma faca, os seus corpos duros e prontos, as respirações pesadas enquanto se observavam mutuamente, sabendo que aquilo era só o começo de algo muito mais intenso.

Os beijos entre o Andrew e o Jake tornaram-se cada vez mais urgentes, os corpos colados, como se a distância entre eles já fosse insuportável.

Enquanto as mãos do Andrew deslizavam pelo corpo firme do Jake, sentiu o toque mais íntimo do outro a explorar-lhe a pele, o calor a subir por todo o seu corpo.

O Jake, sempre com aquele sorriso provocador, deslizou a mão para dentro dos slips do Andrew, os dedos a envolverem-lhe com firmeza, a segurar no seu membro duro, com veias salientes que se sentiam a cada toque.

O corpo do Andrew respondeu de imediato, e soltou um gemido abafado no meio do beijo, a excitação a pulsar nele com uma intensidade avassaladora.

O Jake, sem hesitar, puxou os slips para baixo e começou a masturbar o Andrew com movimentos suaves e decididos, sem parar, os olhos a fixarem-se nos de Andrew enquanto o prazer crescia a cada segundo.

— Estás incrível assim — sussurrou o Jake, com a sua voz cheia de desejo.

O Andrew deixou-se levar, o corpo a ceder ao ritmo das mãos do Jake, incapaz de conter os gemidos que agora saíam mais altos. Ao mesmo tempo, as línguas tocavam-se a saliva era partilhada e a excitação estava no auge.

O Jake continuou, com o toque dele a ser uma mistura perfeita de provocação e prazer.

Antes que mais coisas acontecessem, o Jake levantou-se e disse que queria que ele e o Andrew fossem para um compartimento, apontando para uma porta acastanhada que estava um pouco mais à esquerda da sala.

— Acompanhas-me, então? — perguntou o Jake, com um brilho nos olhos e a respiração pesada.

O Andrew assentiu, e os dois, sem dizerem mais nada, entraram no compartimento.

Esta era uma suite no fundo do estúdio, com um ambiente minimalista, mas acolhedor.

Pelo caminho, não pararam de se beijar, as mãos de ambos a apalparem cada parte do corpo um do outro, o desejo a intensificar-se a cada segundo.

O cheiro do corpo do Jake, o calor da pele dele contra a de Andrew, faziam cada passo mais difícil de controlar.

Dentro da suite, havia um duche amplo, e sem hesitar, o Jake ligou a água.

A luz suave do espaço refletia-se nas gotículas que começavam a cair, criando um ambiente quase irreal.

Despiraram-se totalmente e entraram no duche, com os corpos já molhados antes mesmo da água os cobrir.

A água quente escorria sobre eles enquanto se beijavam, as mãos a explorarem-se com uma liberdade total, o calor a misturar-se com o vapor à volta deles.

O Andrew sentia o toque do Jake em cada parte do seu corpo, os dedos firmes a acariciarem-lhe o peito, as costas, a cintura.

Oral, beijo grego e dedos a brincar

Sem dizer uma palavra, o Jake deixou-se cair de joelhos, com as mãos ainda a segurarem firmemente nas ancas do Andrew.

O corpo do Andrew tremia ligeiramente, antecipando o que estava para vir, enquanto os seus olhos se fixavam nos de Jake.

O ambiente no duche era íntimo, o som da água a bater no chão misturava-se com a respiração ofegante de ambos.

O Jake inclinou-se, aproximando-se do Andrew com um movimento suave e deliberado.

Os seus lábios tocaram a pele molhada do Andrew, primeiro num beijo suave, depois descendo lentamente.

O Andrew fechou os olhos, sentindo os lábios do Jake a deslizarem pela sua pele, até que finalmente o sentiu tomar-lhe entre os lábios, com uma intensidade que fez o seu corpo arquear involuntariamente.

Um gemido escapou-lhe, ecoando nas paredes do duche, enquanto o Jake o envolvia completamente, os movimentos precisos e cheios de desejo.

As mãos de Jake subiam e desciam pelas coxas de Andrew, enquanto o ritmo do oral aumentava, levando o Andrew a um estado de puro prazer.

A sensação era avassaladora, a combinação da água quente a escorrer pelo seu corpo e a boca do Jake a afundar-se no seu pau duro, a trabalhar com uma maestria inegável.

Cada movimento era mais intenso que o anterior, e o Andrew sentia-se a perder no momento, entregue ao prazer que o Jake lhe proporcionava sem hesitação.

Os gemidos do Andrew misturavam-se com o som da água, dos engasgos do Jake e as mãos dele instintivamente seguraram nos ombros do Jake, com os dedos a apertarem levemente, quase como se precisasse de um ancoradouro no meio daquela onda de prazer.

Com o prazer a atingir um pico quase insuportável, o Jake surpreendeu o Andrew, com as suas mãos firmes segurando-lhe nas coxas molhadas.

Sem dizer uma palavra, o Jake guiou-o a dar meia volta, posicionando-o de costas para si.

O Andrew apoiou-se contra a parede do duche, sentindo o frio dos azulejos húmidos a contrastar com o calor do seu corpo e o vapor a envolver tudo ao redor.

O Jake, sem hesitação, afastou-lhe ligeiramente as pernas, os dedos a explorarem a pele molhada de Andrew antes de descer com a boca, numa lenta e provocante descida.

O Andrew sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha, o corpo já a vibrar com a antecipação. Quando os lábios do Jake tocaram na sua pele mais íntima, o prazer foi imediato e explosivo.

O beijo grego começou suave, mas rapidamente se tornou mais intenso, cada movimento da língua do Jake a fazer com que Andrew soltasse gemidos abafados, a cabeça ligeiramente inclinada para a frente, o corpo pressionado contra os azulejos escorridos de vapor.

O pau do Andrew roçava nos azulejos, cada vez que se movia, a sensação do frio contra a sua excitação a torná-lo ainda mais sensível.

Com uma mão, o Andrew começou a bater uma punheta, os seus dedos a envolverem o membro rijo, enquanto os lábios do Jake e a sua língua trabalhavam atrás dele.

O ritmo era inebriante, cada movimento perfeitamente sincronizado com o prazer que o Andrew sentia ao tocar-se e ao sentir o Jake a explorá-lo com tanta intensidade.

A respiração do Andrew era irregular, os seus gemidos abafados pelo som da água que ainda escorria sobre eles, criando uma mistura de calor, vapor e desejo.

Pouco depois, a boca do Jake deslizou suavemente sobre os testículos, alternando entre sucção e pequenos toques com a língua, com os movimentos sincronizados com as suas mãos que ainda estimulavam o membro do Andrew.

O contraste entre a suavidade e a pressão era eletrizante, e a forma como o Jake parecia estar completamente imerso em dar prazer ao Andrew tornava a experiência ainda mais incrível.

O Andrew, tomado pela intensidade do momento, soltou um gemido profundo e, com uma voz rouca e carregada de desejo, murmurou:

— Que vontade de te foder para sentires este pau dentro de ti…

O Jake, ao ouvir aquelas palavras e sentindo a excitação crescente do Andrew, pediu-lhe suavemente:

— Vem-te na minha cara. Quero sentir o teu leite quente.

O Andrew não conseguiu conter-se. Com um último gemido alto, ele virou-se, encostando-se à parede do duche, e, com um impulso final, veio-se, sendo a sensação de prazer avassaladora e fazendo-o tremer as pernas.

O leite quente espalhou-se pelo rosto do Jake, que permaneceu firme, absorvendo cada gota, com a expressão de satisfação nos seus olhos.

Após o clímax do Andrew, o Jake levantou-se e, com a água a correr, começou a lavar o seu rosto, num gesto suave e carinhoso.

O vapor continuava a envolver os dois, a atmosfera do espaço agora preenchida com uma sensação de intimidade profunda e de satisfação compartilhada.

Com o rosto do Jake limpo e o ambiente do duche agora tranquilo, os dois permaneciam sob a água quente, com a tensão entre eles transformada numa espécie de calma reverente.

O Andrew olhou para o Jake, com os olhos a brilhar com uma mistura de satisfação e curiosidade, enquanto a água continuava a escorrer sobre os seus corpos entrelaçados.

O silêncio que se seguiu foi carregado de uma promessa não dita, uma sugestão de que o que acabara de acontecer era apenas o começo de algo mais profundo e imprevisível.

O fim de tarde ainda era uma criança e, à medida que saíam do duche, o que estava por vir permanecia um mistério, deixando no ar a sensação de que novas e intensas experiências estavam prestes a se desenrolar.

Os dois deslocaram-se para a suite, onde, deitados na cama ampla e confortável, os corpos ainda quentes e húmidos, sentiam a atmosfera carregada de desejo e expectativa.

O Andrew virou-se para o Jake, com um sorriso malicioso, e disse:

— Agora é a tua vez de ter o orgasmo.

O Jake fez um gesto para o Andrew, pedindo-lhe que se levantasse e abrisse um armário próximo.

O Andrew, intrigado e ainda ofegante, obedeceu, com a curiosidade estampada no rosto.

O armário estava repleto de itens diversos, alguns visíveis e outros escondidos, dando a entender que o espaço guardava surpresas.

O Andrew observava com um olhar que misturava desejo e provocação, e a atmosfera estava carregada de uma tensão ansiosa.

O Andrew virou-se para o Jake, aguardando as instruções seguintes.

O que estava prestes a acontecer era incerto, deixando a narrativa suspensa e prometendo novas revelações e experiências a seguir.

O Jake olhou para o Andrew com um sorriso intrigado e disse:

— Traz para a cama os três brinquedos pendurados na lateral do armário, por detrás do blazer.

O Andrew, ao ouvir o pedido do Jake, sentiu uma onda de excitação percorrer-lhe o corpo. O seu olhar fixou-se no armário, a curiosidade misturada com desejo.

O que encontrou atrás do blazer permaneceu um mistério (os acessórios estavam dentro de sacos de pano), mas a sua expressão revelou claramente que estava intrigado e ansioso.

De volta à cama, com os sacos nas mãos, o suspense pairava no ar, prometendo uma continuidade de experiências que deixava ambos em expectativa.

Parte 2 – Plug vibratório, dildo duplo e uma surpresa

O quarto estava mergulhado num silêncio quase sagrado, interrompido apenas pela respiração dos dois, cada vez mais profundas, cada vez mais sintonizadas.

Assim que voltou, o Andrew pousou os sacos na cama, mas o peso do olhar do Jake mantinha-o preso, como se o analisasse a cada movimento.

Ambos sabiam o que estava para acontecer, mas a expectativa transformava cada instante num momento bem elétrico.

Com um toque firme mas ligeiramente trémulo, o Andrew desfez o nó do primeiro saco, abrindo-o com cuidado. Dentro do saco estava um plug vibratório.

Sem tirar nos olhos do Jake, o Andrew segurou o brinquedo, com o rosto a iluminar-se num sorriso suave.

O Jake, de imediato, correspondeu com um olhar que só confirmava o quanto estava entregue. O Andrew aproximou-se, enquanto o Jake se reposicionava na cama, para assim o Andrew brincar. Ao seu lado, já estava uma embalagem de lubrificante que o Jake tinha tirado de dentro de uma gaveta, da mesinha de cabeceira.

Pouco tempo depois e de a embalagem ser aberta para fazer verter lubrificante pela pela do Jake, o Andrew encaixou suavemente o plug e accionou as vibrações através de um clique no botão.

Enquanto a respiração do Jake se alterava, os olhos apresentavam-se semicerrados com o prazer inesperado que já preenchia o espaço entre eles.

O calor no quarto parecia intensificar-se à medida que as vibrações exploravam os sentidos do Jake, e o Andrew observava, fascinado, cada reação, cada suspiro baixo. Sem se apressar, deixou que o brinquedo continuasse o seu efeito, como se estivessem apenas a abrir caminho para algo muito maior.

Sem tirar os olhos do Jake, o Andrew deu um passo em frente, agarrou no segundo saco e retirou dele um dildo duplo. (que se encontrava dobrado para caber dentro do saco).

O Jake soltou um suspiro antecipado, sabendo onde aquilo os levaria. O Andrew aproximou-se lentamente e, com cuidado, envolveu Jake num abraço, com os corpos dos dois encostados, enquanto preparavam o uso do dildo.

Era como se cada movimento fosse uma promessa, uma expectativa que se estendia e os envolvia.

Enquanto se beijavam loucamente e as línguas se encontravam, com trocas de saliva, o Jake volta e meia olhava para a mão do Andrew, que segurava o dildo de 48 cm, com dois lados iguais, isto é, um brinquedo próprio para permitir uma dupla penetração e o uso do mesmo em simultâneo pelos dois.

O cenário seria simples: os dois sentados, com o brinquedo “engatado” entre si, a penetrar analmente os dois. Os movimentos que se seguiriam iriam, sem dúvida, estimular e fazer os dois gemer.

Com o brinquedo preparado entre eles, o Andrew retirou o plug de dentro do Jake e preparou o terreno… ambos começaram a usar o dildo duplo, criando um ritmo próprio e sincronizado que fazia os corpos estremecerem em uníssono.

Agora não era só o Jake que ia sentir estimulações no seu ponto P, o Andrew também se ia deliciar com o toque na próstata, com o seu cu preenchido com um brinquedo que também era grosso e tinha veias salientes.

A intensidade da experiência era inexplicável, e o Andrew, ao ver o Jake completamente rendido, acelerou o ritmo, ajustando cada movimento com precisão. Aos mesmo tempo que se mexiam, os dois masturbavam-se, segurando os seus membros duros.

Os olhos do Jake estavam agora completamente fixos nos do Andrew, e entre suspiros e gemidos, os dois alcançavam um nível de cumplicidade que transcendia palavras.

Ao mesmo tempo, o Andrew focava-se num terceiro saco e, sem romper a conexão intensa entre eles, parou os movimentos (o Jake continuou lentamente a mexer-se).

O Andrew abriu o saco quase com uma mão apenas e assim que o abriu, viu que estava dentro dele um cockring preto de silicone.

O Jake deixou escapar um sorriso ao ver o Andrew a pegar no anel, sabendo exatamente o que isso significava.

Com toda a calma, o Andrew retirou a metade do dildo duplo que estava ainda dentro dele, contudo o Jake ainda mantinha a outra metade a penetrá-lo. Qual era a ideia? O Andrew agora cavalgar o Jake, enquanto este sentia uma penetração anal.

O Andrew colocouo anel cuidadosamente no pau do Jake, sendo que a pressão aumentou a intensidade de cada movimento e o prazer que os dois compartilhavam.

O calor que os envolvia era quase insuportável, e a cada segundo parecia que os dois estavam a flutuar, prontos para se deixarem levar pela energia que circulava entre eles.

Este era agora o cenário existente: o Andrew em posição de cowgirl invertida, a deslizar nas coxas do Jake, a sentir o pau dele a entrar no seu cu. Por sua vez, sempre que as suas ancas iam um pouco mais abaixo, ele agarrava no dildo duplo e empurrava-o contra o Jake, afundando assim o brinquedo por vários centimetros.

A respiração dos dois acelerava ainda mais, os corpos a moverem-se num ritmo quase perfeito. O Andrew, sempre atento a cada detalhe, deixou de empurrar o dildo e centrou a sua atenção na forma como sentava, como se mexia.

Cada sentada escutava-se, pois a pele dos dois quase estalava e o Jake dava-lhe palmadas fortes. Tudo isto durou uns bons 5 minutos de ritmo forte.

Os dois suavam, gemiam, estavam extremamente excitados. Quando o clímax finalmente atingiu o Jake, ele agarrou com força nas ancas do Andrew e não o deixou mexer mais. O Andrew sentia o esperma quente dentro de si, os fluídos a circularem, o pau do Jake a pulsar dentro dele.

Foi tudo tão arrebatador que ambos permaneceram imóveis por um instante, com o corpo de Jake ainda a pulsar, preso pelas correntes e completamente rendido ao controlo do Andrew.

Por sua vez, o Andrew estava tão louco que permaneceu sentado em cima do Jake, enquanto se masturbava. Bateu uma punheta com uma rapidez impressionante, a fazer uma força que o levava a sentir um misto de dor e prazer. Em 2 minutos, também ele se veio, tendo o leite quente escorrido pelos seus tomates, deslizando pelas pernas e coxas do Jake.

No abraço que se seguiu, os corpos permaneceram juntos, ligados por um silêncio cheio de satisfação, como se aquele momento tivesse criado uma conexão que iam guardar para sempre.

Na quietude daquele quarto em Lisboa, sabiam que aquela experiência tinha sido marcante.

Depois de minutos imersos no silêncio satisfeito que preenchia o quarto, o Andrew e o Jake decidiram levantar-se e partilhar de novo um banho quente.

A água caía sobre eles como uma chuva morna e relaxante, levando com ela o calor que ainda ardia em cada centímetro de pele. O Jake, de sorriso suave, ensaboava as costas de Andrew, enquanto os dois trocavam olhares que, mesmo em silêncio, diziam tudo o que precisavam.

Os movimentos eram lentos, quase preguiçosos, como se prolongassem o momento por mais alguns instantes.

O riso leve do Andrew ecoava pelo espaço, misturado ao vapor, quando o Jake passava os dedos pela sua nuca, desenhando linhas invisíveis com a ponta dos dedos, numa cumplicidade tranquila.

Quando a água finalmente parou de correr, ambos saíram do chuveiro e enxugaram-se sem pressa, com os olhos a brilhar de uma energia renovada.

Já na cozinha, o Andrew acendeu um cigarro, encostando-se casualmente ao balcão enquanto o Jake tirava, do frigorífico, uma fatia de pizza que tinha sobrado da noite anterior.

A luz amarela da cozinha refletia-lhes o rosto, e a conversa fluía, descontraída, entre risos e mordidas de pizza, o cigarro a passar de mão em mão. Estavam numa espécie de bolha confortável, num ambiente onde tudo parecia simplesmente certo.

O Jake deu uma última tragada antes de apagar o cigarro e, com um sorriso malandro, lembrou o Andrew de uma festa privada no Bairro Alto. “Quero que conheças o pessoal,” disse, com os olhos a brilhar de entusiasmo.

Com o convite, o Andrew sorriu, numa mistura de surpresa e curiosidade, e concordou com um aceno, sentindo-se ansioso por descobrir mais deste mundo do Jake.

Ao saírem de casa, o ar noturno de Lisboa era refrescante e tinha uma energia vibrante. As ruas do Bairro Alto estavam cheias de movimento e luzes, os dois a caminhar lado a lado, rindo e partilhando olhares cúmplices.

Quando finalmente chegaram à festa, o Andrew foi recebido com entusiasmo pelos amigos do Jake, sentindo-se rapidamente integrado entre conversas, música e brindes.

O Jake mantinha-se sempre por perto, com a mão a roçar a dele de vez em quando, num toque de carinho discreto, mas constante, que mostrava a todos que aquela noite era só o início de algo novo e que os conectava de uma maneira única.

Aquele verão em Lisboa foi só o início. Nos meses seguintes, o Jake e o Andrew mantiveram-se próximos, vivendo encontros tão intensos quanto a primeira noite que haviam partilhado.

Entre as ruas do Bairro Alto, cafés à beira do Tejo e escapadelas espontâneas para a praia, a cumplicidade dos dois crescia numa mistura de desejo e descoberta mútua, que se prolongou por quatro meses.

Foi então que o Jake planeou uma viagem ao Vietname com dois amigos franceses, uma aventura de três semanas que os dois combinaram que iria dar um bom tempo para refletirem e depois verem onde tudo iria.

As mensagens continuaram até o embarque, mas, depois, começaram a diminuir, e a presença do Jake, antes constante, foi-se esvaindo.

Quando regressou a Lisboa, o Jake evitou um reencontro. A conversa fluía agora com respostas mais curtas e espaçadas, até que, um dia, o Andrew percebeu que já não chegariam mais mensagens.

Com um último olhar para o passado, ele guardou cada um daqueles momentos como memórias intensas, tão vivas quanto o brilho que tinham nas noites lisboetas.

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