Era uma noite de Halloween igual a tantas outras. As casas do meu bairro, estavam impecavelmente decoradas com esqueletos e bruxas. Uma noite de chuva miúda, com tons de preto de noite cerrada e misteriosa e vermelho de sangue, de qualquer coisa latente que estava para acontecer.
Saí, após o jantar, com as crianças para batermos às portas a pedir doces. Havia imensa gente na rua, outros miúdos e muitos pais a acompanhá-los. As máscaras escondiam quem os adultos eram no dia a dia. Gente que saia com o carro de manhã e voltava à noite, sempre à mesma hora, tinham nesta noite uma oportunidade de ser alguém diferente. E aproveitavam para se esconder, para se revelar.
Alguns dos meus vizinhos estavam irreconhecíveis, em roupas ousadas. Mas a maior diferença era a maneira como naquele dia tudo era permitido. Os vizinhos que raramente falavam, estavam no meio da rua a cumprimentar toda a gente. A mulher que nunca parava antes de entrar em casa, sentia-se desinibida para conversar com o vizinho do lado. Havia gargalhas por todo o lado e uma atmosfera eletrificante, entre o bizarro e o excitante.
Eu, era como todos eles. No resto do tempo apetecia-me falar com as pessoas, mas o cenário aborrecido e sisudo fazia-me entrar em casa, sem explorar mais nada. Neste dia, eu sentia como mais ninguém a alteração das pessoas.
Era uma atmosfera demasiado apetitosa. Neste Halloween tinha escolhido ser o cisne negro. O meu vestido era preto, cintado e com folhos pelos joelhos. Sem soutien, o vestido envolvia- me apenas o peito e deixava-me os braços e as costas totalmente nus.
Gostava de me ver assim, desprotegida e vulnerável nesta zona do corpo. Os meus olhos maquilhados com excesso de preto nas pálpebras e umas pintalgadas de azul no canto do olho, tornavam o meu olhar ainda mais penetrante. Os homens sempre gostaram dos meus olhos.
E de me ver olhar para eles, despi-los e envergonhá-los. E eu estava ainda mais sexy naqueles olhos e naquele vestido. Troquei as sapatilhas de ballet por umas botas pretas e o cabelo preso à volta da nunca, pela sensação de tê-lo a tocar-me as omoplatas quando o sacudia.
Sai à rua sem casaco, a pedir que olhassem para mim. Apetecia-me tanto exibir-me.
Sabia que metade dos homens daquele bairro me olhava quando eu saia, quando eu aparecia à janela ou quando descarregava as compras do carro. Eram homens mais velhos, outros muito mais jovens do que eu. Eram os pais dos amigos dos meus filhos. E hoje estavam todos na rua, sem vergonha.
Mal passei o portão, senti essa atmosfera de vibração, que me deixou logo excitada. O ar fresco, demasiado frio para a minha pele empertigou-a e os meus sentidos ficaram alerta prontos a serem despertados.
Os olhares dos homens começaram e sem máscaras, via o desejo nas suas caras, estampado naos mãos que procuravam tocar alguma coisa completamente inquietas, nos seus corpos hirtos e tesos e na forma como me cumprimentavam, olhos ligeiramente entreabertos e uma respiração ofegante.
Era capaz de ver em cada um deles a vontade que sentiam de me penetrar, de me comer o cu, de me lamber e de sentir a minha boca vermelha a chupar-lhes a pila. Estavam por todo o lado, e rodeavam-me na rua e eu caminhava ao centro como uma gazela distraída no meio de leões esfomeados. Sentia um perigo iminente, e uma excitação enorme por caminhar por cima dele.
A certa altura batemos á porta de uma casa que ficava num dos cantos do bairro, com árvores altas a circundar as paredes laterais. Os miúdos exibiram os seus disfarces e os vizinhos vieram contribuir com os doces, e a mulher por cortesia cumprimentou-me e começou uma conversa de circunstância sobre as escolas.
Eu entretive-me ali por alguns minutos e os miúdos disseram-me que iam ter com os seus amigos, do outro lado do bairro, para começarem o desfile.
Quando me despedi e o portão da frente se fechou, estava sozinha, apesar da rua estar cheia e vibrante. Para chegar mais depressa ao outro lado, entrei no denso arvoredo, pisei a terra fresca. Ali dentro estava escuro e sombrio, como um pequeno bosque resguardado do resto do bairro. Comecei a andar depressa, impaciente, mas ouvi o restolho mexer-se atrás de mim e uns risos que me deixaram gelada.
Antes que tivesse conseguido pensar, senti que um corpo forte e com um odor desagradável a podre me atirava ao chão.
O impacto feriu-me os joelhos e a cara e quando tentei gritar senti alguém tapar-me a boca. O pânico tomou conta de mim quando vi quatro homens que não conhecia a agarrarem-me a apalparem-me enquanto me diziam que me iam todos comer, e que eu hoje não ia para casa sem a esporra deles a sair-me do cu. Passou-se tudo no que me pareceram dois minutos. Consegui pontapear um deles que me soltou enquanto mordi outro.
A correr desenfreadamente tropecei numa pedra enorme que estava no chão e gritei desta vez de dor, com o tornozelo deslocado. No chão, um deles esmurrou-me a cara e quase sem ver senti os collants a serem rasgados enquanto os meus braços eram presos um de cada lado. Os folhos do vestido puxado para cima não me permitiam ver mais nada e com a cara ensanguentada a noite fechou-se sobre mim.
Ouvi-os dizer que era a mula perfeita para se esvaziarem, a puta que gostava de mostrar o cu na rua. O desespero tomou conta de mim quando percebi que não tinha salvação, e ao fundo ouvia os gritos e a alegria dos miúdos do bairro, indiferentes à minha violação.
Mas de repente, ouvi um grito. Forte, rouco, imponente. O homem que se debruçava sobre mim já com a pila de fora foi completamente abalroado por um outro que parecia tomado por poderes sobrenaturais. Com o homem de rastos no chão, ele aproveitou a surpresa dos outros e desferiu-lhe um soco certeiro na cara que o fez quase perder os sentidos e pô-lo fora de combate. Mas os outros três recuperaram do choque e rapidamente se atiraram a ele numa batalha difícil de seguir.
Um deles no entanto, largou-o e tentou de novo penetrar-me, aproveitando que não me conseguia mexer e a minha fraqueza era evidente. Entretanto um segundo homem que eu reconheci entrou na luta e despachou-o. Era um dos homens que costumavam limpar as ruas do bairro.
Alto, com os ombros forte, a barba curta e mal aparada e os olhos azuis que sobressaiam numa pele morena e desgastada do sol que apanhava em demasia. Em menos de nada, os quatro dominadores homens que me tentavam comer a cona, fugiram em direção à estrada com passos incertos e medrosos.
O homem dos olhos azuis excitado da adrenalina que acabara de viver debruçou-se sobre mim para ver se estava bem, e passou-me a mão pelo rosto afastando o cabelo para ver o inchaço roxo que sobressaia na minha cara.
O segundo homem, que só então reconheci como sendo o pai de um dos colegas dos meus filhos na escola, estava raivoso e dividia-se entre olhar para o trilho que deixaram os que fugiram e abeirar-se de mim para me ajudar. Mas o outro disse-lhe para os deixar ir, para poderem prestar-me o auxílio que necessitava. Era mais alto que o primeiro, mas menos corpulento, com umas mãos enormes e uma tatuagem que lhe cobria um dos braços inteiros.
Tentei mexer-me mas era impossível e por isso o dos olhos azuis pegou em mim ao colo como se eu fosse uma pluma, e de forma fácil dobrou o joelho e levantou-me no ar.
As lágrimas inundaram-me os olhos, quando pensei em aparecer assim à frente de toda a gente no bairro, desflorada e humilhada. Ele percebeu isso e na sua voz grossa descansou-me e continuou o caminho por entre as árvores até outro lado do bairro.
O homem da tatuagem seguia à frente dele, e ás vezes olhava-me ainda raivoso com as suas mãos enormes a fecharem-se como se deseja-se muito ter esmurrado os meus atacantes até à morte. Levaram- me para uma das casas, entramos os três pela porta do fundo.
Devia ser a casa de um deles, mas eu não percebi de qual. Era evidente que estavam os dois em sintonia e sem precisarem de grandes conversas inventaram ali um pequeno plano para me ajudar, tal como fizeram antes ao salvar-me de uma violação eminente. Entramos na sala, que estava toda iluminada.
A lareira crepitava, a mesa de jantar ainda tinha os pratos com restos de comida e os papeis de rebuçados estavam espalhados pelo chão.
As cortinas grossas ao pé da janela permitiam ver apenas as sombras da animação que se vivia na rua.
O homem pousou-me delicadamente em cima de uma chaise long, maior do que eu alguma vez tinha visto, que estava perto da janela. Os dois debruçaram-se sobre mim, perguntaram-me onde sentia mais dores e obrigaram-me a prometer que não me mexeria dali. Enquanto um, o dos olhos azuis, me passava a mão novamente pelo rosto, o da tatuagem tocava-me delicadamente no tornozelo.
A adrenalina tinha baixado, mas ambos estavam embrutecidos, pouco falaram mesmo quando lhe agradeci.
Sentia a tensão deles, ansiosa e gulosa por aquele estado desenfreado de descontrolo. Quis ir embora e tentei mexer-me, mas eles impediram-me imediatamente.
Agarraram-me ambos e ordenaram-me que não me mexesse. Só iria embora quando estivesse recuperada. Senti-me presa, e novamente uma gazela, mas desta vez um frio de excitação começou a correr-me pelas costas. O da tatuagem subiu as escadas em busca de material médico, enquanto o dos olhos azuis olhava para mim, num misto de desejo e raiva. Talvez ambos fossem o mesmo. O olhar dele fez-me desejá-lo dentro de mim, fez-me desejar que ele me penetrasse e que eu não conseguisse fugir.
Disse-lhe que estava no sítio certo quando me atacaram. Perguntei-lhe como era possível. Com os braços presos dos dois lados da chaise, disse-me sem vergonha que me queria proteger e tinha andado atrás de mim durante aquele périplo pelo bairro. A cara dura voltou a aparecer e disse-me que devia ter ido atrás deles. Voltou a tocar-me no inchaço e eu retrai-me com a dor. Ele beijou-me o hematoma roxo. O meu braço puxou-o mais para mim e beijei-o nos lábios.
Correu-me imediatamente uma adrenalina no sangue difícil de explicar. Ele respondeu antes de eu pensar no que quer que seja. As mãos morenas e calejadas percorreram os meus ombros e o meu pescoço e desceram até ao vestido. Subiu para cima de mim e de uma vez só vez puxou as calças para baixo.
Tirou o que restava dos collants rasgados para o lado e arrancou-me as cuecas. Entrou quase de imediato em mim, e senti a sua pila enorme a encher a minha cona completamente molhada. Arqueei as costas e esqueci as dores enquanto ele ia e vinha a um ritmo alucinante. Depois de um breve momento em que quase atingi o orgasmo, ele chegou o corpo ao meu e começou a penetrar-me com um ritmo mais lento e mais sensual.
Começou a tocar-me nas mamas, e na minha cintura, apreciando cada centímetro da minha pele. Os lábios ressaltavam da sua cara, e quando os pousava nos meus ombros e se contorcia dentro de mim, eu soltava os gemidos mais agudos que alguma vez dei. Do cimo das escadas, o homem da tatuagem olhava-nos hipnotizado.
Estava ali desde o início. Mas foi descendo as escadas cheio de tesão. Quando chegou ao pé de nós, já eu estava virada de costas.
O homem dos olhos azuis tinha-me levantado no ar novamente e agora penetrava-me enquanto encostava o peito sem a t-shirt que entretanto tirara, ás minhas costas. Eu dobrava as pernas ligeiramente e levantava o cu enquanto ele ia e via de forma deliciosa.
O da tatuagem aproximou-se e mostrou-me a sua pila, á altura da minha cara. Sem pensar duas vezes meti-a na boca e ficamos assim os três, sem contar o tempo.
Chupei-lhe a pila metendo-a no fundo da minha garganta enquanto lhe acariciava os colhões ao mesmo ritmo que era fodida. Mas quando ele ficou tão cheio de tesão que quase se vinha, parou e foi para o lado do outro. Sem trocarem uma palavra, ou se mostrarem incomodados, trocaram de posição, mas o homem da tatuagem pegou-me pela cintura, puxou-me para perto dele e começou a mexer-me com os dedos no cu enquanto eu chupava o outro.
Eu, louca de tanta tesão, não demorei a estar completamente pronta e ele enfiou a sua pila longa pelo meu cú, e eu quase de imediato tive o primeiro orgasmo. Sem conseguir chupar o meu salvador dos olhos azuis decentemente, ele veio ter com o outro e voltou a comer-me a cona, enquanto o da tatuagem me comia o cu.
Começaram os dois a dar estocadas enquanto eu gritava e lá fora a vida decorria sem problemas.
O calor da lareira aquecia-nos e estávamos vermelhos incandescentes. O meu corpo era lava e eu sentia um prazer elétrico.
Quando começaram a foder-me com mais força vim-me novamente e o da tatuagem, não conseguindo aguentar mais esporrou-se todo dentro do meu cu. Passado pouco tempo e sem se dar conta o dos olhos azuis soltou um grito abafado, e veio-se também completamente dentro de mim. Sentia a pila dele bem funda a depositar o sémen e depois a sair depressa. De uma só vez ambos puxaram as calças e voltaram a tratar das minhas feridas.
Eu compus o vestido, e as cuecas e deixei que me enrolassem o tornozelo em gaze. Não voltamos a trocar nenhum olhar como se tudo aquilo tivesse sido um filme, e não nós próprios.
Trouxeram-me outra roupa, ampararam-me para que pudesse andar ao seu lado e levaram-me a casa, com uma história falsa inventada por eles.
Texto escrito por Alice Andersen
