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Quatro Corpos

Mai 6, 2025 | Fogo&pele

Tempo de leitura: 2 minutos

Diana e Frederico estavam juntos há anos. Tinham passado por todas as fases — a paixão desenfreada, a rotina confortável, o reencontro com a novidade. Mas agora, queriam mais. Não por falta de amor. Mas por excesso de curiosidade. 

Naquela noite, o quarto era amplo, iluminado apenas por luzes suaves e velas que lançavam sombras quentes nas paredes. O cheiro de vinho, perfume e excitação misturava-se no ar. À frente deles, Ana e Miguel — um casal que, como eles, procurava explorar novas formas de prazer. 

Ninguém teve pressa. Começaram com olhares, toques leves, sorrisos cúmplices. A tensão era palpável, o desejo a crescer entre cada gesto. Diana trocou um beijo com Frederico, como um último selo íntimo antes de entrar em outro território. Depois virou-se para Ana — e o beijo entre as duas foi como acender um fósforo num barril de pólvora. 

As mãos passeavam sem pressa. Miguel aproximou-se de Frederico e as roupas começaram a cair como folhas ao vento. Os quatro corpos, diferentes, complementares, misturavam-se num jogo sem hierarquias nem certezas. Apenas desejo. 

Diana descobria o sabor da pele de Ana com os olhos fechados, os gemidos leves ecoando no espaço. Frederico, deitado ao lado, sentia as mãos de Miguel explorarem-no com segurança, quebrando barreiras que antes pareciam inquebráveis. O prazer, naquele momento, não tinha género — apenas intensidade. 

Os corpos foram-se trocando, as posições mudando com naturalidade. Ana deitava-se de costas com Diana entre as pernas, enquanto Frederico beijava-lhe os seios. Miguel assistia por instantes, excitado, antes de se juntar, sentindo-se parte de uma dança que se escrevia com suor e respiração. 

As bocas exploravam, os dedos guiavam, os gemidos misturavam-se. Às vezes eram dois, outras três, e por momentos, os quatro. A cama era um palco de liberdade, onde não havia espaço para ciúmes, apenas entrega. 

Quando os corpos começaram a abrandar, já não se sabia quem tinha começado com quem. Apenas se sentia o calor acumulado, os sorrisos saciados, os olhares satisfeitos. 

Diana e Frederico, de mãos dadas no fim, trocaram um beijo calmo. Não precisaram de palavras. O que tinham vivido ali não era traição, nem fantasia. Era apenas… desejo vivido com verdade. 

E talvez, só talvez, um novo capítulo da relação. 

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