“Uma rubrica envolvente e sedutora que mergulha nas profundezas dos desejos e fantasias mais íntimos, inspirada pelas fotos sensuais dos seguidores do perfil Segredos do Leo.

Cada imagem enviada é um convite ao deleite, um portal para uma experiência poética onde palavras e emoções se entrelaçam em versos ardentes e provocativos”.

10 atividades picantes para a Noite de Natal

Tempo de leitura: 2 minutos

O Natal costuma ser sinónimo de família, luzes, comida e trocas de prendas, mas e se este ano também trocasses olhares ardentes, beijos demorados e toques maliciosos?

Porque sim, o Natal também pode (e deve) incluir atividades picantes que aqueçam muito mais do que o vinho colocado na mesa.

Se tu e a tua cara-metade estão dispostos a transformar a tradição num jogo de prazer, este artigo é para vocês.

Descobre 10 atividades picantes para apimentar a noite de Natal e fazer dela tudo menos silenciosa.

Calendário erótico com 12 horas de prazer

Cria uma contagem decrescente ao estilo advento, mas só para os dois.

De hora a hora, um desafio sensual: uma massagem rápida, uma troca de roupa íntima, uma frase ousada, um beijo prolongado.

Até à meia-noite, o corpo já vai estar em chamas.

Troca de prendas às cegas

Cada um compra uma prenda erótica: lingerie, lubrificante, brinquedo, o que quiser.

Embrulham e trocam sem ver. A regra é simples: têm de usar a prenda naquela noite.

Jogo do “se eu fosse o Pai Natal…”

Um de vocês veste algo temático (pode ser só o gorro). O outro faz pedidos, mas todos têm uma consequência atrevida.

Exemplo: “Quero um beijo no pescoço” → paga com um toque especial.

Lingerie vermelha e nada mais

O clássico vermelho natalício nunca falha, mas desta vez, é a única coisa que vais vestir por baixo do roupão.

Uma surpresa visual + o som de papel a rasgar = o início da noite perfeita.

Strip natalício com música de fundo

Escolhe músicas natalícias com ritmo e transforma o momento num strip improvável, sensual e divertido. Nada como ver o outro despir-se ao som de “Santa Baby” com uma luz quente a piscar ao fundo.

Cartas com desejos secretos

Cada um escreve 3 desejos picantes em pequenos papéis e dobra-os. Trocam, tiram à sorte… e cumprem, claro.

Se quiserem arriscar, misturem papéis com castigos e outros com prémios.

Massagem com óleo comestível

Entre luzes baixas, uma música de fundo suave e um aroma a canela no ar. Chega a hora de massajar, com a boca, com as mãos, com intenção.

Podes usar óleos com sabor ou lubrificantes aromáticos da secção Intimate.

“Não podes usar as mãos”

Durante 15 minutos, um de vocês fica proibido de usar as mãos. O que se fizer, tem de ser com a boca, com os olhos, com o corpo.

Simples, provocador e absolutamente explosivo.

Sessão fotográfica íntima

Usa o telemóvel, tira as luzes da árvore e transfere-as para o quarto. Uma lingerie provocadora + um ambiente quente = fotos que podem aquecer as noites futuras.

Atenção: guarda as fotos com segurança e saboreia-as só a dois.

O jogo do “só paro quando pedires”

Define uma zona do corpo. A regra é: o toque começa devagar e só para quando o outro implorar por mais.

Natal também é tempo de dar. Mas aqui, também se recebe e com muito gosto.

Aquecemos as tuas noites de Ano Novo

O Natal pode já quase ter passado, mas o prazer não tira férias.

Na secção Intimate, encontras tudo o que precisas para começar o novo ano com desejo, ousadia e muitos arrepios: brinquedos sensuais, lubrificantes com sabor, lingeries provocadoras e acessórios que prometem noites mais intensas e menos monótonas.

🖤 Entra em 2026 com novas fantasias: descobre tudo na Intimate e leva o teu prazer a um novo nível.

Encontro com casal em Lisboa

Tempo de leitura: 13 minutos

Era uma noite de inverno em Lisboa, e, como muitas vezes acontecia, eu estava no sofá a percorrer o Instagram. Entre fotografias de comida e viagens, o algoritmo surpreendeu-me ao sugerir um perfil intrigante. Digamos que se chamava “Conexões Reais”, e era claramente o perfil de um casal.

Nada agressivo ou explícito, mas as legendas e as fotos transmitiam uma energia peculiar, uma mistura de intimidade e liberdade. Não sei o que me levou a seguir aquele perfil, mas senti-me compelido a enviar uma mensagem.

“O vosso perfil é fascinante. A energia que transmitem é única”, escrevi.

No dia seguinte, vi uma notificação do tal perfil e vi que tinham respondido à minha mensagem. Abri o chat com uma mistura de curiosidade e esperança.

“Olá, muito obrigado pelas palavras! Adoramos conhecer pessoas que também valorizam este tipo de conexão.”

Era evidente que estavam habituados a iniciar conversas deste género. A partir dali, tudo se desenrolou com naturalidade.

Eles apresentaram-se: Sofia e Miguel, ambos com 30 e poucos anos, viviam no centro de Lisboa e adoravam conhecer pessoas para “trocar experiências e ideias”.

Depois de alguns dias de conversa no Instagram, a Sofia perguntou-me casualmente:

“Que achas de vires conhecer-nos? Estamos a pensar organizar algo descontraído em nossa casa no próximo sábado.”

O convite foi direto e inesperado, mas algo na forma calorosa como comunicavam fez-me sentir confortável.

Perguntei-me se estava a entrar em algo fora da minha zona de conforto, mas a curiosidade era maior do que a hesitação. Confirmei a minha presença.

Na noite do encontro, cheguei ao endereço que me deram. O prédio era antigo, com a típica arquitetura lisboeta, azulejos azuis a decorar a fachada.

O som dos meus passos ecoava pelo pequeno hall de entrada, e a expectativa fazia o meu coração bater mais rápido.

Subi pelo elevador de ferro, uma peça vintage com detalhes de latão trabalhado, e, enquanto o elevador subia lentamente, senti o nervosismo a crescer.

Quando a porta se abriu, fui recebido pela Sofia e pelo Miguel.

A Sofia usava um vestido preto justo, que abraçava o seu corpo de forma perfeita, destacando as curvas de maneira subtil, mas elegante.

O tecido era leve, quase sedoso, com uma abertura lateral que revelava parte da sua perna quando ela se movimentava.

As alças finas cruzavam-se delicadamente nas costas, deixando parte da pele exposta (via bem as suas tatuagens).

Um colar dourado minimalista repousava na sua clavícula, brilhando à luz quente do apartamento. Nos pés, calçava uns saltos pretos de tira fina, que completavam o conjunto com um toque de sofisticação.

O perfume dela era doce e envolvente, uma mistura floral e amadeirada que parecia preencher o ar ao seu redor. O Miguel, por outro lado, exibia uma postura descontraída mas cuidadosamente polida.

Usava uma camisa branca ligeiramente ajustada, com as mangas dobradas até os antebraços, revelando um relógio elegante de mostrador preto. A camisa estava desabotoada até ao segundo botão, mostrando um vislumbre do seu peito bronzeado.

Combinava com umas calças chino cinzentas e uns sapatos de couro castanho escuro impecavelmente polidos.

O seu perfume tinha um toque cítrico e amadeirado, algo fresco, mas marcante. Ambos sorriam calorosamente, e, num gesto acolhedor, a Sofia estendeu a mão para me cumprimentar.

O toque dela era firme, mas suave, enquanto os seus olhos brilhavam com uma mistura de curiosidade e confiança.

O Miguel, ao apertar minha mão, manteve o olhar direto e sereno, transmitindo segurança.

“É um prazer finalmente conhecermos-te pessoalmente”, disse a Sofia, com o seu sorriso a iluminar o ambiente. A casa, por sua vez, refletia a personalidade deles – acolhedora, moderna e cuidadosamente decorada.

No hall de entrada, uma mesa de madeira com um pequeno vaso de flores frescas recebia os visitantes. As luzes eram amenas e criavam uma atmosfera íntima, sendo que uma playlist de música ambiente suave tocava ao fundo.

No ar, havia um leve aroma de velas perfumadas, algo que parecia ser baunilha com um toque de especiarias. Sentámo-nos à mesa, onde havia vinho tinto e uma seleção de queijos e frutas.

A Sofia e o Miguel eram encantadores, faziam perguntas, ouviam com atenção e partilhavam histórias de viagens e aventuras.

Comecei a perceber que aquele casal tinha uma sinergia impressionante. Enquanto a Sofia falava, o Miguel olhava para ela com uma admiração genuína, e vice-versa. Eu sentia que havia algo mais a acontecer, mas eles nunca ultrapassaram os limites do confortável. Depois de algum tempo, em que a conversa fluía naturalmente e as taças de vinho se esvaziavam lentamente, o Miguel olhou discretamente para o relógio no pulso.

Ele sorriu, e, com a tranquilidade de quem parecia saber exactamente o que estava a fazer, sugeriu:

Está na hora de nos prepararmos para sair. Temos uma festa marcada com amigos. Vais adorar o grupo, são todos muito acolhedores.”

A Sofia, que estava sentada no sofá ao meu lado, ajeitou o vestido, cruzou as pernas e inclinou-se ligeiramente para a frente.

“É num espaço privado, nada muito grande, mas é sempre divertido,” acrescentou.

Fiquei em silêncio por uns segundos, a processar o convite.

A ideia de entrar num ambiente desconhecido e potencialmente fora da minha zona de conforto deixava-me inquieto, mas o carisma da Sofia e a confiança tranquila do Miguel eram irresistíveis. Já estava demasiado envolvido na energia deles para recuar agora. Aceitei com um aceno de cabeça e um sorriso.

Antes de sairmos, a Sofia levantou-se e foi até ao quarto, enquanto o Miguel se aproximou de um pequeno aparador na sala e pegou num frasco de perfume.

“Espera só um instante, vamos já sair,” disse ele, lançando-me uma piscadela despreocupada enquanto borrifava um pouco do perfume dele nos pulsos.

Quando a Sofia voltou, parecia ainda mais deslumbrante do que antes. Tinha renovado o batom vermelho, agora mais vibrante, e acentuara o olhar com um ligeiro retoque de eyeliner, que deixava os seus olhos ainda mais penetrantes.

Vestira um casaco de cabedal preto curto, que lhe conferia um ar ousado, mas elegante, e trocara os sapatos de salto alto por umas botas de salto médio, sofisticadas, mas claramente mais confortáveis.

O Miguel, por outro lado, ajustara o colarinho da camisa e substituíra os sapatos de couro castanho por uns ténis pretos discretos, que lhe davam um visual mais descontraído, mas ainda com um toque de estilo.

“Prontos?” perguntou a Sofia, ajeitando o cabelo num gesto automático, enquanto sorria.

Saímos os três juntos, descendo pelo elevador estreito, e fomos recebidos pelo ar fresco da noite lisboeta. Confesso que eu estava nervoso.

As ruas estavam tranquilas, iluminadas pelas lâmpadas amarelas típicas da cidade, e o som distante de um eléctrico cruzava-se com o murmúrio do rio Tejo ao longe.

Caminhámos por alguns metros até encontrarmos um táxi estacionado ao virar da esquina. O Miguel abriu a porta para que eu e a Sofia entrássemos primeiro. No interior, o táxi estava quente e confortável.

O motorista, um homem de meia-idade com um bigode bem aparado, cumprimentou-nos com um educado “Boa noite.”

O Miguel deu a morada do local ao motorista, mas fê-lo num tom baixo e discreto, como se estivesse habituado àquele tipo de destino.

A viagem foi curta, mas o suficiente para que a ansiedade começasse a crescer dentro de mim. A Sofia, sentada no banco do meio entre mim e o Miguel, inclinou-se ligeiramente para a frente para espreitar pela janela.

“Já estiveste nesta zona antes?” perguntou ela, virando-se para mim. Fiz que não com a cabeça, e ela sorriu de forma cúmplice, como se estivesse satisfeita por me levar para um lugar novo. Quando o táxi parou, dei por mim numa rua discreta, ladeada por prédios de fachadas simples, sem qualquer sinal que indicasse o que estava para além daquelas portas.

O Miguel pagou ao motorista e saiu primeiro, seguido pela Sofia, que segurou a porta para mim, enquanto dizia:

“É aqui,” com um tom que misturava excitação e mistério. A entrada era modesta, uma porta de ferro preta com um pequeno intercomunicador ao lado. O Miguel pressionou o botão e disse algo baixinho, suficientemente inaudível para mim.

Após alguns segundos, uma voz respondeu:

“Podem entrar.”

Um clique suave soou, e a porta abriu-se. O corredor era estreito e pouco iluminado, com luzes embutidas nas paredes que guiavam o caminho.

O chão de madeira antiga rangia levemente sob os nossos passos, enquanto subíamos uma escadaria em espiral, que parecia levar a um outro mundo.

A cada degrau, o som de música suave e vozes abafadas tornava-se mais audível, aumentando a expectativa.

Quando o Miguel abriu a porta no topo das escadas, fiquei imediatamente envolvido pelo ambiente do espaço.

Era amplo, mas acolhedor, iluminado por velas e luzes baixas que criavam uma atmosfera íntima.

A decoração era moderna, mas sem ser pretensiosa: sofás em tons neutros estavam dispostos em círculos, mesas baixas com copos e garrafas de vinho estavam estrategicamente espalhadas. Havia cerca de 10 ou 15 pessoas no local, organizadas em pequenos grupos, a conversar e a rir descontraidamente.

Cada rosto parecia brilhar com uma expressão de conforto e confiança, como se aquele fosse o único lugar no mundo onde queriam estar.

“Bem-vindo,” disse o Miguel, pousando a mão no meu ombro e conduzindo-me para dentro. “Esta é a nossa pequena comunidade. Vais gostar de estar aqui.”

A Sofia virou-se para mim, com um sorriso brincalhão nos lábios.

“Vamos buscar algo para beber? A noite ainda agora começou,” disse ela, enquanto me guiava em direcção a um bar improvisado.

A iluminação era suave, com pequenos candeeiros a projetar sombras delicadas nas paredes de tons quentes.

Atrás do balcão, um homem alto, de barba bem aparada e camisa ligeiramente desabotoada, servia bebidas com a naturalidade de quem já conhecia bem os gostos dos presentes.

“O de sempre, Sofia?” perguntou ele, com um sorriso conhecedor.

Ela assentiu, apoiando os cotovelos no balcão e inclinando-se ligeiramente para a frente. O movimento fez com que o vestido subisse um pouco, revelando mais da sua perna bem definida. O Miguel encostou-se casualmente ao balcão ao meu lado, observando tudo com aquele olhar tranquilo, mas atento.

“E para ti?” perguntou a Sofia, voltando-se para mim com um sorriso sedutor.

Surpreende-me,” respondi, sem desviar o olhar do dela.

O barman serviu um cocktail âmbar num copo baixo, com uma rodela de laranja na borda. O primeiro gole aqueceu-me a garganta e espalhou-se lentamente pelo corpo.

A Sofia ergueu o seu copo e o Miguel fez o mesmo.

“A novas conexões,” disse ela, tocando o seu copo no meu.

“A novas experiências,” acrescentou o Miguel, num tom baixo, mas carregado de intenções. O ambiente à nossa volta parecia vibrar com uma energia própria.

Casais e pequenos grupos conversavam, alguns sentados nos sofás, outros encostados a paredes, os olhares trocados a dizerem mais do que as palavras.

Havia uma fluidez natural nos gestos, um entendimento silencioso entre todos. A Sofia deslizou a ponta dos dedos pelo meu braço enquanto falava, o toque breve, mas intencional a despertar algo dentro de mim.

“Estás a gostar da noite até agora?” perguntou, inclinando-se ligeiramente, de forma a que o perfume dela se misturasse com a respiração quente que me roçava o pescoço.

Mais do que estava à espera,” respondi, a minha voz mais grave do que o habitual.

O Miguel observava-nos com um pequeno sorriso, o olhar calmo e seguro. Era fascinante a forma como ele e a Sofia se moviam, como se fossem duas peças de um mecanismo perfeitamente ajustado, que sabiam exatamente como envolver alguém na sua dança.

Ela pousou a mão na coxa de Miguel, mantendo os olhos em mim.

É sempre interessante quando alguém novo entra neste mundo,” disse, mordiscando subtilmente o lábio inferior. A tensão entre nós crescia, cada troca de olhares um convite silencioso. A Sofia deslizou os dedos pelo caule do copo antes de o pousar, como se cada gesto seu tivesse um propósito.

Depois, pegou-me pela mão e levou-me até um dos sofás mais afastados da sala, onde a luz era mais discreta. O Miguel seguiu-nos, sentando-se ao lado dela, com uma descontração estudada. O espaço à nossa volta parecia desaparecer.

Eu estava ali, entre eles, envolto na sua energia magnética. Ela virou-se para mim, cruzando as pernas devagar, o tecido do vestido a deslizar suavemente sobre a pele.

“Surpreende-me,” desafiei.

“Gosto da antecipação. Da forma como um olhar pode dizer tudo antes de qualquer palavra ser dita.

Da tensão que se constrói antes de um toque se tornar inevitável.”

As palavras dela pairaram no ar por um instante. O Miguel sorriu, inclinando-se para trás no sofá, sem pressa, como se saboreasse cada momento. O jogo estava lançado.

O ambiente à nossa volta parecia esbater-se, reduzindo-se à luz baixa, ao som abafado da música e ao calor que crescia entre nós. A Sofia, sentada ao meu lado, inclinou-se ligeiramente, com os seus olhos fixos nos meus enquanto mordia suavemente o lábio inferior.

A ponta dos seus dedos deslizou pelo meu braço num toque leve, mas intencional, deixando um rasto de eletricidade na pele. A sua respiração misturava-se com a minha quando se aproximou mais, tão perto que senti o seu perfume doce e envolvente envolver-me.

Não houve palavras – apenas o momento, carregado de expectativa. Os seus lábios tocaram os meus num beijo suave, exploratório, como se quisesse prolongar ao máximo aquela sensação.

Os movimentos eram lentos, como se testasse os limites do desejo que pairava no ar. Os dedos dela deslizaram pelo meu peito, descendo devagar, traçando um caminho que fazia o meu corpo reagir de forma involuntária. O Miguel, sentado ao lado dela, observava-nos em silêncio, o olhar atento, mas descontraído.

Havia algo fascinante na forma como ele parecia apreciar cada momento sem pressa, como se aquele fosse um ritual já conhecido e saboreado vezes sem conta.

A Sofia não se afastou quando Miguel se inclinou ligeiramente. Em vez disso, a sua mão pousou no ombro dele, puxando-o para mais perto.

O beijo entre nós tornou-se mais profundo, mais envolvente, e, num gesto natural, ela virou-se para também capturar os lábios do marido, deixando-se levar pela conexão entre os três. A sensação era inebriante, os movimentos dela eram fluidos, como se conduzisse um jogo do qual sabia exatamente as regras.

O espaço entre nós desaparecera por completo, e a temperatura à nossa volta parecia ter subido alguns graus.

A música continuava a tocar, distante, como se o mundo exterior já não existisse. O tempo parecia suspenso, cada toque, cada olhar, cada respiração tornando-se parte de uma dança que se desenrolava de forma quase instintiva.

Não sei exatamente quando aconteceu, mas senti a atmosfera do salão mudar. O murmúrio das conversas foi-se tornando mais baixo, substituído por olhares mais intensos e toques mais ousados.

No sofá ao lado, um casal que antes conversava descontraidamente começou a aproximar-se, os gestos tornando-se mais íntimos. No outro canto da sala, uma mulher de cabelo apanhado ria enquanto se inclinava para o parceiro, os lábios roçando-se antes de o beijo se aprofundar.

A Sofia afastou-se ligeiramente e olhou em volta, como se quisesse partilhar comigo o que estava a acontecer.

Com um sorriso divertido, deslizou os dedos pelos botões do vestido e, num movimento fluído, deixou-o deslizar pelos ombros, revelando a pele macia sob a luz amena do espaço. Eu podia agora ver os seus mamilos salientes, expostos no tecido. Muitas pessoas na sala começavam-se a despir.

Será que ia acontecer uma orgia? Eu sentia a tensão no ar, estava muito excitado, louco para foder a Sofia. Já só pensava em penetrá-la, em vê-la de quatro naquele sofá.

O sofá tornou-se um ponto de convergência, os corpos movendo-se com naturalidade, como se todas as barreiras tivessem sido deixadas à porta.

A música continuava a tocar, mas já ninguém prestava atenção. Havia uma nova melodia no ar, feita de sussurros, toques e leves gemidos.

A Sofia voltou a focar-se em mim, os dedos quentes a deslizarem pela minha pele, e sussurrou ao meu ouvido, com um sorriso:

“Agora sim, estás a ver o verdadeiro espírito desta festa.”

O Miguel recostou-se no sofá por um momento, observando a Sofia com aquele olhar tranquilo, mas carregado de intenção.

Depois, sem pressa, levantou-se, alisando a camisa ligeiramente amarrotada pelo momento que partilhávamos, embora já estivesse com ela toda aberta, denotando-se os abdominais.

Estendeu a mão à Sofia, e ela, com um sorriso enigmático, aceitou-a sem hesitação, os dedos entrelaçando-se num gesto que parecia já ensaiado inúmeras vezes.

Ela virou-se para mim, com os olhos a brilhar sob a luz amena do espaço, e, sem dizer muito, fez-me um convite silencioso.

“Vem connosco,” murmurou, estendendo a outra mão para mim.

Havia algo na sua voz que tornava impossível recusar.

A forma como as palavras deslizavam pelos lábios dela, o tom tranquilo, mas repleto de promessa, fez com que o meu corpo reagisse antes mesmo da minha mente (e isso notava-se no meu volume).

Levantei-me e segui-os sem hesitar, sentindo o murmúrio do salão esmorecer atrás de nós enquanto atravessávamos uma porta discreta num dos cantos da sala.

O corredor era iluminado por luzes suaves embutidas na parede, lançando sombras longas e elegantes à nossa passagem.

A Sofia caminhava à minha frente, os quadris a balançarem de forma natural e hipnotizante, enquanto o Miguel mantinha a mão pousada suavemente na parte inferior das suas costas, guiando-a com uma familiaridade cúmplice.

Quando a porta à nossa frente se abriu, percebi que não éramos os primeiros a chegar. O quarto era espaçoso, decorado de forma intimista, com tecidos leves e tons neutros que conferiam um ambiente acolhedor.

No centro, um grande colchão ocupava boa parte do espaço, coberto por lençóis macios e almofadas estrategicamente dispostas. Mas o que realmente captou a minha atenção foi o casal que já estava lá dentro, nu e suado.

A mulher tinha o cabelo solto e ondulado, que caía pelos ombros de forma descuidada, como se já estivesse envolvida naquele ambiente há tempo suficiente para deixar qualquer preocupação para trás. O homem, ao seu lado, parecia igualmente confortável e satisfeito.

A Sofia sorriu ao ver o casal e virou-se ligeiramente para mim, deslizando os dedos pelo meu pulso antes de murmurar:

“Estás pronto para dar o próximo passo?”

Abanei a cabeça e quase instantaneamente fui despido pela Sofia. Ela e o marido também se despiram. O Miguel e o homem que já estava dentro do quarto, distanciaram-se, trocando carícias. No caso, o Miguel começou a receber sexo oral.

As mulheres, por sua vez, ajoelharam-se ao pé de mim e começaram a chupar-me de forma sincronizada. Uma acariciava-me os testiculos, enquanto a outra colocava metade do pau na boca. Ouvi-las a engasgarem-se à vez, a ficarem loucas, a saliva a escorrer dos queixos, os mamilos duros…

O cenário era todo ele incrível e tenho-o na memória até hoje. Os gemidos começaram a surgir de todos os lados. Do Miguel, que tal como eu, era chupado, eu que me deliciava com tudo aquilo e as meninas, com beijos longos e a masturbarem-se enquanto faziam o sexo oral em duo.

Não tardou até eu ir para a cama com elas. Fodi a Sofia em canzana, enquanto a outra mulher (que só mais tarde soube que se chamava Irina) me fazia um beijo grego.

Por sua vez, o Miguel também penetrou o marido da Irina enquanto nos observava (não muito longe da cama).

Confesso que a sentada da Irina foi indescritível e quase que me vinha aí, tendo parado e pedido para elas brincarem uma com a outra. Por fim, a Sofia pediu-me algo que me levou à loucura, fazer algo que adoro e me deixa extremamente excitado – sexo anal.

“Come-me o cu, mete esse pau duro dentro de mim e vem-te”.

Entre trocas de preservativos e colocação de lubrificante, o Miguel vinha-se na cara do marido da Irina bissexual que todas as semanas frequentava o clube. Assim que os gemidos acalmaram, os meus começaram a eclodir naquele espaço. Palmadas fortes, coração acelerado, penetrações profundas e contínuas.

A Sofia estava louca, a Irina vice-versa (era chupada pela Sofia ao mesmo tempo) e não demorou até eu me vir abundantemente dentro dela. Sentia o cu dela a contrair, enquanto eu abria bem as nádegas dela e marcava os meus dedos na pele dela.

Entre mais vinho, paragens, descanso e ainda mais sexo, a noite prolongou-se até as horas perderem o significado.

O ambiente do clube, carregado de energia e desejo, foi-se desvanecendo gradualmente, até que nos apercebemos de que éramos dos últimos a sair.

A Sofia, com os cabelos um pouco desalinhados e um brilho satisfeito nos olhos, trocou um olhar com o Miguel.

Ele, sempre tranquilo, passou-lhe um braço à volta da cintura e inclinou-se para murmurar algo ao seu ouvido, fazendo-a sorrir.

“Vamos?” perguntou-me ela, passando os dedos levemente pelo meu braço, como se não houvesse pressa para quebrar a ligação da noite.

Aceitei sem hesitação. Não queria que aquela experiência terminasse ali. Vestimo-nos e voltámos ao salão principal, que agora parecia outro.

Já não havia o burburinho das conversas, os sofás antes ocupados agora vazios, com copos esquecidos aqui e ali. A equipa do clube começava a arrumar discretamente, mas ninguém parecia apressado. O ambiente era descontraído, como se aquilo fosse um ritual repetido todas as noites.

O Miguel guiou-nos até à saída. Do lado de fora, a brisa noturna de Lisboa era fresca e revigorante, um contraste com o calor do espaço que acabávamos de deixar.

Apanhámos um táxi, e durante o caminho, a Sofia manteve-se encostada ao meu ombro, traçando pequenos círculos na minha mão com a ponta dos dedos.

Quando chegámos ao prédio deles, tudo parecia calmo, como se o mundo lá fora estivesse alheio ao que tínhamos vivido. Assim que entrámos, o Miguel tirou a chave do bolso e pousou-a casualmente sobre o aparador da entrada. A Sofia descalçou-se e foi buscar uma garrafa de vinho que tinha deixado no frigorífico.

“Espero que tenhas gostado da experiência,” disse ela, servindo três copos e entregando-me um.

“Gostei,” respondi, sincero. “Mas tenho uma pergunta… Como é que conheceram este clube?

Pareciam tão à vontade, como se fosse a vossa segunda casa.” Porque é,” disse ele, levando o copo aos lábios.

Franzi a testa por um instante, sem perceber completamente o significado das suas palavras. A Sofia riu-se e sentou-se ao meu lado no sofá, cruzando as pernas.

“O clube… é nosso,” revelou, com um brilho divertido no olhar.

Fiquei em silêncio por um momento, assimilando a informação.

De repente, tudo fazia sentido.

A forma como se moviam por lá, o à-vontade com que interagiam com todos, a maneira como a equipa do espaço os olhava, não como simples clientes, mas como algo mais.

“Surpreso?” perguntou a Sofia, inclinando-se ligeiramente na minha direção.

Um bocado,” admiti, rindo.

O Miguel enconstou-se no sofá, relaxado.

“Gostamos de criar um espaço onde as pessoas possam ser livres, explorar sem julgamentos.

O que viveste esta noite é exatamente o que queremos proporcionar a quem nos visita.”

Passei os dedos pela borda do copo, processando tudo.

Nunca tinha imaginado que aquela noite me levaria não só a novas experiências, mas também a um segredo inesperado.

A Sofia pousou a mão na minha perna e sorriu.

“Acho que vais gostar de voltar.”

E, pela primeira vez em muito tempo, tive a certeza de que sim.

Eu chamo-o de Durão

Tempo de leitura: 3 minutos

O primeiro contacto que tive com este homem, achei que não teria importância nenhuma; não me despertava interesse… mas depois tudo mudou.

A primeira vez, ele apenas me emprestou um relógio para cronometrar uma corrida em equipa e achei um gesto muito querido. Depois disso comecei a treinar com ele, a olhar para o corpo branco dele. Comecei a desejá-lo, a imaginar como seria o toque dele na minha pele, a olhar para aquele rabo redondo, aparentemente rijo e super gostoso.

Ele é um homem não muito alto nem com o corpo muito definido. Não o considero muito bonito, mas ele emana uma energia masculina tão forte que o seu olhar consegue penetrar-me em dois segundos e fazer o meu corpo tremer por todo o lado.

É um homem um pouco bruto nas palavras e nos gestos. Eu gosto de alguma brutalidade. É pouco mais velho do que eu, quase nada, mas aparenta ter muita experiência… em tudo.

Sempre tivemos pouca interação, mas os olhares eram extremamente profundos e cheios de excitação.

Nunca chegou a existir contacto físico porque eu descobri que ele tinha namorada e acabei por me tornar amiga dela.

No entanto, o desejo na minha imaginação nunca deixou de existir, até chegar ao ponto de ter sonhos eróticos com ele a foder-me na cama dele, na casa dele, no ginásio onde frequentamos os dois e onde podíamos ser apanhados a qualquer momento.

O olhar dele é de tal maneira penetrante e excitante para mim que o sonho mais realista que tenho com ele começa sempre da mesma forma: ele puxa-me para uma despensa, beija-me toda de cima a baixo, tira-me a roupa com a maior rapidez possível, arrasta as cuecas para o lado e lambe-me de tal maneira que eu preciso de ferrar o meu próprio braço para não deixar escapar nenhum som.

Depois volta a subir e mete aqueles dedos grossos — que eu adoro — dentro da minha cona, completamente encharcada dos meus líquidos e da saliva dele.
Ele mete-me os dedos tão bem que as minhas pernas não aguentam e começam a tremer. Ele pega-me ao colo e faz jus ao apelido dele.

Sinto a cabeça do coiso dele a passar pela minha entrada, que lateja de tesão tanto quanto o dele.
Ele enfia-mo e aperta-me ligeiramente a garganta com a mão, mas eu dou um gemido de prazer e dor ao mesmo tempo.
Ele geme baixinho no meu ouvido. Eu adoro ouvir o prazer do outro.

Tentei conter-me para não o arranhar todo, mas acabei por lhe arranhar o pescoço e as costas, como se quisesse que o corpo dele entrasse ainda mais dentro de mim.

Eu estava quase a atingir o meu rico orgasmo quando ele deixa as minhas pernas cair e vira-me de costas.

Dá-me uma palmada no cu e aperta tanto a nádega que a deixa completamente a arder. Engulo um grito de prazer e logo a seguir ele enfia-me a piça novamente até ao fundo. Eu só queria gritar de excitação, mas ele direciona-me até eu ficar com o corpo meio deitado numa mesa.

Ele mete várias vezes, com a força toda que eu sei que ele tem, e sinto o suor dele a cair em cima de mim. Tentamos fazer o mínimo de barulho possível, mas viemo-nos exatamente ao mesmo tempo e o gemido ficou inexplicavelmente unido.

Foi então que começámos a pensar no que tínhamos acabado de fazer. Muito mais ofegantes do que depois de um treino de duas horas. Vestimo-nos e saímos daquele armário.

Este seria o cenário mais excitante que eu imagino com este homem que vejo todos os dias, que me penetra com os olhos, mas que não posso tocar.

Olhos vendados com o N

Tempo de leitura: 9 minutos

Já tinha algum tempo que tinha idealizado fazer algo diferente com o N. Algo apenas só para nós dois, mas que envolvesse a ativação e o envolvimento de todos os sentidos.

Queria fazer algo que despertasse ainda mais o desejo que sei que o N tem por mim. Dar algo de especial de mim, que ele jamais esquecesse.

Estava no trabalho e recebo uma mensagem do N a perguntar se podia vir ver-me naquele dia.

Não tinha propriamente ideia de estar a marcar com ele algo durante a semana pois no dia seguinte, tendo de me levantar cedo para ir trabalhar, condicionava um pouco o tempo que teríamos para nós.

Esses dias estavam a ser um bocadinho complicados pois para além de me pedirem para ir dar apoio profissional num sítio para o qual eu não me sentia muito disposta a ir, também estavam a ser dias stressantes para cumprir objetivos finais do mês.

Contudo a proposta dele foi bem vinda e comecei logo a imaginar como e o que iria preparar para o receber.

Respondi à sua mensagem a combinar horário e pedi que quando estivesse a vir para minha casa me avisasse, sem lhe dizer ainda naquele momento o motivo.

Como referi atrás, já tinha algumas semanas que idealizava fazer algo especial para nós e já tinha impresso uns textos, redigidos por mim, para que numa ocasião em que o N me viesse visitar, os colocasse expostos em minha casa, e este, só teria de seguir as minhas indicações.

Preparei o quarto colocando além do aquecimento a funcionar, umas velas acesas, a luz da mesinha de cabeceira com uma intensidade de luz mais reduzida e a poltrona do meu quarto, virada completamente para os pés da minha cama.

À entrada de minha casa, no móvel, coloquei um bilhete para o N ler quando chegasse e junto coloquei uma venda. Assim que ele estivesse a chegar também ali iria colocar uma bebida que iria preparar para ele… decidi que iria preparar um copo de gin tónico já que tinha a ideia que era uma das suas bebidas favoritas.

Idealizei ao pormenor todos os detalhes e então o bilhete que estava à entrada de casa pousado no móvel dizia:

“Baby quero que depois de leres este bilhete, vás até ao meu quarto, que te sentes na poltrona que está no quarto, virada para a minha cama. Antes de te sentares, podes colocar-te confortável. Tira a roupa se quiseres, bebe um pouco e espera por mim que já lá vou ter contigo. Assim que estejas confortável e relaxado, coloca essa venda nos teus olhos e só a podes retirar quanto te disser que o podes fazer. Tenho algo para ti … para nós na verdade. Prometo que será bom e incrível. Vamos aproveitar, sim?”.

Faltavam uns 15 minutos para as 22h quando recebi mensagem do N a dizer que estava a caminho de minha casa. Respondi-lhe com um emogi e disse “Quando entrares em minha casa, tens umas orientações para seguir.” e assinei com um emogi de diabinha.

Ele respondeu logo de seguida com um “Adoro!”

Estava certa de que ele iria adorar pois não havia como não ficar completamente fascinado com o que tinha idealizado fazer.

Já estava praticamente pronta para o receber.

Uma vez mais decidi vestir uma lingerie bem gira e bem sexy da Pimenta Doce e a lingerie escolhida para essa noite foi a Wild Desire Set. Ao conjunto adicionei umas meias liga de rede que ficaram um arraso no conjunto e vesti um robe de cetim preto.

Sabia que a minha escolha ia deixar o N bem doido.

Já pronta, fui até à cozinha e preparei duas bebidas. Tinha mais ou menos noção do timming e sabia que em poucos minutos ele chegaria a minha casa.

Preparei um gin tónico com limão para mim e um igual para ele.

Assim que pousei o copo no móvel da entrada recebo uma mensagem do N a dizer

“Cheguei”. Abri a porta do prédio e dei-lhe orientação para subir.

Abri a porta de entrada de minha casa e fui para a sala esperando que ele seguisse as orientações para depois ir ter com ele ao meu quarto.

Ouvi-o a entrar e a fechar a porta. Depois de entrar e de ler o 1º bilhete o N entrou no meu quarto e fechou a porta.

No quarto, em cima da cômoda, havia outro bilhete para ele com o seguinte texto:

“Coloca-te confortável. Liguei o aquecimento para não sentirmos frio, mas não tarda, acredita, vai ficar bem quente neste quarto. Assim que tenhas a venda colocada, bate duas vezes na parede por detrás de ti para saber que estás pronto para mim e que já posso ir ao teu encontro. Só podes retirar a venda quando EU DISSER!”

Alguns minutos depois, oiço-o bater na parede conforme as orientações que lhe havia dado.

Dirigi-me ao quarto e abrindo a porta, vejo-o obedientemente sentado na poltrona, de venda colocada e despido. Previamente tinha colocado uma manta de pêlo na poltrona para que quando ele se sentasse ficasse bem confortável e não sentisse frio nenhum, mas o quarto já estava bem quente e ainda nem se tinha passado ali nada.

Ao entrar, pousei o meu Gin na cômoda e pousei o telemóvel sobre a cama.

Comecei a passar as unhas no seu corpo despido e ele lançou de imediato um sorriso bem perverso. Era visível que o N estava super entusiasmado e ansioso por ver ou sentir o que tinha preparado para ele.

Passei as unhas e as mãos ao longo do seu corpo despido e curvei-me até aos seus lábios beijando-o fugazmente. Depois de o beijar, sussurrei ao seu ouvido esquerdo “Quando disser, tiras a venda!”…

Senti-o engolir em seco e afastei-me do seu corpo já visivelmente excitado.

Peguei no telemóvel que tinha pousado sobre a cama e coloquei a tocar uma playlist com algumas músicas bem sensuais. Começou a dar a “Eyes on you” de SWIM.

Pousei o telemóvel e fui em direção à minha cama, coloquei-me de joelhos sobre a cama, abri o robe e disse “Podes tirar a venda!”.

Assim que o digo, obedientemente o N tira a venda e quando me vê, é claramente visível nos seus olhos que está abismado com todo o cenário que preparei para ele.

Sinto-o olhar-me, de cima a baixo, com um desejo inexplicável e pergunto (já sabendo a resposta) se gosta da lingerie que escolhi vestir. Ele movimenta a sua cabeça afirmativamente e diz-me que estou muito linda e muito gata.

Assim que ele o diz começo a gatinhar para os pés da cama e chegando mais perto dele viro-me e fico de costas para ele.

Debruço-me e coloco-me de quatro abanando a minha anca e o meu rabo sistematicamente ao som da música. Ouço-o a suspirar. Espeto ainda mais o rabo à medida que deslizo e debruço-me ainda mais na cama.

Assim que o faço, o N apercebe-se que estou a usar um plug e geme ao mesmo tempo que suspira e diz-me que estou linda e sexy.

Levanto-me da cama e ainda de costas para ele, continuo a dançar sensualmente ao som da música e dou uma palmada bem forte nas minhas nádegas.

Quando o faço o N solta um desabafo e chama-me de safada.

Viro-me para ele e aproximo-me. Quando o faço, uma vez mais, beijo-o fugazmente.

O nosso beijo é intenso, quente, molhado, envolvente e profundamente penetrante.

Sinto-me completamente envolvida no seu beijo e acariciamo-nos como se o fizéssemos uma última vez… com uma vontade imensa de sentir e tocar, fazendo com que o momento não acabe jamais.

Estou de pé à sua frente e ele sentado começa a beijar-me e a acariciar-me as mamas, tomando-me como sua e deixo-me envolver no seu toque e nos seus beijos quentes e molhados.

Sinto-me estremecer de prazer e de tesão a cada beijo seu, a cada lambida nos meus mamilos e mergulho os meus dedos no seu cabelo, acariciando e tocando o seu corpo quente e nu ao mesmo tempo.

Afasto-me um pouco e coloco-me de joelhos aos seus pés.

Ele está completamente erecto. Já está assim há algum tempo. Era já visível há algum tempo, a sua excitação e o seu entusiasmo. Toda a envolvência… o cenário, os meus movimentos, a minha sensualidade, a lingerie escolhida… tudo isso já tinha captado toda a sua atenção.

No entanto, a nossa conectividade…o nosso à vontade um com o outro levaram-nos àquele exacto momento… Antes mesmo de lhe dar prazer com a minha boca, o N já estava duro e pronto a ser meu.

Ajoelho-me, envolvo o seu caralho duro na minha mão direita e começo a lambê-lo e a chupá-lo. A sua expressão facial demonstra o prazer imenso que lhe estou a proporcionar. Olho-o fixamente nos seus olhos e ele solta um desabafo “Esses olhos…”

É importante para mim dar-lhe prazer e fazê-lo ver o prazer que me dá fazê-lo.

Continuo assim um longo tempo e eis que a dado momento percebo que ele está faminto de mim e do meu corpo…. Quer saborear-me e sentir-me.

O N coloca as suas mãos no meu rosto, puxa-me para ele e beija-me uma vez mais.

Um beijo intenso e molhado como são sempre os nossos beijos e eleva o seu corpo, ajudando-me a levantar do chão.

Envolve-me nos seus braços, beija-me sedento de mim e leva-me até à minha cama, fazendo-me deitar e com o seu corpo coloca-se sobre mim.

Assim que me tem deitada na minha cama, colocando-se sobre mim e posicionando-se entre as minhas pernas, agarra o meu rosto com as suas mãos e beijamo-nos fugazmente sem qualquer dúvida de que ambos estávamos sedentos de nos sentirmos e tocarmos.

Olha-me nos olhos e diz-me que nada é tão bom como fazer amor comigo e eu rio-me de nervoso e de excitação. Olho-o nos olhos, beijo-o, acaricio o seu corpo e sussurro ao seu ouvido “Vamos antes foder descontroladamente como tão bem gostamos…”

Assim que o digo, o N começa a deslizar pelo meu corpo abaixo e pára entre as minhas pernas, mergulhando a sua língua e a sua boca no meu baixo ventre.

Começa a lamber-me e a chupar-me com uma fome imensa como se nunca me tivesse tido. Perco o controle e gemo sem me preocupar se alguém nos ouve.

O meu corpo contorce-se todo e agarro a coberta da cama com toda a força que tenho nas mãos. Próxima de atingir o clímax, sinto os seus dedos penetrar-me e fico ainda mais descontrolada e gemo com intensidade atingindo um orgasmo imenso que me tira o fôlego e me deixa trémula.

Puxo-o novamente até mim e uma vez mais começamos a beijar-nos. Poucos minutos depois já o tenho dentro de mim.

Fodemos de todas as formas e feitios imagináveis. Deitados, de lado, de quatro, de frente um para o outro e comigo por cima dele.

Vários orgasmos pelo meio e completamente rendida a cada investida do N.

Dou por mim a pensar e a confessar-lhe que é um dos meus melhores amantes e que a conexão que temos enquanto fodemos, não a tenho basicamente com mais ninguém.

Coloco-me sobre ele e faço-o deslizar sistematicamente para dentro de mim e enquanto o faço beijamo-nos, olhamo-nos nos olhos um do outro, ele beija-me e chupa-me as mamas, dá-me palmadas nas minhas nádegas, gemo de tesão, ergo-me e poucos segundos depois venho-me. Uma e outra vez assim…

Saio de cima do N e deslizo ficando com a minha boca sobre o seu baixo ventre.

Continua duro e super excitado. Envolvo a sua dureza com as minhas mamas, deslizo mais um pouco e volto a chupa-lo e a lambê-lo.

Enquanto lhe dou prazer com a minha boca, o N só pragueja elogiando como o faço e colocando a sua mão no meu rosto pede-me que continue. E eu continuo. Adoro dar-lhe prazer. O seu prazer também é o meu prazer.

A dado momento o N fica sobre mim e fode-me com a maior das intensidades e as suas estocadas fazem um barulho imenso que receio que nos oiçam pelo prédio todo.

Estou tão húmida e tão molhada que o meu prazer torna-se indescritível e eu só me oiço gemer e oiço-o a dizer que adora foder-me.

Peço-lhe que me foda e digo-lhe coisas que sei que o deixam maluco e fora de si. A nossa intimidade é sempre muito verbal e excitante.

De repente ele inclina-se e pega no meu sugador que está sobre a minha mesinha de cabeceira. Pede-me que me deite de lado e enquanto me começa a foder o rabinho como poucos segundos antes lhe pedi, pede que brinque com o meu sugador.

E eu assim faço. Coloco-me de lado e deixo-o foder-me enquanto brinco com o sugador no meu clitóris. Estou tão excitada que não demoro muito tempo a ter outro orgasmo.

Sinto o N ficar cada vez mais à beira do climax e peço que me foda e que não pare.

Inclino a minha cara sobre o meu ombro esquerdo e ele inclina-se ao mesmo tempo que eu e beijamo-nos enquanto ele não abranda as suas investidas e fode-me sem parar.

Ele agarra-me pelas mamas enquanto me fode cada vez mais de forma mais descontrolada. Levanta-se, coloca-me deitada na cama de barriga para cima e pega numa almofada para colocar por baixo das minhas costas elevando a minha cintura.

Uma vez mais mergulha dentro de mim e olhamo-nos com paixão e tesão. Uma vez mais, falamos um para o outro… peço-lhe que me foda e ele chama-me do jeito que eu bem gosto.

Sinto-o bem próximo de atingir o climax e peço sem parar que me foda e exteriorizo o quão bom é a fazê-lo.

Olha nos meus olhos e diz que assim não vai aguentar muito mais tempo e eu peço que não aguente. Quero que ele se venha e quando o digo ele sai de dentro de mim e atinge o seu orgasmo sobre mim, libertando a sua excitação sobre a minha barriga e sobre o meu baixo ventre.

Fico deitada a absorver toda aquela excitação e olho-o sentado na poltrona.

Rimo-nos um para o outro e estamos ambos ofegantes e a controlar os nossos corpos.

Ele olha-me todo suado e sorridente e diz-me “São sempre incríveis e inesquecíveis estes momentos contigo.” Rio-me uma vez mais envergonhada com o seu elogio mas digo-lhe que também adoro os nossos momentos a dois.

Pergunto-lhe se gostou da minha surpresa e de tudo o que preparei para ele e o N responde simplesmente que foi tudo incrível e que nunca tinham preparado nada assim para ele.

Fico feliz por sentir que ele apreciou tudo o que preparei e ficamos durante algum tempo a conversar e a beber um pouco.

Alguns bons minutos depois de estarmos na conversa o N disse que se calhar era melhor ir embora pois certamente iria levantar-me mais cedo que ele no dia seguinte.

Com um ar bem lascivo e bem sedutor digo-lhe que ainda não estava na hora de ele ir embora. Ainda queria divertir-me mais um pouco com ele.

Sou insaciável e no que toca ao N sou ainda mais.

Estendi uma mão, puxei-o até mim e ambos deitamo-nos na cama, envolvendo-nos um no outro.

Seduzi-o com os meus beijos quentes e as minhas palavras obscenas e provocadoras como ambos apreciamos e fodemos por mais uma hora.

No fim despedimo-nos calorosamente com um beijo bem molhado e bem intenso, com a certeza que em breve nos iamos voltar a ver e sem qualquer dúvida, seria tudo tão bom como naquela noite.

Uma Noite de Halloween

Tempo de leitura: 8 minutos

Era uma noite de Halloween igual a tantas outras. As casas do meu bairro, estavam impecavelmente decoradas com esqueletos e bruxas. Uma noite de chuva miúda, com tons de preto de noite cerrada e misteriosa e vermelho de sangue, de qualquer coisa latente que estava para acontecer.

Saí, após o jantar, com as crianças para batermos às portas a pedir doces. Havia imensa gente na rua, outros miúdos e muitos pais a acompanhá-los. As máscaras escondiam quem os adultos eram no dia a dia. Gente que saia com o carro de manhã e voltava à noite, sempre à mesma hora, tinham nesta noite uma oportunidade de ser alguém diferente. E aproveitavam para se esconder, para se revelar.

Alguns dos meus vizinhos estavam irreconhecíveis, em roupas ousadas. Mas a maior diferença era a maneira como naquele dia tudo era permitido. Os vizinhos que raramente falavam, estavam no meio da rua a cumprimentar toda a gente. A mulher que nunca parava antes de entrar em casa, sentia-se desinibida para conversar com o vizinho do lado. Havia gargalhas por todo o lado e uma atmosfera eletrificante, entre o bizarro e o excitante.

Eu, era como todos eles. No resto do tempo apetecia-me falar com as pessoas, mas o cenário aborrecido e sisudo fazia-me entrar em casa, sem explorar mais nada. Neste dia, eu sentia como mais ninguém a alteração das pessoas.

Era uma atmosfera demasiado apetitosa. Neste Halloween tinha escolhido ser o cisne negro. O meu vestido era preto, cintado e com folhos pelos joelhos. Sem soutien, o vestido envolvia- me apenas o peito e deixava-me os braços e as costas totalmente nus.

Gostava de me ver assim, desprotegida e vulnerável nesta zona do corpo. Os meus olhos maquilhados com excesso de preto nas pálpebras e umas pintalgadas de azul no canto do olho, tornavam o meu olhar ainda mais penetrante. Os homens sempre gostaram dos meus olhos.

E de me ver olhar para eles, despi-los e envergonhá-los. E eu estava ainda mais sexy naqueles olhos e naquele vestido. Troquei as sapatilhas de ballet por umas botas pretas e o cabelo preso à volta da nunca, pela sensação de tê-lo a tocar-me as omoplatas quando o sacudia.

Sai à rua sem casaco, a pedir que olhassem para mim. Apetecia-me tanto exibir-me.

Sabia que metade dos homens daquele bairro me olhava quando eu saia, quando eu aparecia à janela ou quando descarregava as compras do carro. Eram homens mais velhos, outros muito mais jovens do que eu. Eram os pais dos amigos dos meus filhos. E hoje estavam todos na rua, sem vergonha.

Mal passei o portão, senti essa atmosfera de vibração, que me deixou logo excitada. O ar fresco, demasiado frio para a minha pele empertigou-a e os meus sentidos ficaram alerta prontos a serem despertados.

Os olhares dos homens começaram e sem máscaras, via o desejo nas suas caras, estampado naos mãos que procuravam tocar alguma coisa completamente inquietas, nos seus corpos hirtos e tesos e na forma como me cumprimentavam, olhos ligeiramente entreabertos e uma respiração ofegante.

Era capaz de ver em cada um deles a vontade que sentiam de me penetrar, de me comer o cu, de me lamber e de sentir a minha boca vermelha a chupar-lhes a pila. Estavam por todo o lado, e rodeavam-me na rua e eu caminhava ao centro como uma gazela distraída no meio de leões esfomeados. Sentia um perigo iminente, e uma excitação enorme por caminhar por cima dele.

A certa altura batemos á porta de uma casa que ficava num dos cantos do bairro, com árvores altas a circundar as paredes laterais. Os miúdos exibiram os seus disfarces e os vizinhos vieram contribuir com os doces, e a mulher por cortesia cumprimentou-me e começou uma conversa de circunstância sobre as escolas.

Eu entretive-me ali por alguns minutos e os miúdos disseram-me que iam ter com os seus amigos, do outro lado do bairro, para começarem o desfile.

Quando me despedi e o portão da frente se fechou, estava sozinha, apesar da rua estar cheia e vibrante. Para chegar mais depressa ao outro lado, entrei no denso arvoredo, pisei a terra fresca. Ali dentro estava escuro e sombrio, como um pequeno bosque resguardado do resto do bairro. Comecei a andar depressa, impaciente, mas ouvi o restolho mexer-se atrás de mim e uns risos que me deixaram gelada.

Antes que tivesse conseguido pensar, senti que um corpo forte e com um odor desagradável a podre me atirava ao chão.

O impacto feriu-me os joelhos e a cara e quando tentei gritar senti alguém tapar-me a boca. O pânico tomou conta de mim quando vi quatro homens que não conhecia a agarrarem-me a apalparem-me enquanto me diziam que me iam todos comer, e que eu hoje não ia para casa sem a esporra deles a sair-me do cu. Passou-se tudo no que me pareceram dois minutos. Consegui pontapear um deles que me soltou enquanto mordi outro.

A correr desenfreadamente tropecei numa pedra enorme que estava no chão e gritei desta vez de dor, com o tornozelo deslocado. No chão, um deles esmurrou-me a cara e quase sem ver senti os collants a serem rasgados enquanto os meus braços eram presos um de cada lado. Os folhos do vestido puxado para cima não me permitiam ver mais nada e com a cara ensanguentada a noite fechou-se sobre mim.

Ouvi-os dizer que era a mula perfeita para se esvaziarem, a puta que gostava de mostrar o cu na rua. O desespero tomou conta de mim quando percebi que não tinha salvação, e ao fundo ouvia os gritos e a alegria dos miúdos do bairro, indiferentes à minha violação.

Mas de repente, ouvi um grito. Forte, rouco, imponente. O homem que se debruçava sobre mim já com a pila de fora foi completamente abalroado por um outro que parecia tomado por poderes sobrenaturais. Com o homem de rastos no chão, ele aproveitou a surpresa dos outros e desferiu-lhe um soco certeiro na cara que o fez quase perder os sentidos e pô-lo fora de combate. Mas os outros três recuperaram do choque e rapidamente se atiraram a ele numa batalha difícil de seguir.

Um deles no entanto, largou-o e tentou de novo penetrar-me, aproveitando que não me conseguia mexer e a minha fraqueza era evidente. Entretanto um segundo homem que eu reconheci entrou na luta e despachou-o. Era um dos homens que costumavam limpar as ruas do bairro.

Alto, com os ombros forte, a barba curta e mal aparada e os olhos azuis que sobressaiam numa pele morena e desgastada do sol que apanhava em demasia. Em menos de nada, os quatro dominadores homens que me tentavam comer a cona, fugiram em direção à estrada com passos incertos e medrosos.

O homem dos olhos azuis excitado da adrenalina que acabara de viver debruçou-se sobre mim para ver se estava bem, e passou-me a mão pelo rosto afastando o cabelo para ver o inchaço roxo que sobressaia na minha cara.

O segundo homem, que só então reconheci como sendo o pai de um dos colegas dos meus filhos na escola, estava raivoso e dividia-se entre olhar para o trilho que deixaram os que fugiram e abeirar-se de mim para me ajudar. Mas o outro disse-lhe para os deixar ir, para poderem prestar-me o auxílio que necessitava. Era mais alto que o primeiro, mas menos corpulento, com umas mãos enormes e uma tatuagem que lhe cobria um dos braços inteiros.

Tentei mexer-me mas era impossível e por isso o dos olhos azuis pegou em mim ao colo como se eu fosse uma pluma, e de forma fácil dobrou o joelho e levantou-me no ar.

As lágrimas inundaram-me os olhos, quando pensei em aparecer assim à frente de toda a gente no bairro, desflorada e humilhada. Ele percebeu isso e na sua voz grossa descansou-me e continuou o caminho por entre as árvores até outro lado do bairro.

O homem da tatuagem seguia à frente dele, e ás vezes olhava-me ainda raivoso com as suas mãos enormes a fecharem-se como se deseja-se muito ter esmurrado os meus atacantes até à morte. Levaram- me para uma das casas, entramos os três pela porta do fundo.

Devia ser a casa de um deles, mas eu não percebi de qual. Era evidente que estavam os dois em sintonia e sem precisarem de grandes conversas inventaram ali um pequeno plano para me ajudar, tal como fizeram antes ao salvar-me de uma violação eminente. Entramos na sala, que estava toda iluminada.

A lareira crepitava, a mesa de jantar ainda tinha os pratos com restos de comida e os papeis de rebuçados estavam espalhados pelo chão.

As cortinas grossas ao pé da janela permitiam ver apenas as sombras da animação que se vivia na rua.

O homem pousou-me delicadamente em cima de uma chaise long, maior do que eu alguma vez tinha visto, que estava perto da janela. Os dois debruçaram-se sobre mim, perguntaram-me onde sentia mais dores e obrigaram-me a prometer que não me mexeria dali. Enquanto um, o dos olhos azuis, me passava a mão novamente pelo rosto, o da tatuagem tocava-me delicadamente no tornozelo.

A adrenalina tinha baixado, mas ambos estavam embrutecidos, pouco falaram mesmo quando lhe agradeci.

Sentia a tensão deles, ansiosa e gulosa por aquele estado desenfreado de descontrolo. Quis ir embora e tentei mexer-me, mas eles impediram-me imediatamente.

Agarraram-me ambos e ordenaram-me que não me mexesse. Só iria embora quando estivesse recuperada. Senti-me presa, e novamente uma gazela, mas desta vez um frio de excitação começou a correr-me pelas costas. O da tatuagem subiu as escadas em busca de material médico, enquanto o dos olhos azuis olhava para mim, num misto de desejo e raiva. Talvez ambos fossem o mesmo. O olhar dele fez-me desejá-lo dentro de mim, fez-me desejar que ele me penetrasse e que eu não conseguisse fugir.

Disse-lhe que estava no sítio certo quando me atacaram. Perguntei-lhe como era possível. Com os braços presos dos dois lados da chaise, disse-me sem vergonha que me queria proteger e tinha andado atrás de mim durante aquele périplo pelo bairro. A cara dura voltou a aparecer e disse-me que devia ter ido atrás deles. Voltou a tocar-me no inchaço e eu retrai-me com a dor. Ele beijou-me o hematoma roxo. O meu braço puxou-o mais para mim e beijei-o nos lábios.

Correu-me imediatamente uma adrenalina no sangue difícil de explicar. Ele respondeu antes de eu pensar no que quer que seja. As mãos morenas e calejadas percorreram os meus ombros e o meu pescoço e desceram até ao vestido. Subiu para cima de mim e de uma vez só vez puxou as calças para baixo.

Tirou o que restava dos collants rasgados para o lado e arrancou-me as cuecas. Entrou quase de imediato em mim, e senti a sua pila enorme a encher a minha cona completamente molhada. Arqueei as costas e esqueci as dores enquanto ele ia e vinha a um ritmo alucinante. Depois de um breve momento em que quase atingi o orgasmo, ele chegou o corpo ao meu e começou a penetrar-me com um ritmo mais lento e mais sensual.

Começou a tocar-me nas mamas, e na minha cintura, apreciando cada centímetro da minha pele. Os lábios ressaltavam da sua cara, e quando os pousava nos meus ombros e se contorcia dentro de mim, eu soltava os gemidos mais agudos que alguma vez dei. Do cimo das escadas, o homem da tatuagem olhava-nos hipnotizado.

Estava ali desde o início. Mas foi descendo as escadas cheio de tesão. Quando chegou ao pé de nós, já eu estava virada de costas.

O homem dos olhos azuis tinha-me levantado no ar novamente e agora penetrava-me enquanto encostava o peito sem a t-shirt que entretanto tirara, ás minhas costas. Eu dobrava as pernas ligeiramente e levantava o cu enquanto ele ia e via de forma deliciosa.

O da tatuagem aproximou-se e mostrou-me a sua pila, á altura da minha cara. Sem pensar duas vezes meti-a na boca e ficamos assim os três, sem contar o tempo.

Chupei-lhe a pila metendo-a no fundo da minha garganta enquanto lhe acariciava os colhões ao mesmo ritmo que era fodida. Mas quando ele ficou tão cheio de tesão que quase se vinha, parou e foi para o lado do outro. Sem trocarem uma palavra, ou se mostrarem incomodados, trocaram de posição, mas o homem da tatuagem pegou-me pela cintura, puxou-me para perto dele e começou a mexer-me com os dedos no cu enquanto eu chupava o outro.

Eu, louca de tanta tesão, não demorei a estar completamente pronta e ele enfiou a sua pila longa pelo meu cú, e eu quase de imediato tive o primeiro orgasmo. Sem conseguir chupar o meu salvador dos olhos azuis decentemente, ele veio ter com o outro e voltou a comer-me a cona, enquanto o da tatuagem me comia o cu.

Começaram os dois a dar estocadas enquanto eu gritava e lá fora a vida decorria sem problemas.

O calor da lareira aquecia-nos e estávamos vermelhos incandescentes. O meu corpo era lava e eu sentia um prazer elétrico.

Quando começaram a foder-me com mais força vim-me novamente e o da tatuagem, não conseguindo aguentar mais esporrou-se todo dentro do meu cu. Passado pouco tempo e sem se dar conta o dos olhos azuis soltou um grito abafado, e veio-se também completamente dentro de mim. Sentia a pila dele bem funda a depositar o sémen e depois a sair depressa. De uma só vez ambos puxaram as calças e voltaram a tratar das minhas feridas.

Eu compus o vestido, e as cuecas e deixei que me enrolassem o tornozelo em gaze. Não voltamos a trocar nenhum olhar como se tudo aquilo tivesse sido um filme, e não nós próprios.

Trouxeram-me outra roupa, ampararam-me para que pudesse andar ao seu lado e levaram-me a casa, com uma história falsa inventada por eles.

Texto escrito por Alice Andersen

Professor – Dark Secret Angel

Tempo de leitura: 7 minutos

O ano era 2001.

Tinha 20 anos feitos e andava numa fase rebelde da minha recente idade adulta.

Vou confessar-vos que eu não era muito dada aos estudos e estava a tentar terminar o ensino secundário.

Andava naquele liceu desde o meu 10 ano e a Matemática era (e sempre foi) o meu calcanhar de Aquiles. Até na faculdade foi uma das últimas cadeiras que terminei.

Nesse ano decidi ir para o ensino noturno e ao invés de ter Matemática decidi fazer umas cadeiras de substituição.

Não tinha grande vontade para estudar e a minha mãe tinha-me feito um ultimato… Ou eu atinava e terminava o ensino secundário ou então deixava a escola e começava a trabalhar. Matriculei-me no ensino noturno o que fazia com que durante o dia, acabasse por ter algum tempo livre. Usava-o maioritariamente para estudar.

Nesse ano, ainda andávamos nos primórdios das redes sociais e foi através de uma rede designada por mIRC que conheci o PF. Não vou mencionar o seu nome todo porque seria um pouco comprometedor.

Conheci o PF num desses chats e começamos a falar com alguma frequência.

Acho que foi nessa época, ou pouco tempo antes disso, que tinha acabado de ter uma grande desilusão amorosa.

Era apaixonada há largos anos por um amigo meu, mas ele nem dava pela minha existência. Já tínhamos estado envolvidos mas acho que tal só aconteceu para alimentar os seus desejos e fantasias.

Aliás, a minha primeira tentativa de um trio MFM tinha sido com ele e com um amigo nosso. Acabou por não se concretizar.

Éramos todos muito novinhos e muito inocentes, creio eu. Inexperientes e com muitas vontades e pouca coragem em avançar nessas vidas doidas do mundo liberal. Na verdade, há vinte e poucos anos atrás, o mundo liberal era muito diferente do que é hoje em dia.

Como estava a referir anteriormente, estava um pouco desgostosa por não ser correspondida pela minha paixoneta e então decidi alargar os meus horizontes e conhecer novas pessoas.

Foi nesse âmbito então que comecei a falar com o PF.

Depois de falarmos durante algum tempo, combinamos sair para ir tomar um café.

Expliquei-lhe que precisava que fosse durante o dia porque estava a estudar no ensino noturno.

Até esse momento e durante algum tempo eu não referi onde estava a estudar mas ele também não me disse concretamente o que fazia.

Rebelde e com um desejo sobrenatural de só fazer asneiras, combinamos de nos encontrar. Confesso que a sua aparência foi muito motivadora. O PF claramente cuidava do seu corpo. Alto, atraente, corpo bem cuidado e bem tonificado despertou por completo toda a minha atenção, além do facto de ser mais velho que eu. Quando nos conhecemos eu tinha 20 anos e ele tinha mais 12 anos que eu.

Na época, vestia um número bem mais pequeno do que aquele que visto hoje em dia e considero que já nessa época, era uma jovem mulher muito sedutora e atraente.

Combinamos de nos encontrar num parque. Estacionei o meu carro e entrei no seu carro.

O PF tinha um carro que chamava muito à atenção naquela época e disse-lhe que se calhar era melhor irmos no meu carro, mas ele tanto insistiu que lá fomos nós no seu carro. Acho

que ele queria mais exibir-se do que outra coisa qualquer. Deixei que ele tivesse essa satisfação.

A sexualidade na minha vida, foi algo que sempre esteve muito vincada.

Pelo que me recordo, a primeira vez que me masturbei, ainda devia ter uns 10 ou 11 anos. Descobri a masturbação através de uma amiga de infância e desde essa altura que me toco e masturbo com alguma frequência.

Naquela tarde, assim que entrei no seu carro, o seu sorriso cativou-me e não só.

O seu corpo atlético e o facto de ser realmente um homem mais velho que eu, deixou-me principalmente entusiasmada com aquele encontro.

Senti-me instantaneamente atraída por ele. Tinha os meus objetivos bem definidos… queria um homem mais velho para me divertir e esquecer outra pessoa. Agora que recordo a fisionomia do PF e me lembro de como era o R (a paixão que tentava esquecer) é que me dou conta que eles eram muito parecidos. Sorriso bonito e olhos castanhos rasgados. Perco-me por homens morenos e esse era o caso do PF.

Depois de entrar no seu carro, o PF conduziu o seu carro e fomos até uma Pousada que tinha um café aberto ao público e não apenas aos seus hóspedes.

A Pousada ficava numa subida de uma estrada regional um pouco mais afastado das nossas áreas de residência. Eu não tinha particular interesse de correr o risco de encontrar alguém conhecido que começasse a fazer perguntas e para ele também não era conveniente.

Na época, o PF tinha uma pessoa. Não me interessava se ele era comprometido ou não. O meu objetivo era divertir-me e quem devia ter algum problema com o nosso envolvimento era ele e não eu, pois ele é que estava numa relação.

Era muito nova e não media muito bem o que estava a fazer… hoje em dia não sou assim. Existem limites e um que não violo é o de me envolver com alguém que esteja num relacionamento.

Mas enfim, estava nervosa. Lembro-me bem desse momento porque assim que me sentei no banco do passageiro, o PF colocou a mão na minha perna e começou a acariciar-me. Roubou-me um beijo logo ali e eu adorei a sua atitude.

Qualquer mulher que se sinta desejada por um homem da forma como eu sabia que ele me desejava a mim, não consegue resistir. Senti logo os efeitos daquele beijo… respiração ofegante e cuequinha melada. Estava bem excitada com o seu avanço e só queria que fossemos para algum sítio onde pudéssemos ter alguma privacidade.

Chegando à pousada onde fomos tomar algo, poucos minutos depois decidimos ir dar uma volta a pé a um miradouro que tinha lá próximo.

A meio da subida para o miradouro o PF agarrou–me novamente e começou a beijar-me e a tocar-me com uma maior intensidade e fogosidade.

Deixei-me tomar pela sua investida pois não havia como resistir. As minhas mãos passeavam pelo seu corpo vestido e eu só imaginava como seria ter aquele corpo nu sobre mim. Senti uma grande vontade e uma fome de o ter e isso foi cada vez mais visível à medida que me sentia húmida e com a respiração completamente ofegante.

Encostada a uma parede, ele beijava-me e percorria o meu corpo com as suas mãos. A dado momento a minha blusa estava subida com ele a beijar e a chupar as minhas mamas. De seguida ele despertou as minhas calças de ganga e deslizou a sua mão direita pelo meu ventre até à minha coninha. Começou por roçar os dedos no meu clitóris mesmo sobre a minha cuequinha.

Suspirei como quem queria mais… como quem pedia por mais.

Sem parar de me beijar as mamas e de as chupar com uma fome que eu naquela tenra idade ainda desconhecia, ele fez deslizar dois dos seus dedos para dentro da minha coninha depois de afastar suavemente a minha cuequinha.

Lembro-me da sensação uma vez mais agora que a recordo enquanto escrevo.

As suas mãos eram grandes e sentir os seus dedos invadir-me deixou-me ainda mais húmida do que eu estava.

Nunca tinha tido um homem tão experiente até aquele momento e senti-me completamente vulnerável e tomada pela sua fome de me ter.

Ouvimos um barulho e paramos logo.

Eram uns turistas que estavam a subir o caminho de pedra até ao topo do miradouro. Depois do casal de turistas passar por nós pedi-lhe que fossemos embora. Estava claro que aquele não era o sítio adequado para estarmos juntos.

Entramos no seu Z3 e lá voltamos nós ao sítio onde estava o meu carro.

Quando chegamos junto do meu carro, ao despedirmo-nos um do outro, o PF volta a beijar-me com a mesma intensidade que o tinha feito antes mas desta vez notava-se ainda mais a sua vontade de me tocar, beijar e até de me devorar.

Nesse momento o PF pediu-me que não fosse embora. Queria levar-me a um sítio onde pudéssemos estar os dois em privado. Expliquei-lhe que tinha mesmo de me ir embora mas que podíamos combinar para outro dia e que podíamos então ir para um sítio mais privado. Durante os dias seguintes falamos constantemente e a vontade de estarmos juntos era cada vez maior.

Foi durante esses dias que depois acabei por descobrir o que PF fazia. Era professor. Professor de Educação Física no Liceu onde eu estudava.

Nunca aconteceu de nos cruzarmos porque ele dava aulas em regime diurno e eu na altura já estava a estudar no regime noturno.

Parece quase um cliché esta história, mas não… a nossa aventura foi realmente intensa e foi algo que me deu imenso prazer vivenciar.

Andávamos ansiosos por nos reencontrar. Ambos tínhamos imensa vontade de ir além do que tinha acontecido no dia da ida até ao miradouro.

Ao fim de alguns dias combinamos novo encontro.

Desta vez ele deu-me uma morada para ir ter com ele. Estava um pouco nervosa. Não vou mentir.

Era uma miúda inexperiente. Até àquela idade tinha já tido uns namoros mas nada de muito transcendente. Aliás, naquela altura, a minha vida sexual não era assim tão ativa.

Segui as orientações que ele me deu e fui ao seu encontro.

Toquei a campainha, ele abriu-me a porta todo sorridente e assim que entrei, o PF tomou-me nos seus braços e começou a beijar-me.

Subimos até a um segundo andar e à medida que subia as escadas ele levava-me pela mão e mostrava-me o espaço.

A casa estava em obras e quando o questionei que sítio era aquele, ele referiu que seria a sua futura casa. Era uma casa antiga no centro da cidade, que ele estava a restaurar depois da mesma lhe ter sido doada pelos seus avós. Chegamos a uma divisória da casa que ele disse que ia ser o seu quarto e ali mesmo no meio do quarto estava uma mesa de apoio aos trabalhos de restauro.

Espreitei pela janela da casa que dava para um jardim centrar ali na cidade e poucos segundos depois sinto as suas mãos na minha cintura e os seus lábios no meu pescoço.

Beijos no pescoço sempre foi um dia meus pontos fracos e assim que ele me beija, entrego-me a ele por completo.

Viro-me e começamos a beijar-nos. Beijos intensos e sedentos um dia outro.

O PF encaminha-me até à mesa que estava no centro do quarto e deita-me sobre a mesma depois de trocarmos longos beijos.

Estava um dia muito quente e eu tinha vestido algo bem confortável e prático. Estava com um vestido e uns tênis.

Ele sobe o meu vestido e começa a beijar-me o meu corpo. Contorço-me de excitação. Estou nervosa.

Nunca tinha tido um homem como ele e estava ansiosa por senti-lo e corresponder às suas expectativas.

O PF despe a sua t-shirt e assim que o vejo de tronco nu, suspiro.

Além de Professor de Educação Física, treina polo aquático e o seu quarto é idêntico às estátuas dos deuses gregos.

Qua homem meu Deus. Passo as mãos pelos seus abdominais. Ele insiste que me deite na mesa e tira as minhas cuequinhas suavemente.

Mergulha a sua boca na minha coninha e eu solto um gemido de satisfação.

Nunca, até aquele momento, tinha tido um homem a lamber-me e a chupar-me daquele jeito e não foi difícil que atingisse um orgasmo em pouquíssimos minutos.

Completamente rendida, o PF reclama todo o meu corpo e desliza para dentro de mim. Começa a foder-me sem parar e ambos somos excitação, tesão, luxúria e desejo misturados.

O meu corpo estremece e sinto-me perto de ter outro orgasmo.

Sinto-o bem excitado como eu e em poucos minutos estamos os dois a vir-nos em simultâneo. As pernas tremem e o PF cai sobre mim ainda com o seu pau dentro de mim e a nossa excitação escorre-nos corpo fora.

O PF levanta o seu corpo e ajuda-me a levantar da mesa. Estamos os dois sujos das poeiras dos trabalhos de restauro que estão a decorrer naquela divisória da casa e sem ter como me limpar pego nas minhas cuequinhas limpo-me com elas. Com ar bem safado e malandro, ele pergunta-me se pode ficar com as minhas cuequinhas e sorrio com a sua pergunta.

Resolvo dar-lhe as cuequinhas para este guardar como recordação e já composto ele leva-me à porta e despedimo-nos sem a certeza se voltaríamos a estar juntos.

Colisão por Júlia Pires de Castro

Tempo de leitura: 16 minutos

Parte 1

Era mais um dia normal, prestes a sair do trabalho. Tirei a parte de cima do scrub e o soutien desportivo, troquei-os por um top preto de algodão e saí ansiosa por chegar a casa e tomar um duche.

Assim que passei a porta, o ar frio típico de uma noite de janeiro abraçou-me a pele, fazendo- me arrepiar. O casaco tinha ficado no meu cacifo, mas como ia directa para o carro, não voltei atrás.

Liguei o aquecimento e esfreguei as mãos uma na outra, levando-as à boca para as aquecer com a minha respiração.

“Esta viagem já me cansa…”, desabafei alto.

Já há 8 anos que trabalhava numa clínica a sessenta quilómetros de casa e já começava a criar uma relação de amor-ódio com aquele percurso.

Arranquei, com o objectivo de chegar a casa o quanto antes.

Cerca de dez minutos depois de iniciar o trajecto, ouvi um barulho forte e quase de seguida o carro começou a deitar fumo por baixo do capot. Encostei à berma de imediato e desliguei-o.

Encostei a testa ao volante e soltei um grito.

Segundos depois ouvi um bater no vidro, o que me fez dar um salto no banco.

Era um homem alto, encorpado, numa mota vermelha, todo vestido de preto, a usar um capacete da mesma cor, com a viseira levantada, a olhar para mim e a fazer sinais com a mão para baixar o vidro.

“Era só o que mais me faltava…”, pensei ao revirar os olhos.

Ele apercebeu-se da minha reacção e sorriu, mas sem se demover.

“Estás bem?”, perguntou assim que abri uma pequena fresta da janela do carro.

“Já tive momentos melhores! Mas está tudo controlado, vou ligar para o reboque e fica resolvido!”, respondi prontamente.

Ele acenou com a cabeça, começou a recuar com pequenos passos, parou atrás do meu carro, desceu da mota e começou a tirar as luvas, com a maior calma do mundo.

Eu seguia atentamente todos os seus movimentos pelo retrovisor, na tentativa de perceber a intenção dele.

Instintivamente, agarrei no telemóvel, comecei discretamente a filmar, saí do carro e, quando ele desviou o olhar para mim, fiz-lhe sinal com a mão livre para não se aproximar.

“Já lhe disse que não preciso de ajuda!”, disse num tom ríspido, mas isso não o demoveu.

Retirou o capacete e soltou uma risada.

Começou a caminhar na minha direcção de uma forma calculada e calma.

Eu recuei e encostei-me ao carro. O metal frio fez-me arrepiar e, ao lembrar-me que não tinha soutien, cruzei os braços em frente ao meu peito, para ele não reparar nos meus mamilos endurecidos pela temperatura.

Parou à minha frente, sem desviar os olhos dos meus, a sorrir.

“Sim…, parece que tens a situação perfeitamente descontrolada!”, disse com ar de gozo, olhando para o interior do meu carro, através da porta que tinha deixado aberta.

“E tenho!!”, respondi automaticamente.

“Claro que sim! Já ligaste para o reboque?”, perguntou.

“Ainda não! Vou tratar disso assim que for embora!”, reforcei, deixando bem claro que não me

sentia confortável com ele ali.

“Eu não te vou deixar aqui sozinha.”, disse-me num tom de voz imperativo, e toda a minha pele voltou a arrepiar, mas desta vez não era pela temperatura.

Acenei com a cabeça, dei a volta ao carro e dirigi-me ao porta luvas para ir buscar os papeis da seguradora.

Sentei-me no banco do pendura, com a porta aberta e liguei. Enquanto isso ele dirigiu a mão abaixo do volante e puxou a manivela do capot, abrindo-o.

A chamada já tinha terminado, mas eu estava tão focada no que ele estava a fazer, que ainda nem tinha tirado o telemóvel da orelha.

Após olhar uns minutos para o local de onde ainda saía um pouco de vapor, voltou a fechar o capot e dirigiu-se a mim, ainda na mesma posição.

“O reboque demora quanto tempo?”, perguntou.

“Falaram em quinze minutos. Pode ir, eu espero dentro do carro.”, disse-lhe. “Não sejas teimosa!”. A frase saiu-lhe como se me conhecesse há anos.

Felizmente o reboque chegou mais cedo do que o previsto. Saltei do banco e dirigi-me à frente do carro.

“Boa noite!”

O homem que estava a calçar umas luvas, levantou o olhar e sorriu maliciosamente.

“Ora boa noite! Meteste-te em problemas, princesa?”, perguntou, lambendo o lábio superior e percorrendo cada centímetro do meu corpo com os olhos.

Todo o meu corpo se contorceu de náusea e por um lado, fiquei agradecida por outro ter ficado, apesar de lhe ter rogado uma praga por se ter afastado, para uma chamada, naquele preciso momento.

Virei-lhe as costas, sem responder, dirigi-me ao meu carro e tirei a mochila, para o deixar trabalhar. Queria terminar este processo o mais rapidamente possível.

Apercebi-me que outra mota chegou e parou ao lado da vermelha.

Cumprimentaram-se e o recém-chegado entregou-lhe algo, que não consegui perceber o que era, devido à escuridão intensificada pelos faróis, ele colocou no assento e fez um sinal de agradecimento e o outro arrancou.

Aproximou-se, com um ar sereno. Parou a meu lado, sorriu e começou a despir o casaco, colocando-o aos meus ombros.

Eu estava tão absorvida pelo que se estava a passar que ainda não me tinha apercebido que estava a tremer de frio.

“Alexandre”, disse-me.

“Júlia… obrigada por teres ficado…”, admiti, baixando o olhar em tom de derrota.

“Não me agradeças ainda!”, respondeu a sorrir.

O carro já estava, finalmente, em cima do reboque e aquele homem repudiante, aproximou-se com uma folha e uma caneta para eu assinar.

“Queres boleia, princesa?”, perguntou com um ar nojento estampado na cara. “Ela já tem boleia!”, disse o Alexandre, puxando-me pela cintura para perto dele. O homem fez um ar sério, resmungou algo que não percebi e foi embora.

“Bem, vou chamar um táxi! Obrigada por tudo!”, disse ao Alexandre enquanto nos dirigíamos à

sua mota.

“Eu levo-te a casa, não é negociável! Veste o casaco e aperta-o.”, disse-me, sem olhar para mim.

“Eu agradeço, mas moro quase a cinquenta quilómetros daqui!”, respondi. “Não é negociável!”, repetiu.

Eu obedeci, e quando subi o fecho do casaco, ele dirigiu-se a mim com o telemóvel na mão.

“Coloca aqui a tua morada, por favor!”, disse-me.

Eu assenti e depois de lhe entregar o telemóvel, pegou no capacete que estava no assento da mota e colocou-mo, com delicadeza, apertando a fivela. Ao roçar os dedo no meu pescoço, causou- me outro arrepio e agradeci o facto de estar de capacete, senão ele teria visto o meu lábio preso nos meus dentes.

Ele subiu para a mota e esticou-me a mão para me convidar a fazer o mesmo.

“Vais ter frio, sem o teu casaco…”, gritei-lhe através do capacete.

“As tuas mãos vão ser suficientes para me aquecer, não te preocupes!”, afirmou, sorrindo.

Subi e, instintivamente, agarrei-me ao tronco dele. Conseguia sentir os abdominais duros por baixo da t-shirt e não consegui evitar que as minhas mãos os massajassem.

A barriga dele contraiu e eu senti que tinha abusado, por isso coloquei as minhas mãos em cima do depósito, mas nesse instante ele agarrou-as e voltou a colocá-las onde estavam inicialmente.

“Agarra-te bem!”, disse divertido e arrancou.

Durante a viagem, inevitavelmente as minhas mãos viajavam por aquele abdómen que parecia feito de aço. Com uma mão enluvada, puxou a t-shirt para cima e usou-a para tapar as minhas, permitindo um contacto directo com a pele dele.

“Foda-se, está tão quente!”, disse em voz alta. Com o capacete ele não me podia ouvir.

“Não, pequena…, as tuas mãos é que estão geladas! Mas isto deve ser o suficiente para as aquecer…”, ouvi.

O cabrão tinha ligado o intercomunicador e ouviu-me.

“Desculpa!”, soltei em simultâneo com um riso nervoso.

A curiosidade continuou a levar a melhor durante resto do percurso e não consegui evitar levar as mãos ao peito dele.

“Se continuas assim, terei de parar!”, disse-me.

As minhas mãos recolheram automaticamente e tentei mantê-las no sítio até chegarmos a casa. Quando parámos, saltei da mota e logo de seguida saiu ele.

Levei as mãos à fivela para tentar tirar o capacete, enquanto ele tirava o dele, mas sem sucesso. Virou-se para mim, colocou os dedos entre a minha garganta e a esponja do capacete e puxou-me para junto daquele corpo intimidante. Soltei um suspiro e ele sorriu.

Ele era pouco mais alto que eu, o que permitiu que os nossos olhos ficassem na mesma linha de visão.

“Cabrão…”, saiu-me, entredentes.

“Nem imaginas quanto!”, respondeu.

Comecei a despir o casaco, para o devolver e ele parou a olhar para mim e mordeu o lábio. Ao entregar-lho, deu-me o capacete para a outra mão.

“Não me apetece fazer a viagem com isto no braço. Amanhã ligas-me e combinamos um sítio

para o devolveres.”, disse.

“Mas eu não tenho o teu número!”, respondi.

“Acho que esse é um problema fácil de resolver!”, retorquiu com um sorriso malicioso e esticou

a mão, para eu lhe dar o meu telemóvel.

Adicionou o contacto dele e devolveu-mo.

“Obrigada!”, proferi timidamente, agradecendo à escuridão por esconder o rubor nas minhas

faces.

“Já te disse, não me agradeças ainda!”, respondeu, a subir para a mota. E ali fiquei a vê-lo afastar-se.

Entrei em casa e sentei-me no sofá a tentar perceber o que se tinha passado.

Olhei o telemóvel e vi que ele tinha gravado o seu contacto como “Alex” seguido de um diabinho.

“Valha-me nossa senhora…”, saiu-me enquanto apoiava a cabeça nas mãos.

Sacudi a cabeça, lutei contra a inércia, levantei-me, comecei a despir-me para ir tomar duche e tentar descansar.

Parte 2

Acordei de manhã e senti uma onda de calor a percorrer todo o meu corpo.

Lembrei-me do Alexandre. Do sorriso, do tronco que apenas as minhas mãos sentiram e os meus olhos não tiveram o prazer de ver, dos seus dedos curtos e grossos…

Comprimi as minhas coxas e um formigueiro começou a crescer no meu ventre.

Soltei um suspiro profundo e as minhas mãos voaram para o meu peito. Passei ao de leve com os dedos nos mamilos rígidos e sensíveis e não resisti ao apertar um entre o indicador e o polegar. A dor começou a raiar por toda a mama, até se tornar num raio de prazer que me atingiu o estômago. Com a outra mão desci devagar pela barriga que sucumbia aos espasmos daquela dor deliciosa até chegar ao meu centro. Quente, molhado, a palpitar…

Fechei os olhos e permiti-me apenas sentir.

Imagens dele invadiam-me a mente e obrigavam os meus dedos a moverem-se com mais intensidade.

Com a palma da mão a pressionar o meu clitóris, entrei com um dedo dentro de mim, depois

outro…

Os movimentos ritmados estavam a levar-me à loucura, mas ainda assim não eram suficientes! Era a ele que eu queria dentro de mim e não os meus dedos.

A imagem dele a aproximar-se de mim, seguro e dominante, foi tudo o que precisei para sentir o orgasmo a chegar.

Aumentei o ritmo da minha mão, que já escorria para os lençóis, o meu corpo começou a retesar-se e não consegui conter o gemido!

O meu corpo contraía-se de uma forma tão brusca que sentia os meus dedos, que ainda não tiram parado, a serem apertados, ajudando a prolongar o prazer.

Fiquei ainda uns minutos na cama, a tentar acalmar o coração que conseguia ouvir bater dentro da minha cabeça.

Levantei-me, com as pernas fracas, e dirigi-me ao duche.

Vesti um kimono leve, tirei um café e bebi-o na minha varanda, a sentir o sol de inverno na pele a contrastar com a brisa fresca e a ouvir as ondas a rebentar no mar.

Peguei no telemóvel e escrevi “Bom dia, miúdo! Chegaste bem a casa? Como combinamos para te devolver o que te pertence? Hoje estou de folga, não consigo ir para os teus lados, mas podemos combinar amanhã!” e enviei para o Alexandre.

Passados uns escassos minutos, ele respondeu.

“Bom dia, pequena! Cheguei sim! Estás de folga? Perfeito! Eu vou aí! Chego dentro de 1h. Quero

levar “o que me pertence” a beber um café!”, li.

O que ele queria dizer com aquilo?

Apressei-me a vestir umas calças de ganga e uma camisola, agarrei no capacete e desci quando recebi outra mensagem dele a anunciar que estava à porta do prédio.

E ali estava, encostado à mota e de braços cruzados, o que lhe evidenciava ainda mais os bíceps, a olhar para mim com um sorriso que me fez tremer.

Cheguei perto da mota e estiquei-lhe o capacete. Agarrou-o e colocou-o na minha cabeça, com delicadeza.

“Mas…? O que estás a fazer?”, perguntei-lhe. Ele sem me responder, subiu para a mota. “Sobe!”, disse-me através do cardo.

Já tinha percebido que não valia a pena contrariá-lo, por isso obedeci.

“Vamos a umas dicas: as tuas mãos não saem do meu tronco e se eu te bater na perna agarras-

te a mim com força! Percebeste?”, anunciou como se me estivesse a dar um sermão.

“Como ser uma boa mochila, aula numero 1…” disse eu ironicamente.

Ouvi um rosnado no meu ouvido que me arrepiou.

“Eu senti os teus olhos a revirar… Deves querer que eu de responda em concordância!”,

ameaçou-me com um tom de voz rouco e arrancou. Aquela atitude dele deixava-me desarmada.

“E se eu quiser?”, respondi em tom de desafio.

“Não é uma questão de quereres, mas sim de mereceres!”

Engoli em seco.

Levou-nos a uma esplanada na praia a uns quilómetros dali.

Sentámo-nos e fez sinal ao empregado de mesa que estava a atender outra mesa.

“Já tomaste o pequeno-almoço?”, perguntou sem cerimónias. “Bebi um café… conta?”, sorri-lhe em tom de desafio.

Ele inspirou como se estivesse a invocar o deus da paciência e nem me respondeu. O empregado chegou perto de nós e deixou-nos os menus, afastando-se de seguida.

“Escolhe algo! Tens de te alimentar!”, disse-me, esticando a folha plastificada que o empregado deixara.

“Mas eu não quero nada!”, respondi, confusa.

“Preferes que seja eu a escolher por ti?”, questionou, colocando os cotovelos na mesa e

apoiando o queixo nas mãos, de olhos ancorados nos meus.

Fiquei sem reacção. Por um lado estava irritada por ele achar sequer que teria o poder de mandar em mim, mas por outro lado eu estava a gostar daquele jogo.

“Que seja”, continuou e pegou no outro menu.

E eu, ali fiquei, estátua.

“Doce ou salgado?”, perguntou sem desviar o olhar do menu.

“Salg… Salgado.”, respondi timidamente sem conseguir disfarçar o tremor na voz.

Ele levantou o braço, permitindo-me avaliar cada traço desde o ombro até aos dedos.

Senti-me a aquecer o que se reflectiu nas minhas faces que deviam estar mais rosadas que o habitual.

“São dois ovos benedict e dois sumos naturais de laranja, por favor!”, pediu ao empregado que

se tinha aproximado sem eu dar conta.

Voltou a encarar-me, inclinou um pouco a cabeça e sorriu.

“Então menina Júlia, fala-me de ti!”, disse.

“Eu? Não tenho nada para contar! Sou uma pessoa normal!”, respondi, ficando ainda mais

corada e desviando o olhar para o mar.

“Que fofa…”, saiu-lhe baixo.

“Fofa é a tua prima!”, disse-lhe mentalmente.

“Na minha perspectiva, pareces uma pessoa bastante interessante!”, continuou.

“Eu lido mal com elogios, por isso podes parar! Aliás, como é a devolução de um capacete se tornou num pequeno-almoço à beira mar?”, tentei eu mudar o rumo à conversa que me estava a deixar desconfortável.

“Eu estava interessado em saber mais de ti, apenas isso!”, respondeu.

“Ai sim? E como te está a correr isso?”, questionei, soltado o meu sorriso mais sacana.

“Muito bem, por acaso! Gostas do risco, mas vives uma vida completamente controlada, queres demonstrar que és totalmente independente, mas gostarias de ter alguém que cuidasse de ti e te mimasse, e insistes em tentar disfarçar que todo o teu corpo deseja o toque do meu, que anseia que as minhas mãos o agarrem até ficar marcado, que eu o encoste a uma parede e o comprima com a força do meu e use os meus lábios para o saborear, de cima a baixo! E isso? Como te está a correr?”, respondeu-me.

Fiquei boquiaberta. Ele tinha razão.

Salva pelo gongo, a comida chegou e as atenções foram desviadas.

“Alimenta-te, minha pequena!”, disse docemente. “Não me chames isso!”, enfrentei-o.

“Ficas tão gira quando te irritas!”, afirmou, a sorrir.

“Cabrão…”, disse em surdina, revirei os olhos e levei uma garfada à boca. Ele deu uma gargalhada.

“Meu bem, um dia vais pagar por cada vez que me revirares os olhos, percebeste?”, retorquiu.

“Tu não mandas em mim!”, respondi furiosa.

“Ainda…”, disse convicto.

“Vê lá não te desiludas!”, atirei-lhe.

Ele limitou-se a sorrir e terminou o prato.

Esperou que eu fizesse o mesmo e chamou o empregado, a pedir a conta.

Quando chegou eu tirei o meu telemóvel do bolso para pagar e ele levantou-me um dedo e abanou-o de um lado para o outro em sinal de negação, e encostou o telemóvel dele ao terminal.

“O mínimo que eu poderia fazer era pagar-te o pequeno-almoço, depois do que fizeste por mim,

ontem!”, disse-lhe.

“Agradeces de outra forma!”, declarou. Levantámo-nos e dirigimo-nos à mota.

Peguei no capacete e quando me virei, ele estava a escassos centímetros de mim, que conseguia sentir a respiração dele a misturar-se com a minha.

Tirou-mo das mãos, novamente, agarrou-me pelo rabo e sentou-me na mota, ficando entre as minhas pernas.

Desviou uma madeixa do meu cabelo ruivo, olhando-me de forma predadora, lambendo o lábio.

Baixou a atenção dele para o meu peito, que subia e descia de forma ansiosa, e colocou o dedo indicador num sinal e depois noutro, mais abaixo fazendo com que o nó do dedo médio roçasse ao de leve no meu mamilo rígido, aumentando o contacto à medida que os segundos passavam e eu não me opunha ao que estava a acontecer.

Voltou a olhar-me e senti o corpo a arrepiar. Sentia-o duro, encostado ao meu centro que ardia com toda aquela situação.

Eu desejava-o, isso era inquestionável. Mas deveria deixar o meu lado controlador tomar conta da situação e recusar qualquer outro avanço? Talvez devesse…, mas não queria. Naquele momento só desejava que ele me arrancasse a roupa e me possuísse ali mesmo.

“Um dia ainda me vais implorar para beijar cada sinal da tua pele.”, disse-me com a voz rouca, junto ao ouvido.

“Porque esperas?”, saiu-me.

“Não me desafies, pequenina… Não tenho problemas nenhuns em levar-te para um local reservado e foder-te em cima da mota!”, disse, seguido de um suspiro.

“Que disse que eu quero?”, perguntei em voz alta, enquanto recalcava o “Sim, por favor!” na

minha mente.

Ele, nesse instante, levou a mão entre nós, tocou-me através das calças e sorriu vitoriosamente.

“O teu corpo! E a ele não consegues fugir!”, respondeu-me.

Afastou-se um pouco, voltou a pegar no capacete, colocou-mo e tirou-me de cima da mota, ficando agarrado à minha cintura uns segundos.

Preparou-se e seguimos viagem de volta à minha casa. Saí da mota, tirei o capacete e ele imitou-me. “Toma!”, estiquei o braço.

“Fica com ele, vais precisar mais vezes!”, respondeu. Sorri, corada.

“Obrigada pelo pequeno-almoço.”, disse-lhe enquanto ele se preparava para ir embora.

“Não tens de quê!”, respondeu.

“Alex…, queres subir?”, saiu-me espontaneamente.

Ele olhou-me, voltou a retirar o capacete, saiu da mota e encostou-se a mim, agarrando-me pela cintura, com um braço.

“Estava a ver que nunca mais perguntavas…”

Parte 3

Aproximou a face da minha, roçando a ponta na língua nos meus lábios. Eu sentia o calor que o corpo dele emanava, através da roupa, no meu.

Abri a porta do prédio e subimos no elevador em silêncio.

Assim que passámos a entrada do meu apartamento, senti a mão dele na minha nuca, que instantaneamente me obrigou a virar para ele e os nossos lábios uniram-se de uma forma a roçar o animalesco.

Afastou-se um pouco de mim e o polegar dele forçou-se na minha boca. Um calor formou-se no meu interior, dissipando-se por todas as células do meu ser e eu não resisti em chupá-lo.

Com a outra mão, ainda na parte de trás do meu pescoço, pressionou o meu corpo para baixo, fazendo-me ficar de joelhos enquanto ele olhava para baixo.

O carinho que eu tinha visto naqueles olhos, ao pequeno-almoço tida dado lugar ao desejo animalesco, como se a humanidade tivesse abandonado a sua alma.

Desapertou as calças, sem nunca tirar a mão da minha nuca, e quando caíram aos meus joelhos eu estava hipnotizada por aquele pedaço de mau caminho a balouçar, escassos centímetros da minha cara.

Mas não me deu tempo para assimilar o que estava a acontecer e forçou-se na minha boca, até ao fundo, com o meu nariz a comprimir-se contra o ventre dele e a minha garganta a queixar-se involuntariamente daquele abuso.

Ele soltou um rosnado, como se tivesse esperado por aquele momento a vida toda e senti-o a latejar na minha língua.

Saiu devagar e voltou a entrar. Os meus lábios percorreram cada traço, cada veia daquele mastro perfeito.

Começou a aumentar a cadência dos movimentos. As lágrimas que escorriam dos meus olhos, arrastavam o rímel e arrefeciam o calor das minhas faces ruborizadas.

O olhar dele mantinha-se frio, cheio de luxúria e poder e isso estava a dar cabo de mim.

Nunca me tinha encontrado naquela posição, por um lado o medo fazia-me querer empurrá-lo para longe de mim, por outro, era esse mesmo medo que me fazia continuar a querer recebê-lo e deixá-lo usar-me.

Saiu da minha boca. Inúmeros fios de saliva ligavam-nos e mentalmente agradeci o descanso que me estava a proporcionar, mas não durou muito tempo. Voltou a forçar-se em mim. Os meus lábios estavam dormentes e inchados de tão brusco ele estava a ser, mas isso não me incomodava.

Naquele momento eu só queria servi-lo… Só queria estar ali para ele usar…

E os meus olhos transmitiam isso mesmo, o que o fazia ser mais incisivo, mais brusco, como se não tivesse um ser humano à sua frente mas sim uma boneca…, uma cumdoll!

Senti o membro dele a ingurgitar, tanto que por momentos pensei que a minha boca não seria suficiente para o albergar, e parou.

A minha garganta foi invadida por explosões quentes, grossas. A minha língua, enquanto ele se contraía, massajava-o suavemente. Ele recuou e soltou os últimos jactos na minha cara, que me pareceram tanto reconfortantes como estimulantes.

Levantou-me suavemente, passou a língua na minha face e olhou-me enquanto saboreava.

Sorriu. A alma tinha voltado ao seu corpo.

“Quem diria que as tuas lágrimas eram o tempero que me faltava?”, disse.

“Tira as tuas conclusões depois de me provares por inteiro!”, respondi em tom de desafio.

Levantou-me no ar, as minhas pernas rodearam a sua cintura, sentou-me nas costas do sofá, tirou-me a camisola e atirou-me para trás. A minha cabeça assente na almofada do sofá e a minha anca nas almofadas de encosto formavam um arco perfeito, deixando-me exposta para ele.

Tirou-me as calças e ajoelhou-se à minha frente, apoiando as minhas coxas nos seus fortes ombros.

Beijou-me por cima das cuecas e soltou um som de admiração.

“Isto foi só de me chupar, menina Júlia?”, perguntou. “Humhum…”, soltei.

“És perfeita…”, disse, ao roçar um dedo ao de leve no tecido que me fez estremecer.

Geralmente a minha incapacidade de aceitar elogios deixaria-me sem jeito, mas a luxúria e o desejo que sentia naquele momento, não me permitiram sentir vergonha, mas sim arder ainda mais nas mãos dele.

Beijou o interior de uma coxa, depois a outra, como se estivesse a prolongar uma tortura, até que ouvi rasgar.

“Não vais precisar disto!”, retorquiu.

Olhei para cima e as minhas cuecas estavam reduzidas a um elástico que me circundava a cintura.

A língua dele passou de baixo para cima, como se eu me tratasse de um gelado a derreter em pleno verão e o meu corpo arqueou ainda mais.

O polegar dele circulava o meu clitóris enquanto a boca dele me saboreava numa lentidão dolorosa.

“Alex…”, saiu-me pelos lábios, quando senti um dedo dele a invadir-me, depois outro…

Voltou a beijar-me. A forma como a boca dele, em sintonia com a dança da mão dele em mim, estava a levar-me à loucura.

Os meus gemidos estavam a tornar-se mais audíveis e ele aumentou a intensidade dos movimentos.

Retirou os dedos de mim e o meu corpo chorou a sua falta.

As suas mãos colocaram-se na minha zona lombar e levantou-me no ar. Aquele movimento deixou-me zonza e fez-me agarrar na sua cabeça, ainda no meio das minhas pernas.

Rodeou o sofá e deitou-me de costas, sem tirar a boca de mim.

“Fode-me Alex…, por favor!”, choraminguei.

Ele subiu, encaixando apenas a cabeça do seu membro intumescido na minha entrada, fazendo- me ajeitar a anca, tentando saborear mais uns centímetros, mas ele não o permitiu.

Lambi-lhe a cara, do queixo ao nariz, e sorri, maliciosa.

“Quem diria que eu era o tempero que faltava nos teus lábios!”, desafiei.

Ele retribuiu o sorriso e afundou-se em mim, de uma forma brusca e saiu deliciosamente devagar, até voltar à sua posição inicial.

“Esta é por usares as minhas palavras contra mim!”, disse de dentes cerrados.

Voltou a afundar-se, sem piedade.

“Esta é por achares que podes armar-te em pirralha sem sofrer consequências!”, e saiu

lentamente.

“Quem diria que poderia ser premiada por mau comportamento?”, disse em tom de gozo.

Nesse momento ele soltou um riso que me arrepiou e voltou a enterrar-se em mim de uma forma que o senti a forçar o meu colo do útero produzindo uma dor aguda que me cortou a respiração.

“Esta é para aprenderes que és minha e eu faço de ti o que quiser!”, respondeu.

A cadência começou a aumentar e ambos soltávamos um gemido a cada uma, até se tornar uma música viciante.

As minhas unhas cravavam-se nas costas dele, tentando puxá-lo cada vez mais para mim à medida que sentia o meu centro a contrair-se e a apertá-lo.

“Não pares, por favor…”, escapou-se-me entre gemidos e ele cumpriu.

Éramos dois animais a alimentar os nossos instintos mais primordiais, nada mais que isso. Era sexo puro, sujo, pleno e eu nem sabia que precisava daquilo.

Os meus gemidos transformaram-se em gritos roucos, a minha visão turvou e atirei a cabeça para trás, num soluço gutural, como nunca tinha feito. Ele parou e encheu-me de explosões lascivas de desejo misturadas com um urro que me fez tremer e caiu em cima de mim a arfar.

Tudo deixou de existir naquele momento, apenas o calor dele que me invadia, o que me fez pensar que o inferno seria um iceberg em comparação com aquilo.

Ficámos ali, uns minutos, a recuperar a consciência.

“Isto foi…”, saiu-me. “Foi…”, interrompeu-me.

Eu nunca me tinha sentido assim… satisfeita, mas ansiosa por mais. Queria que o tempo parasse e ele nunca tivesse de sair de dentro de mim.

Beijou-me suavemente e pegou-me ao colo.

Olhou em volta e, após descobrir onde era a casa de banho, levou-nos para lá, colocou-me no poliban e abriu a água, ajeitando o corpo ao meu.

“Deixa-me limpar-te…”, disse carinhosamente.

Eu fiquei sem saber o que fazer. Nunca me tinham tratado daquela forma.

As mãos dele deslizavam suavemente pela minha pele e ele olhava atentamente para cada movimento delas.

Os meus olhos estavam presos a ele, fascinada naquela dualidade de comportamento, naquele ser que me tinha acabado de destruir, mas agora estava a cuidar de mim, a lamber as minhas feridas.

A base do meu estômago contraiu-se.

“Não Júlia!”, pensei, “Não, não, não, não…”

1º episódio – Casa da Barragem

Tempo de leitura: 7 minutos

Apresentação do Leo

Eu sou o Leo e isso basta. O resto guardo para os contextos formais, para as ocasiões em que tenho de responder a e-mails ou fingir que me encaixo num mundo que exige posturas certas. Aqui, o nome é apenas uma pele que se despe para revelar o que realmente sou.

Para quem ainda não me conhece e sabe alguns dos meus aspetos físicos, eu sou moreno, tenho 1,80 de altura, corpo firme de quem vive entre a disciplina e o instinto.

Os olhos são castanhos, daqueles que não escondem nada, nem o desejo, nem o medo, nem a vontade de ir mais fundo. Tenho mãos que escrevem como tocam, com intenção. Hoje, a escrita é o que me mantém vivo e deixou de ser apenas um hobby.

Os primeiros passos nesta atividade começaram aos dezoito anos, por culpa de uma ex-namorada que me pedia contos como quem pede beijos que não pode ter. Descobri cedo que a escrita pode ser mais intensa do que o sexo, porque dura mais, deixa marcas mais fundas e, quando é bem feita, não deixa ninguém indiferente.

A minha história mistura-se com as palavras que escrevo. Vivo nelas e elas vivem em mim.

Durante anos, dividi-me entre Braga e Amarante, a colecionar silêncios, vontades e histórias que não podiam ser ditas. Sempre tive esta mania de transformar tensão em texto, desejo em detalhe e memória em carne. Nunca fui de gritar o que sentia, mas aprendi a escrever com força. E quem escreve com força, escreve para sobreviver. A escrita salvou-me muitas vezes, da rotina, da apatia, da culpa e até de mim próprio.

Em janeiro de 2025 mudei-me para Viseu. Não foi planeado, apenas aconteceu. Uma oportunidade de trabalho surgiu e agarrei-a. Vim trabalhar para uma empresa nos arredores da cidade, uma estrutura que opera diretamente com outras empresas, num ritmo que exige foco, disciplina e uma boa dose de sangue-frio.

No meu dia a dia falo com equipas, alinho processos, resolvo problemas e garanto que tudo anda. Por vezes viajo pelo país, sobretudo pelo Centro e Norte, e cada cidade, cada pessoa, cada conversa, acaba por se transformar em combustível para o que escrevo.

Cheguei sozinho, como gosto. Quem sabe estar só, sabe estar com os outros de forma verdadeira. Trouxe pouco, alguns livros riscados, cadernos com páginas a meio, a cabeça cheia e um apetite novo por tudo o que ainda não vivi. A cidade de Viseu deu-me espaço e silêncio. E foi nesse silêncio que tudo começou a ganhar forma.

O meu perfil de Instagram nunca foi apenas uma página. É um palco, uma confissão, um espelho. Escrevo lá para quem tem coragem de ler com o corpo e não apenas com os olhos. As mensagens que recebo não são simples mensagens, são pequenos gritos, desejos escondidos, histórias que ardem por dentro e pedem para sair.

Não publico por publicar. Cada texto é uma extensão de mim, do que vivo, do que sinto e do que me consome em noites longas, onde o prazer é mais mental do que físico.

Foi essa escrita que me aproximou da Pimenta Doce Lingerie. Uma marca que entende que o erotismo não precisa de ser vulgar nem escondido. Que vê o corpo como um altar e a lingerie como uma prece, ou uma promessa.

A ligação foi natural, pois partilhamos o mesmo desejo, o de provocar com beleza, tocar sem pedir desculpa, mostrar que o prazer pode ser sofisticado.

Desta parceria nasceu algo maior, um projeto, uma obra uma casa, uma experiência.

A Casa da Barragem entrou na minha vida como um convite discreto, direto, sem pressão. Veio de um seguidor de Viseu que me lia há meses. Falou-me da casa como quem partilha um segredo que não se devia dizer. Não aceitei de imediato, porque eu sou curioso, mas não ingénuo.

Quando finalmente disse que sim, percebi que aquele lugar era mais do que um espaço físico. Era um espelho, um ritual contínuo onde os limites se ultrapassavam sem pressa, onde corpo e mente se encontravam de forma crua, consensual e honesta.

Escrevo isto, também porque não sei estar calado. Há verdades que só ganham forma quando se transformam em frases. Há vontades que se explicam melhor com verbos do que com gestos. Há pele que se toca mais fundo quando é traduzida em palavras.

Eu escrevo como quem fode e fodo como quem escreve. Bem poético, não é? Gosto de o fazer com entrega, detalhe e sempre com intenção.

É assim que me revejo, é assim que me quero revelar para ti.

Esta obra é isso, uma revelação, uma exposição, um pacto entre quem escreve e quem se atreve a ler.

Há quem diga que quem conta um conto acrescenta um ponto. Eu prefiro dizer que quem escreve com tesão, escreve com verdade. E a verdade, mesmo que suja, mesmo que crua, mesmo que incomode, é sempre melhor do que qualquer fingimento.

Se estás aqui, é porque já entraste. Fecha a porta com o corpo por dentro, o resto começa agora.

E assim nasceu a Casa da Barragem

Esta obra não nasceu de um impulso qualquer e foi preciso que algo me doesse por dentro durante tempo suficiente para se transformar em texto. Há histórias que se agarram ao corpo como cheiro a suor depois de uma noite longa, histórias que não se lavam com um simples banho e que continuam a marcar a pele e a memória.

Existem lugares que nos entram pela pele e ficam, mesmo depois de fecharmos a porta. A Casa da Barragem foi isso. Um sítio físico, sim, mas também uma metáfora, um reflexo de tudo o que andei a empurrar para debaixo do tapete durante anos.

Não o escrevi para impressionar, nem para excitar, embora saiba que isso vai acontecer. Também não é um diário, porque a minha vida, por mais intensa que pareça, não é um espetáculo. Este livro é o resultado de algo mais fundo, uma espécie de expiação, uma confissão com traços de fantasia e cheiro a realidade. É sujo e é limpo, é íntimo e, sobretudo, é verdadeiro. Aqui não há personagens cliché, há pessoas vivas, com histórias no corpo e um passado que se cruzou com o meu.

A mensagem chegou numa tarde de março, vinda de um seguidor de Viseu e confesso que hesitei a abrir. A curiosidade mordeu-me de imediato, mas não sou de atirar o corpo para o fogo sem perceber de onde vem o calor. Foi apenas à segunda tentativa que aceitei. A proposta era clara, sem rodeios: queriam que eu fosse, que visse, que escrevesse e que participasse, se me apetecesse. Apeteceu-me, na verdade (e muito).

A Casa ficava nos arredores de Viseu, perto da Barragem de Fagilde. Para quem não conhece, Fagilde é uma pequena localidade escondida entre Mangualde e Viseu, um lugar onde a serra se mistura com o som da água e onde o tempo parece correr noutro ritmo.

Há muitas estradas estreitas que atravessam pinhais e descem até à agua da barragem, onde a luz da tarde se deita sobre o espelho de água e tudo ganha uma calma inquietante. À noite, o silêncio é tão espesso que quase se ouve o coração. Foi num destes cenários que descobri a casa.

Vista de fora, parecia comum, uma moradia isolada, paredes brancas e portão escuro. Mas havia qualquer coisa diferente na forma como o vento passava por ela, como se o próprio ar carregasse segredos.

O que encontrei lá dentro não foi apenas sexo, foi silêncio, foi verdade, foi energia crua. Na casa, ninguém precisava de fingir. As regras não eram ditas, mas sentiam-se. Era como se tudo já estivesse acordado antes de qualquer palavra. Voltei várias vezes. Sessão após sessão, conheci gente nova e gente marcada. Alguns passaram, outros deixaram marca.

Houve dois encontros que me mexeram mais do que esperava e um deles quase me desfez. Há feridas que nos rasgam quando menos esperamos, especialmente quando é a melhor amiga da tua ex a meter-te uma coleira e a cavalgar-te como se quisesse arrancar-te da memória dela.

Não escrevo por vaidade, há quem viva disso, mas eu escrevo por necessidade. É a única forma que encontrei de guardar o que me arde. Quando as memórias não me cabem no corpo, escorrem para as palavras.

Em junho 2024 precisei de parar. Afastar-me, respirar noutro lugar. Desliguei o Instagram, calei o desejo e deixei o corpo sossegar, mas a mente nunca parou. A Casa continuava a rondar-me, mesmo nos dias em que fingia estar longe. No fundo, sabia que isto precisava de sair, só não sabia que ia sair assim.

Fui para Peniche, sozinho. Precisava de espaço. Corri junto ao mar, escrevi em cafés de madeira virados para o vazio, ouvi o vento como quem ouve respostas. O corpo pedia calma, mas era a mente que mais gritava. Tinha de perceber se o que estava a viver era real ou se me estava a deixar usar como personagem numa história escrita por mãos que não eram as minhas.

Foi ali que percebi: esta obra tinha de nascer, mas não podia ser qualquer coisa. Tinha de ser meu do início ao fim, não apenas um ficheiro digital a circular em silêncio entre curiosos. Quero-o impresso, com páginas que se dobram, com cheiro a papel tocado por dedos nervosos. A capa tanto pode ser dura como mole, desde que quem o agarre sinta que segura um segredo a meio caminho entre o pecado e a revelação.

Perguntam-me o que ganho com isto, porque me exponho tanto, o que me leva a contar o que tantos escondem. A resposta é simples: há poder em dizer o que ninguém diz.

E há alívio. E há espelho. Sempre que me sento para escrever sobre prazer, não estou apenas a provocar, estou a tocar em zonas onde a maioria tem medo de entrar.

O sexo está em todo o lado, mas o prazer sujo, denso, aquele que rasga e arrepia, vive escondido. Trazer isso à tona não serve apenas para chocar, serve para revelar, para nos vermos ao espelho sem filtros nem poses.

Para mim, a escrita é isso: um orgasmo mental, um ato de controlo, um grito dito com elegância, uma forma de dominação onde sou eu quem dita o ritmo, mesmo quando a vida tenta impor outro.

Durante a escrita houve medo, medo de ir longe demais. Medo de ser lido por quem não devia, de falhar, de ferir alguém, de me trair. Mesmo assim, continuei. Dei nome às pessoas, organizei espaços, preparei os brinquedos como quem desenha um ritual. Cada cena é um altar, cada palavra, uma oferenda.

A Casa é isso, um templo de desejo onde o corpo se curva e a mente se solta. Esta obra é o meu cântico. Talvez alguém um dia se reconheça, talvez me escrevam, me confrontem ou me evitem. Talvez a Tânia leia, talvez a Mariana chore. Mas o que vier, já não me pertence. O que está escrito, já saiu de mim e agora mora em quem o lê.

Estes textos que vais ler não estão fechados. Julho servirá para os consolidar, agosto será de escolhas: cortes, acréscimos, polimento. Não sei quando vou lançar esta, nem se terei coragem de o publicar tal como está. Pode ser que mude detalhes, pode ser que não. Se estás a ler isto, talvez já saibas a decisão que tomei.

No fim, o que importa é simples: isto precisava de ser feito. E eu fiz.

19 de junho de 2025, Leo.

8 gestos que incendeiam uma mulher

Tempo de leitura: 2 minutos

Se achas que o desejo feminino se desperta só com toques explícitos, talvez este artigo te surpreenda.

As mulheres sentem tudo, o olhar, o gesto, a intenção, o cuidado, a provocação subtil.

Por vezes, é um gesto simples que a faz derreter por dentro, muito antes de a tocares onde ela quer.

Aqui partilhamos 8 gestos que, quando feitos com presença e intenção, têm o poder de incendiar qualquer mulher.

Olhar com intenção (não com pressa)

Um olhar demorado, que a percorre sem vulgaridade, mas com desejo evidente, pode ser mais poderoso do que qualquer palavra.

Não é só ver, é fazer com que ela se sinta vista.

Quando uma mulher se sente desejada, o corpo dela responde sem pedir permissão.

Puxar delicadamente pelo quadril

Durante um abraço, uma dança ou ao passar por ela, colocar as mãos no quadril e puxá-la suavemente na tua direção é um gesto que diz: “quero-te mais perto”.

É instintivo, íntimo e deixa-a vulnerável no melhor sentido da palavra.

Sussurrar ao ouvido (com o tom certo)

A voz rouca, baixa, ao ouvido. Pode ser uma frase ousada, uma pergunta provocadora, ou apenas uma respiração quente junto à pele.

O som, a intenção e o momento criam o arrepio que desce pela coluna.

Tocar na zona lombar

Colocar a mão ali, mesmo onde as costas terminam, tem algo de protetor e erótico ao mesmo tempo. É subtil, mas carrega desejo. É público, mas tem algo de íntimo.

É um gesto que diz: “estou contigo”… e também “estou a imaginar-te de outra forma”.

Segurar o rosto com firmeza

Antes de um beijo, ou num momento de proximidade intensa, segurar-lhe o rosto com as duas mãos, olhando-a nos olhos, cria um momento de conexão absoluta.

É o gesto de quem quer saborear, não apressar.

Passar os dedos pelo cabelo

Seja a arrumar uma madeixa caída, a agarrar durante um beijo mais intenso ou a puxar suavemente, o cabelo é uma zona sensível e erótica.

Um gesto que começa como ternura pode acabar em pura provocação.

Acariciar a parte interior da coxa (sem ir mais além)

Deslizar os dedos lentamente pela parte interior da coxa, sem chegar ao destino óbvio, provoca uma antecipação deliciosa.

A tensão entre o que se faz e o que se evita faz o corpo dela arder em silêncio.

Beijar os ombros, devagar

O ombro é uma zona negligenciada e altamente sensível. Beijos lentos ali, especialmente enquanto ela está vestida, criam um contraste entre o permitido e o proibido.

Um beijo bem dado no ombro certo… pode provocar muito mais do que imaginas.

Pequenos gestos, grandes reações

Não subestimes o poder do detalhe. Estes gestos, aparentemente simples, são mensagens corporais de desejo, atenção e presença. E quando o corpo dela sente tudo isto, não há volta a dar. Na nossa secção Intimate, cada produto, cada peça de lingerie, cada conteúdo existe para acender o prazer, com gestos que começam na mente e chegam à pele. Porque quando sabes como provocar antes de tocar, o prazer dobra.

Descobre agora a coleção que desperta com intenções escondidas.

Como enlouquecer alguém só com a boca

Tempo de leitura: 3 minutos

Há uma arma de prazer que não precisa de acessórios, nem de roupa especial. Está contigo sempre. É discreta, quente, sensível e incrivelmente poderosa: a tua boca.

Se achas que a boca serve apenas para beijar ou para o óbvio, este artigo vai fazer-te repensar tudo. Porque quando sabes como usar os lábios, a língua e até as palavras, consegues levar alguém ao limite: sem pressa, sem mãos, sem desculpas.

O beijo certo acende tudo

O beijo é o primeiro toque que se guarda na memória. E também é o primeiro a ser esquecido na rotina.

Um beijo pode ser leve e lento, profundo e húmido, mordido, provocador, submisso, dominante, ou tudo isso num só momento. A diferença entre um beijo normal e um beijo que deixa marcas está na presença e na intenção.

Dica: alterna ritmos, lê a resposta da outra pessoa e experimenta parar antes que ela queira, criar tensão é uma arte.

A língua sabe mais do que parece

A língua não serve apenas para explorar bocas. É uma ferramenta de estímulo incrível para zonas como pescoço, orelhas, mamilos, parte interior das coxas, costas…

Quanto mais inesperado o local, mais intenso o arrepio.

Explora com suavidade, depois com firmeza. Brinca com temperatura (boca quente, gelo, água fria). A língua é fluida, adaptável, e quando usada com criatividade, provoca mais que qualquer brinquedo.

Sexo oral: mais do que técnica, é entrega

Saber fazer bem é importante. Mas mais importante ainda é mostrar que queres fazer. Que estás ali com fome, com prazer em dar prazer.

Não é sobre velocidade. É sobre sentir, explorar, prolongar.

Usa a boca, mas também os lábios, o nariz, o som da tua respiração. Alterna pressão, ritmo e pausa. Ouve os sinais. Lê o corpo. E não tenhas pressa em chegar, o caminho é o melhor da viagem.

Falar ao ouvido pode fazer tremer

As palavras têm peso. Quando são ditas ao ouvido, num tom certo, perto da pele, têm poder. Um sussurro bem colocado pode provocar mais humidade do que muitos toques.

Diz o que vais fazer. Ou o que queres fazer. Diz o que estás a sentir naquele momento. Ou apenas deixa o som da tua respiração percorrer a pele.

Seja com palavras ousadas ou frases subtis, o som da tua voz pode ser o prelúdio do orgasmo.

Morder, lamber, provocar

A boca também serve para provocar com intensidade. Morder o lábio, a nuca, o ombro. Lamber lentamente um mamilo. Passar a língua pelo umbigo antes de descer.

Cada gesto pode ser sensual ou selvagem, suave ou faminto, tudo depende do momento e da resposta.

A provocação é um jogo. E quando bem feito, vicia.

Olhar com a boca

Sim, leste bem. A boca pode seduzir mesmo antes de tocar. Um lábio molhado, um sorriso meio fechado, um toque no próprio lábio enquanto a outra pessoa fala.

É comunicação não verbal. E é absolutamente excitante.

Mostrar o desejo com os gestos da boca cria antecipação, tensão e um convite silencioso. Porque o corpo lê sinais e a boca envia muitos.

A boca é prazer, presença e poder

Se souberes usar a boca com intenção, presença e criatividade, não precisas de muito mais para enlouquecer alguém. Ela é a tua aliada mais íntima, mais natural e mais acessível.

Beija como se fosse a primeira vez, sussurra como se o segredo fosse vital, lambe como se quisesses saborear cada milímetro.

Porque no fim, a boca pode dar prazer, provocar, conectar e deixar a mente a arder muito depois do toque.

A Intimate ajuda-te a ir mais longe com a boca

Queres intensificar ainda mais a tua arte oral? Na secção Intimate da Pimenta Doce Lingerie, encontras:

  • Lubrificantes com sabor para brincadeiras mais ousadas
  • Óleos comestíveis para massagens que acabam com a boca
  • Brinquedos que combinam com a tua língua
  • E conteúdos que te ensinam a provocar mais e melhor

Explora, atreve-te, provoca com intenção.

5 toques que te deixam molhada só de ler

Tempo de leitura: 2 minutos

Nem sempre é preciso ir direto ao ponto. Às vezes, o que realmente excita é como se começa, não como se acaba.

O toque certo pode acordar o corpo, criar arrepios inesperados e deixar-te completamente entregue, sem sequer te despirem.

Neste artigo, revelamos 5 tipos de toque que fazem mais do que provocar: ligam o desejo com a pele, a mente e a emoção.

Toque que quase não toca

Sim, o mais leve é muitas vezes o mais intenso. Passar os dedos sem fazer pressão, só a roçar, pode despertar zonas do corpo que nem sabias que eram sensíveis.

Esse “quase” cria expectativa. E a antecipação é uma forma de prazer.

Experimenta nas coxas, na barriga, na parte inferior das costas ou na zona interior dos braços.

Toque quente e lento

Usar as palmas das mãos ligeiramente quentes (ou até um óleo de massagem com calor) e pressionar suavemente certas áreas do corpo, como o pescoço, a lombar ou o fundo das costas, pode fazer o corpo implorar por mais. É um toque de presença. De quem quer saborear cada segundo.

Toque com os lábios (sem beijar de verdade)

Roçar os lábios na pele, sem beijar. Só deixar o calor. Na curva do ombro, na clavícula, na parte de trás do joelho. Este toque combina temperatura, humidade, intenção e pode deixar-te a arder sem sequer chegar aos sítios “óbvios”.

Toque com palavras

Nem todos os toques são físicos. Uma frase dita ao ouvido, no tom certo, pode fazer o corpo reagir como se tivesse sido tocado.

Frases como “gosto de ver como o teu corpo responde”, “diz-me onde queres sentir-me” ou “só de olhar para ti, fico com fome” são convites para que a mente comece a criar sensações que depois o corpo acompanha.

Toque com intenções escondidas

É aquele toque que parece “inocente”, mas não é. Mão no joelho durante uma conversa, dedo a subir lentamente pela coluna, um puxão suave no cabelo.

Toques fora de contexto, que não pertencem à rotina, mas pertencem ao desejo.

É o toque que diz: “quero-te”, sem usar palavras.

Porque o toque certo muda tudo

O prazer feminino está ligado à pele, ao tempo, à antecipação. Tocar bem é mais do que saber onde é saber como, quando e com que intenção.

Explorar diferentes tipos de toque, em ti ou em alguém, é uma forma de conhecer o corpo, criar novas sensações e intensificar a ligação com o prazer.

A Pimenta Doce Lingerie ajuda-te a tocar

Na nossa área Intimate, encontras óleos, acessórios, brinquedos e texturas que te convidam a explorar o teu corpo de novas formas, porque o toque certo começa com a vontade de sentir mais.

Explora agora os produtos e conteúdos que provocam só de olhar, porque o prazer começa contigo.

As mulheres querem isto na cama

Tempo de leitura: 2 minutos

Durante muito tempo, o prazer feminino foi ignorado, apressado ou tratado como um detalhe, mas os tempos mudaram e com eles, as expectativas das mulheres entre lençóis também.

Este artigo não é sobre truques ou posições secretas. É sobre o que as mulheres realmente querem na cama: conexão, intenção, toque, liberdade e desejo.

E se ainda achas que elas só querem “aquilo”, vais querer ler até ao fim.

Presença real: o corpo está, mas a mente também?

As mulheres querem mais do que um corpo presente, querem atenção plena. Nada excita mais do que saber que estás ali por inteiro, sem distrações, sem pressa.

Olhos nos olhos, mãos que não se limitam a apalpar, mas exploram com intenção. Estar presente é perceber o ritmo, o som da respiração, os gestos subtis que dizem “continua” ou “espera”.

Toque certo no tempo certo

Não é sobre tocar mais. É sobre tocar melhor. O corpo feminino responde à antecipação, à textura, ao calor. Um toque leve pode ser mais eficaz que um movimento direto.

Saber onde e como tocar antes da pressa de entrar é um verdadeiro divisor de águas. Lembra-te: a pele é o maior órgão sexual e ela quer ser descoberta com calma.

Comunicação que excita

Falar durante o momento é uma forma de aumentar a ligação e o desejo. As mulheres querem ouvir, mas também querem sentir que podem dizer o que gostam, sem julgamento. Frases como “gostas assim?”, “quero ouvir-te” ou “diz-me o que te faz perder o controlo” criam segurança e aumentam a tensão erótica.

Saber ouvir os sinais é tão importante quanto saber provocar.

Ritmo, não performance

O maior erro? Tratar o sexo como uma maratona ou um espetáculo. A maioria das mulheres quer ritmo, não velocidade.

Momentos suaves alternados com intensidade. Pausas que fazem tremer, silêncios que preparam para o próximo toque.

Não é sobre fazer “muito”, é sobre fazer com consciência.

Liberdade para explorar e não ser julgada

Muitas mulheres ainda têm receio de mostrar o que querem na cama. O medo de serem mal interpretadas ou rotuladas bloqueia o desejo.

Quando existe confiança, nasce a liberdade de pedir, tentar, rir, repetir e entregar-se.

Mostrar que o prazer dela é prioridade muda tudo e abre portas a novas experiências, novas posições, novos brinquedos, a um novo nível de intimidade.

Estímulo que começa fora da cama

O desejo feminino é multissensorial e muitas vezes mental. Uma mulher pode começar a sentir-se excitada com uma mensagem, um olhar, um toque no pescoço no meio da rua.

Enviar uma frase ousada, preparar o ambiente com luzes, criar um jogo antes de tocar são detalhes que fazem toda a diferença.

Queres ser inesquecível? Começa antes da roupa cair.

A Pimenta Doce Lingerie ajuda-te a elevar o prazer feminino

Na área Intimate, vais encontrar tudo o que estimula, surpreende e desperta.

De lubrificantes com efeito, a brinquedos discretos ou packs surpresa de lingerie, a nossa missão é que nenhum prazer fique adormecido.

Explora agora no site e descobre novas formas de provocar (e ser provocado).

Conhece as fantasias que os homens mais desejam

Tempo de leitura: 3 minutos

Durante muito tempo, falar sobre fantasias foi tabu, ainda mais quando se trata dos desejos secretos dos homens.

A verdade é simples: todos fantasiam. E no caso masculino, essas imagens mentais nem sempre têm a ver apenas com o ato físico.

Muitas envolvem controlo, entrega, voyeurismo, situações improváveis ou o simples prazer do proibido.

Neste artigo, revelamos as fantasias mais comuns entre os homens, explicamos o que está por trás de cada uma e damos-te ideias para explorar essas vontades de forma segura, consciente e muito, muito excitante.

A fantasia do trio (MMF ou FFM)

É uma das fantasias mais populares. O desejo de estar com duas pessoas ao mesmo tempo pode surgir por várias razões: sentir-se desejado, viver diferentes estímulos ou experimentar algo fora do habitual.

Alguns preferem imaginar duas mulheres (FFM), outros fantasiam com dois homens e uma mulher (MMF), com foco na partilha e intensidade.

Importante: Fantasiar não significa que queiras viver e viver não significa que não haja regras claras. Comunicação é tudo.

Dominar ou ser dominado

A fantasia de dominar (controlar, conduzir, dar ordens) é frequente nos homens, mas muitos também fantasiam com o oposto: serem dominados, explorados, provocados sem “poder” sobre o momento.

O jogo de poder, quando bem conduzido, pode tornar-se uma experiência altamente erótica.

Explorar esta fantasia pode passar por jogos de submissão, venda nos olhos, amarrar mãos, ou simplesmente assumir o controlo da situação com segurança.

Ver, ouvir e sem tocar

O voyeurismo é uma fantasia comum: assistir ao prazer do outro, observar sem participar (ou com limite controlado), ouvir gemidos à distância ou espreitar algo que “não devia”.

A ideia do proibido, da antecipação, do olhar que excita sem contacto direto pode ser altamente estimulante.

Uma forma simples de explorar? Deixá-lo ver-te a tocar-te ou criar situações em que o prazer visual antecede o toque.

Lugares públicos ou proibidos

Há algo de intensamente excitante em fazer algo que pode ser descoberto, mesmo que não aconteça.

Carros, elevadores, beiras de estrada, casas de banho públicas ou até uma festa cheia de gente. Esta fantasia não é sobre exibicionismo, mas sobre o risco e a adrenalina.

Claro: segurança e consentimento são obrigatórios, mas às vezes, basta fingir esse “perigo” no ambiente certo para acender o desejo.

Ver-te noutra versão

Uma fantasia muito comum nos homens é ver a parceira numa versão diferente de si própria, isto é, mais atrevida, mais confiante, mais direta.

Pode envolver lingerie, papel sexual, palavras mais ousadas ou até um “alter ego” na cama.

Criar um ambiente onde se possa brincar com papéis, roupa ou linguagem pode ser mais libertador (e divertido) do que imaginas.

Ser surpreendido sem aviso

Há homens que fantasiam ser abordados, provocados ou “atacados” sexualmente pela parceira.

Sem planeamento, sem rituais. Apenas o impulso do momento. O desejo espontâneo de quem se atira para cima dele, que toma iniciativa sem hesitar.

Explorar esta fantasia envolve ultrapassar a ideia de que o desejo “vem dele”. Mostrar que tu também queres, também lideras, também tens fome.

Fantasias com desconhecidos

Esta fantasia não envolve necessariamente traição ou infidelidade. Muitas vezes, está ligada à ideia de anonimato, mistério e novidade.

O desejo por alguém que não conheces, ou por seres desejado por alguém fora da rotina.

Este cenário pode ser recriado até entre casais, com jogos de roleplay, encontros fictícios ou simulações de “desconhecidos” que se encontram pela primeira vez.

Penetração anal: desejo secreto ou tabu que pesa?

Entre as fantasias mais partilhadas pelos homens, a penetração anal ocupa um lugar silencioso, mas constante.

Para muitos, é um território de curiosidade intensa, carregado de estímulo visual, sensação de transgressão e desejo de experimentar algo “proibido”.

Mas também é comum o receio: medo de julgamento, de parecer desrespeitoso ou de a parceira achar que esse desejo é “demais”.

A verdade é que esta fantasia não tem de significar submissão nem vulgaridade.

Pode ser uma experiência de confiança, entrega e comunicação. E se for consensual, desejada por ambas as partes e bem preparada, pode ser mais prazerosa do que imaginas.

Falar sobre o assunto com abertura é o primeiro passo para libertar o corpo (e a mente) dos limites impostos por preconceitos.

E não, penetração anal não significa que és gay. Significa apenas que queres explorar novas formas de prazer com quem confias.

E isso, no fundo, é só mais uma forma de liberdade.

Porque é importante falar sobre fantasias?

As fantasias são uma forma de expandir o desejo, estimular a mente e criar novas conexões com o corpo. Falar sobre elas num ambiente seguro e sem julgamento pode fortalecer a intimidade, abrir espaço para a vulnerabilidade e aumentar (muito) o prazer.

Lembra-te: fantasiar é saudável. E partilhar fantasias é, muitas vezes, o primeiro passo para as tornar realidade — ou para rir e conectar, mesmo que fiquem só no imaginário.

A Intimate ajuda-te a explorar novas formas de prazer

Na Pimenta Doce Lingerie, a área Intimate oferece brinquedos, acessórios e conteúdos para quem quer experimentar, ousar e aprofundar o prazer a dois ou a solo.

De vendas para os olhos a lubrificantes com efeitos, de brinquedos discretos a guiões para roleplay, o prazer começa onde começa a imaginação.

Orgasmo feminino: o que a escola nunca te explicou

Tempo de leitura: 2 minutos

Durante anos, o orgasmo feminino foi ignorado, mal compreendido ou simplesmente silenciado.

Enquanto os manuais de educação sexual se focavam na reprodução e no corpo masculino, muitas mulheres cresciam sem saber como funciona o seu próprio prazer e sem se sentirem autorizadas a explorá-lo.

Neste artigo do + Prazer, explicamos tudo aquilo que a escola não te ensinou: o que é realmente um orgasmo, o que o provoca, e como viver essa experiência com mais consciência, liberdade e intensidade.

O que é, afinal, o orgasmo feminino?

O orgasmo feminino é uma resposta fisiológica e emocional intensa ao prazer, que pode incluir contrações musculares rítmicas, aumento da pulsação, respiração acelerada e uma sensação de libertação profunda.

Mas mais do que uma reação do corpo, o orgasmo é também um reflexo da ligação com o próprio desejo, da segurança emocional e da presença no momento.

Porque é que tantas mulheres não o vivem plenamente?

Há vários fatores que contribuem para a dificuldade em atingir o clímax:

  • Falta de autoconhecimento
  • Pressão para “dar prazer” ao outro em vez de receber
  • Ideias erradas sobre o que deve ser o ato sexual
  • Vergonha do corpo ou bloqueios emocionais
  • Relações com pouca comunicação ou toque mecânico

Durante décadas, o prazer feminino foi visto como secundário, supérfluo ou até perigoso. O resultado?

Muitas mulheres adultas ainda hoje não conhecem o seu próprio corpo, nem sabem que têm esse direito.

O papel do clitóris: o centro do prazer

O clitóris é muito mais do que o que se vê. Esta pequena estrutura tem mais de 8.000 terminações nervosas (mais do que qualquer outra parte do corpo humano) e é exclusivamente dedicada ao prazer. Apesar disso, foi ignorado durante anos e até em livros de anatomia.

Hoje sabemos que a maioria dos orgasmos femininos são clitorianos, mesmo quando ocorrem durante a penetração.

Aprender a estimular o clitóris de forma variada e consciente é essencial para viver o prazer de forma plena.

Existem diferentes tipos de orgasmo?

Sim. Embora cada corpo reaja de forma única, é possível identificar diferentes formas de orgasmo:

  • Clitoriano – o mais comum e fácil de alcançar com estimulação externa
  • Vaginal – menos frequente, mas possível com estimulação interna profunda
  • Múltiplo – vários orgasmos consecutivos, sem período refratário
  • Mental ou energético – resultado de estímulos sensoriais, imaginação ou práticas como o tantra
  • Ponto G / Ponto A / Ponto U – zonas internas menos conhecidas, mas altamente sensíveis

O mais importante? Não é qual tipo alcanças, mas sim como te sentes ao vivê-lo.

Como te aproximar mais do orgasmo?

  • Conhece o teu corpo. A solo, com tempo e sem culpa.
  • Foca-te nas sensações, não no “fim” do momento.
  • Usa lubrificantes e brinquedos para descobrir novas formas de prazer.
  • Comunica. Com quem estás, contigo própria, com o que desejas.
  • Respeita o teu tempo, os teus limites, o teu ritmo.

O orgasmo feminino não é um destino. É um processo. E começa muito antes do toque.

Produtos podem ajudar? Sim e muito

Na área Intimate da Pimenta Doce Lingerie, encontras produtos pensados para explorar e intensificar o prazer feminino:

  • Estimuladores clitorianos
  • Lubrificantes com efeito quente ou vibrante
  • Brinquedos para descoberta a solo
  • Guias e áudios para masturbação guiada

Porque a tua descoberta começa com curiosidade… e merece ser vivida com prazer.

1º – Autor e nascimento da obra

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2º – Onde tudo começa

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3º – Primeira vez na casa

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4º – Interior Surpreendente

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5º – Máscara Vermelha

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6º – Introdução ao círculo

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7º – A noite dos cinco

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8º – A primeira Dona

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9º – As 6 portas

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10º – A cama de 4

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11º – Diante de mim

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12º – A Ex que nunca saiu

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13º – Última Porta Secreta

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Guardas o meu segredo, Leo?

Tempo de leitura: 6 minutos

O que encontras neste texto:

Sozinha em casa, uma mulher procura consolo na música e no Instagram… até encontrar um story de Leo.

O desejo fala mais alto e, pela primeira vez, ela responde a uma pergunta íntima: “Ser dominada”.

O que começa com uma troca tímida de mensagens transforma-se num jogo de submissão e prazer partilhado, onde a confiança, o corpo e a mente se entregam por completo. Sem filtros. Sem porno. Só ela, Leo… e o poder da conexão.

Mais um dia. Eram sete horas e estava a escurecer, já tinha chegado a casa há muito tempo.

Estava sozinha de novo mas isso nunca me tinha incomodado. Eu gostava da minha companhia, mas hoje faltava algo.

Pus música para ver se a minha casa não ficava tão vazia. Era a música favorita e fui para o sofá mexer no telemóvel.

Havia um story do Leo. Ultimamente tornou-se num pequeno hábito verificar se existia algo partilhado por ele.

Leo era um criador de contos eróticos, desmistificava todo o acto tornando-o especial e inesquecível. Algo que eu já não tinha há muito tempo.

Andava a ver muito porno e sou sincera, os orgasmos estimulados por vídeos não eram a mesma coisa, eram rápidos e não me faziam sentir poderosa.

As pernas não tremiam, a respiração não era ofegante. Fazia-o porque dentro de mim ainda achava que ninguém me iria conseguir dar tudo isso.

É difícil chegar ao orgasmo. Eles são apressados, querem tudo e não fazem nada. Olham para uma mulher e não sabem por onde hão de começar: mamas, clitoris?

Há alguns que começam com paciência, com pequenos beijos pelo corpo, mas assim que estão dentro de nós, esquecem-se que, por vezes, o nosso maior prazer vem de fora.

Eu tinha inseguranças, não conseguia mostrar o meu corpo nu de luz acesa. Pedia sempre para apagar a luz e talvez seja por isso que eles se apressavam, não sei.

Voltando ao story do Leo, abri. Era uma caixa de perguntas, oh céus, sim!

Eu adorava ver as perguntas dominantes dele, e as respostas excitadas e desesperadas dos seus seguidores.

Ele parecia um porto seguro onde todos podiam e deviam partilhar os seus desejos.

Mas eu nunca o fiz. Até hoje.

Era uma caixinha de perguntas! Boa!

Ele já tinha publicado há um tempo, então teria respostas interessantes para ver.

Puxei as minhas pernas para cima do sofá e aninhei-me, ansiosa com aquele meu pequeno prazer.

A pergunta era sobre coisas que gostávamos no sexo. E era com cada coisa…

Uau, estas pessoas não se importam que ele saiba quem são? — analisava cada resposta imaginando a pessoa que estava a responder — se o Leo soubesse…

A vontade era tanta, tanta… queria falar, queria exteriorizar. As minhas amigas eram mais pudicas que eu, pelo menos era o que eu achava. Na volta eram fãs do Leo também.

Queria escrever o que eu gostava porque, na realidade, ultimamente parece que não conseguiam entender o que eu precisava no acto sexual.

“Ser dominada”, respondi.

Não tinha nada de mal, era apenas um desabafo. E também, com a quantidade de respostas que ele tinha, ele nunca iria reparar na minha simples confissão.

Iria partilhar, talvez, mas ele não conseguia dar atenção a todos os seguidores.

Certo? Errado.

Recebo uma mensagem. Com a foto que eu já conhecia. Era o Leo, ele tinha me mandado uma mensagem.

Não abri. Pus o telemóvel de lado. Comecei a ter arrepios no corpo, ele tinha mesmo mandado uma mensagem? Será que era normal?

Agarro no telemóvel e olho para as mensagens.

Abre só — falaram as vozes da minha cabeça. Três palavras apenas.

“Ser dominada, como?”

O tom autoritário, como se ele estivesse mesmo à minha frente, como se ele estivesse a andar e descobriu-me, ali indefesa cheia de vontade.

Engoli em seco. O que é que é suposto eu responder? Que adoro que me arrastem para a cama e me fodam com toda a força que têm?

Sem medos? O que ele pensaria de mim?

Bato com a mão na cabeça e suspiro. O que é que eu fui fazer? Nem tenho conversa para continuar… ele vai ficar desiludido…

Mas ele estava focado em mim agora. O aviso verde que ele estava online era como se estivesse ali na expectativa da minha resposta.

Bora miúda, responde — pensei.

Decidi que iria partilhar um segredo com o Leo

“A todos os sentidos, sentir-me perdida, desejada, como nunca o fui”.

E pronto, desgracei-me. Estaria eu a enviar um convite para esta personagem que criei na minha cabeça?

Não estão a perceber, mas eu não sabia quem era este Leo, e tinha a certeza que o seu nome não seria esse.

Três bolinhas apareceram e soube que ele estava a escrever. Não saí do chat, estava demasiado atenta, o meu corpo era fogo e eu precisava de saber se tinha ido longe demais.

“Posso dar-te uma tarefa?”

Sim, era uma das coisas que mais me intrigava. O Leo criava um conteúdo em que os seguidores escolhiam um emoji numa caixa de “sondagem” e cada um era código para um tipo de tarefa.

Nunca tive coragem de escolher um, pois sabia que aquela ação teria uma consequência para a qual eu não teria capacidade de corresponder.

“Que tipo de tarefa? Não tenho jeito para nada disto”.

E era verdade. Eu tirava fotos a mim mesma, eu gravava-me mas nunca mandei para um namorado meu.

Não tinha confiança, apesar de me excitar muito comigo. Tinha muito orgulho, conseguia excitar-me a olhar para mim e a usar os meus brinquedos.

Adorava ver-me, tocava-me nas mamas, chupava os meus próprios líquidos, e sabia tão bem.

“Podemos começar por algo simples, devo pedir-te uma tarefa?”

Eu já estava excitada só de pensar que ele desejava que eu fizesse algo. O Leo estava ali, a falar comigo.

Naquele momento, naquele chat era só eu e ele.

“Está bem, o que seria essa tal tarefa?” Bem, vamos jogar então.

“Quero te ver, manda-me uma foto tua, quero ver o que tens para mim”

Uma foto? Só uma foto? Não.. ele estava a testar-me.

Ele queria ver até que ponto ele podia ir e eu também não queria dar o ar de santa, porque para ter lançado o isco ele saberia perfeitamente que santa eu não era.

Saí da aplicação e fui para a pasta oculto. Tinha de ter algo, algo para lhe mostrar.

Esta é perfeita — disse para mim. Enviar.

Enviei uma foto minha deitada apenas com um body preto de renda. Eu já pingava.

Pus os dedos para conferir o meu estado. Confere, estava tão molhada, suspirei e provei, será que ele gostaria do meu sabor? Oh céus, eu estou mesmo a pensar nisto?

Vista.

Ele viu. Pânico. Será que era muito mais do mesmo, será que o Léo recebia fotos destas a toda a hora? Será que eu era diferente?

“Fds, és tão tesuda”.

Revirei os olhos, senti um quase orgasmo, era tão estranho estar tão excitada por tão pouco. Ele tinha gostado. Ele tinha mesmo gostado.

“Gostaste?”

Não sei porquê, precisava de ter a certeza. Não respondeu.

O que estaria ele a fazer? Será que teria de dividir a atenção por algumas seguidoras e agora não dava para me responder?

Saí da aplicação e entrei outra vez na minha pasta oculta. Comecei a ver os meus vídeos, neste estava a gravar-me com o meu vibrador no máximo, estava sentada na cama, apenas de soutien e cuecas.

Subia e descia, o meu peito acompanhava todo movimento. Tirei as calças de fato de treino e fiquei apenas de t-shirt e cuecas.

Mordi o lábio. Eu era tesuda, só não me conseguia mostrar. Se me excitava tanto a mim, porque é que não tinha coragem de o mostrar?

Uma notificação do Léo. Sim.

“Quero mais”

Um facto sobre mim. A tesão deixa-me corajosa, como se estivesse embriagada.

Levantei-me, apoiei o telemóvel no móvel da sala e pus a gravar.

Estava de frente para a câmara. A minha cara pouco aparecia. Apoiei-me no móvel com uma mão, e pus a outra no meu sexo.

Comecei a tocar-me, a minha boca aparecia e estava aberta, a conter um gemido.

Ele não veria nada, apenas imaginaria. Enfiei um dedo e um grito sufocado saiu. Estava tão excitada. Sorri, olhei para o vídeo e parei de gravar.

A enviar…

Meu Deus, tinha sido tão bom. Continuei a tocar-me. Mas mais contida.

Queria prolongar, queria ver onde isto ia dar. A minha cona latejava. Doía de tanto prazer.

Vista.

Esperei, com o chat aberto. “Foda-se”

Sorri. Sim, era isto que eu queria. Leo a ligar…

Desliguei. Não, não, não.

Fiquei nervosa.

“Não quero fazer chamada”

Ligar em vídeo iria ser algo tão não controlado. E eu não queria chegar a esse ponto.

“Fica só a ver. Quero mostrar-te como fico ao ver-te” Eu queria vê-lo? Queria.

Leo a ligar. Aceitei.

A minha câmera estava desligada e a dele ligada com o pau grande e grosso em grande plano. Veias visíveis. Ele estava tão duro, tão perfeito. Isto era o meu primeiro porno.

O que era suposto fazer?

Fiquei a ver. Ele batia, ele apertava, ele gemia. Comecei a tocar-me. Ele desligou.

“Gostaste?” Perguntou.

Se eu gostei? Queria tanto que ele estivesse aqui só para ver como me tocava, como a minha cona estava inchada e sensível por ver aquela grossura toda e imaginá-la entrar dentro de mim.

“Quero mais” joguei o mesmo jogo que ele. “Diz-me, diz-me o que me fazias agora”

O que eu faria? O que me dava mais vontade de fazer agora? Precisava daquele pau na minha boca antes de tudo.

“Ajoelhava-me, por cima dos meus pés. Agarrava-te com uma mão, enquanto te engolia e a outra mão esfregava-me. Depois de te levar quase ao limite, tiraria a boca, manteria aberta e com a língua de fora, enquanto te batia, à espera do teu leite na minha cara.”

Eu estava quase no meu limite. Só precisava de saber se ele estava também. “Foda-se vou-me vir tanto, pede leite, pede”.

Iríamos vir-nos ao mesmo tempo. “Dá-me o teu leite, Leo”.

Vim tanto. Tanto.

Isto não tinha sido rápido, não tinha sido fácil. Eu não respirava. Não sentia as pernas.

Naquela noite não precisei de ver porno nem do meu vibrador. Tinha o Leo. “Vim me tanto, porra, por ti”.

Sorri, eu amava ser dominada, mas dar prazer, era como se fosse um propósito para mim. E ele tinha tido “tanto” prazer “por mim”.

Orgulho, era tudo o que sentia, além das virilhas doridas, claro. “Guardas o meu segredo, Léo?”

“Guardo todos os teus segredos, querida”.

Lubrificantes com efeito que recomendamos usares

Tempo de leitura: 2 minutos

Se queres intensificar o prazer, experimentar novas sensações ou simplesmente tornar os teus momentos íntimos mais confortáveis e envolventes, os lubrificantes com efeito são aliados essenciais.

Muito mais do que facilitar a penetração, estes produtos podem provocar sensações de calor, frio ou formigueiro que transformam por completo a experiência.

Neste artigo, explicamos como funcionam os lubrificantes com efeito, para que servem, quando os deves usar e apresentamos três sugestões que recomendamos usares — todas disponíveis na loja online da Pimenta Doce Lingerie.

O que são lubrificantes com efeito?

Os lubrificantes com efeito são produtos íntimos formulados para proporcionar sensações extra durante a estimulação sexual.

Ao contrário dos lubrificantes neutros, estes incluem ingredientes que provocam sensações térmicas (quentes ou frias) ou até vibrantes, criando estímulos adicionais nas zonas mais sensíveis do corpo.

O seu uso é seguro, confortável e discreto, desde que escolhas produtos de qualidade e adequados ao teu tipo de relação (sozinha ou acompanhada, com ou sem preservativo, com brinquedos ou penetração).

Por que deves experimentar?

Utilizar lubrificantes com efeito pode trazer vários benefícios:

  • Estimulação intensificada do clitóris, glande e outras zonas erógenas
  • Aumento da sensibilidade e resposta ao toque
  • Sensações diferentes e excitantes, ideais para sair da rotina
  • Experiência mais confortável e fluida durante o ato
  • Exploração a solo mais rica e envolvente
  • São perfeitos para quem quer aumentar o prazer sem complicações.

Lubrificantes com efeito que recomendamos usares

1. Waterfeel Lube Efeito Calor

Este lubrificante com efeito quente provoca uma agradável sensação de calor logo após a aplicação. Estimula a circulação, aumenta a sensibilidade e é ideal para climas frios ou para noites mais intensas.

A textura é suave, fácil de aplicar e compatível com preservativos e brinquedos. Uma escolha excelente para quem quer aquecer o momento — literalmente.

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2. Lubrificante Efeito Quente Kiki Travel (50ml)

Com um formato prático e discreto, o Kiki Travel é perfeito para levar contigo em qualquer escapadinha. Este lubrificante de efeito quente destaca-se pelo aroma agradável e pela forma como envolve o corpo com uma sensação envolvente e estimulante.

É uma excelente opção para quem está a experimentar lubrificantes com efeito pela primeira vez ou para quem não abdica de prazer em viagem.

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3. Waterfeel Lube Efeito Frio

Se preferes sensações refrescantes, o Waterfeel Lube Efeito Frio é uma escolha arrojada. Ao ser aplicado, cria um leve formigueiro gelado que desperta imediatamente as zonas erógenas.

Ideal para jogos de contrastes (frio vs. calor), este lubrificante pode ser combinado com beijos quentes, brinquedos vibratórios ou uma massagem sensual.

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Como usar?

1º – Aplica uma pequena quantidade diretamente na zona a estimular (clitóris, pénis, ânus ou brinquedo).

2º – Espera alguns segundos até a sensação começar.

3º – Se necessário, reaplica durante o ato.

4º – Evita o contacto com os olhos e testa antes em zonas menos sensíveis.

5º – Usa sempre com produtos compatíveis (preservativos e brinquedos à base de água).

6º – Explora novas sensações com confiança.

Os lubrificantes com efeito são uma forma simples, segura e excitante de dar um novo sabor aos teus momentos íntimos.

Quer estejas sozinha ou acompanhada, o importante é que escolhas produtos de qualidade e te entregues à experiência com liberdade.

Na Pimenta Doce Lingerie, selecionámos os melhores para ti.

Agora só tens de os experimentar.

Só se escreve o que arde

Tempo de leitura: 4 minutos

Conto inspirado na Nota do Autor de “Casa da Barragem”

Não recebi um convite. Recebi uma provocação.

A mensagem chegou às 02h17 da manhã. “Estás pronto para escrever o que ainda escondes de ti?”

Não trazia nome, só uma localização partilhada e uma frase que me ficou colada à pele: “Esta casa não é para todos. Mas talvez seja para ti.”

Durante segundos não respondi. Depois, nem consegui dormir.

A localização levava-me para uma zona perto de uma barragem.

Perto de Viseu, mas longe de tudo o que é normal. Senti que aquilo não era apenas sobre sexo. Era sobre escrita.

Sobre verdade. Sobre arder em silêncio e depois escrever em voz alta.

Na manhã seguinte, meti o caderno na mochila, vesti uma camisa escura, respirei fundo e fui.

A estrada era estreita, ladeada de árvores altas e memórias ainda por vir. O GPS perdeu o sinal a meio. Segui o instinto. Quando cheguei à última curva, vi-a. A casa.

Isolada, com muros baixos em pedra e janelas grandes. Não havia música. Nem sinais de vida. Mas senti a presença.

O calor. A tensão no ar. A porta estava entreaberta, como se esperasse por mim. Entrei.

O primeiro cheiro que me invadiu não foi a madeira ou o incenso, mas o da pele humana misturada com cera derretida e couro.

À esquerda, uma sala com espelhos. Ao fundo, um espaldar. Sobre uma mesa, brinquedos alinhados com precisão: chicotes, plugs, dildos, vibradores, pinças, cordas. Nada parecia improvisado. Aquilo era um altar de prazer e entrega. Sentei-me. O silêncio da casa provocava mais que qualquer som.

Minutos depois, ela entrou.

Não sei o nome. Nunca perguntou o meu. Camisa branca solta, sem soutien, sem cuecas, pés descalços, cabelo preso de forma displicente.

A pele morena, marcada de leve por linhas que denunciam histórias anteriores. Parou à minha frente, sem sorrir, sem receio.

“Chegaste.”

Assenti.

“Vieste escrever ou ser escrito?”

Fiquei calado.

Ela aproximou-se, puxou-me pela camisa, levou-me até à parede onde havia um espelho. Mandou-me sentar.

— “Hoje, só tocas se mereceres.”

Depois, despiu-se. Deixou a camisa cair. Caminhou nua pelo espaço como quem já sabia o poder que tinha.

Pegou numa fita, amarrou-me os pulsos à cadeira. Sem agressividade. Sem cerimónia.

— “Hoje, dominas com palavras. Se não escreveres, não voltas.”

Sentou-se nas minhas coxas, abriu-se com os dedos. Tocava-se enquanto me olhava nos olhos.

— “Vês isto? Já estou molhada por tua causa. Mas não vou deixar que entres. Quero ver se tens outro tipo de força.”

Desceu da cadeira, ajoelhou-se, lambeu-me por cima das calças. Depois abriu o fecho e tirou-me o pau duro para fora.

Segurou com firmeza, mas sem pressa. Começou a masturbar-me devagar, com os olhos sempre nos meus.

— “Não podes te vir. Não ainda. Quero que fiques à beira. A arder.”

Mordeu-me a coxa. Lambeu-me a glande com a língua plana, mas depois parava.

Punha-se de pé, tocava-se de novo, e dizia:

— “Já estás a escrever aí dentro, não estás?”

Quando terminou, não me soltou. Deixou-me preso, com o sexo latejante e a cabeça a explodir.

Voltou com um caderno. Capa preta. Papel grosso.

— “Pensa no que vais escrever. Com as mãos atadas. Com a raiva de não me teres fodido.”

Deixou-me só. Imaginei tudo o que ia escrever. Sobre o cheiro dela. Sobre o modo como se sentava.

Sobre a humilhação deliciosa de não poder fazer nada. Sobre o desejo de a virar contra a parede e tomar o controlo.

Quando voltou, Desamarrou-me e pediu para eu escrever no caderno.

— “Estás a começar a merecer voltar. Mas ainda não quero ler o que vais escrever.”

Beijou-me na boca. Mordeu-me o lábio. E desapareceu por uma porta que não vi abrir.

Nas semanas seguintes voltei. Combinámos poucas palavras. Às vezes estava ela, outras vezes estavam mais pessoas.
Casais. Mulheres. Um homem mais velho cuja alcunha era “engenheiro”.

As regras eram sempre claras: consentimento. Comunicação. Discrição. E escrita.

Era um jogo. Um ritual. Uma terapia. Às vezes dominava. Noutras, era dominado.

Certa vez, uma mulher colocou-me um anel vibratório e sentou-se em cima de mim com uma mordaça na boca. Outra amarrou-me às escadas e usou-me como apoio para se masturbar. Houve um dia em que entrei e todos estavam nus à minha espera. Mandaram-me tirar a roupa, escrever uma cena e depois executar cada linha.

Comecei a escrever compulsivamente. De madrugada. No carro. Em cafés, mas nunca publiquei nada desde maio.

Aquilo era só meu. Não era conteúdo. Era confissão.

Em junho, parei. Duas semanas. Fui para Peniche. Levei os cadernos comigo. Ali, em frente ao mar, percebi: esta história precisava de sair do escuro.

Não para me exibir. Nem para alimentar fetiches, mas porque aquilo que vivi ali… não podia morrer comigo.

Durante as manhãs, caminhava junto ao mar. À tarde, escrevia. Reescrevia. Limpava as partes sujas da alma, mas deixava as da pele intactas.

Não queria suavizar. Queria ser fiel ao que senti.

Agora, o livro existe e estará disponível em breve, em formato digital. Cheio de nomes inventados para esconder o que é real. E cenas reais que nem a ficção teria coragem de inventar.

Não volto à casa há semanas, contudo sinto-a dentro de mim. No cheiro. Na memória. Na ponta dos dedos quando escrevo.

Escrevi este texto porque precisava de o escrever. Não para justificar nem para me redimir.

Mas porque… só se escreve o que arde. E aquela casa, aquelas noites, aquelas vozes presas entre dentes… ainda ardem.

E talvez, se me leres com atenção, arda em ti também.

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