O voyeurismo sempre foi algo que me fascinou.
Não se trata apenas de ver, mas de sentir a intensidade de um momento sem intervir, sem quebrar o encanto do que se desenrola diante dos olhos.
O voyeurista não procura o contacto direto, mas sim a adrenalina silenciosa de ser um espectador invisível, de captar cada detalhe, cada respiração, cada gesto de entrega sem ser notado.
O prazer está na antecipação, no desejo que cresce sem ser satisfeito de imediato.
Tudo começou com uma simples conversa pelo Instagram.
Eu e a Bruna trocamos mensagens ocasionais e, numa noite de provocação subtil, desafiei-a para um jogo diferente.
Algo que nos envolvesse sem nos tocar. Algo que aquecesse os sentidos sem quebrar limites.
“E se fizéssemos uma sessão de fotos diferente? Eu apenas observo. Tu sabes que estou ali, mas ninguém mais sabe. Apenas tu. Já estive num local que é ideal para isto, em Espinho”.
Ela não demorou a responder. Curiosa, como sempre. Mas também firme.
“Sabes que não me vou envolver contigo, certo?”
Eu sabia. E essa era a parte mais intrigante. Não se tratava de toque, mas de presença. De provocação sem consequência direta. De ver sem participar.
A Bruna aceitou. Com uma condição: ela teria total controlo da situação.
Eu apenas assistiria. Concordei. E assim, o jogo começou.
Apresentei-lhe então os pormenores da ideia. Ela convidaria a Ana Beatriz para uma sessão de fotografias em Espinho. Eu conhecia um alojamento local com dois pisos, situado junto ao mar.
O piso superior tinha uma zona com cortinas altas e prolongadas pela janela, um esconderijo perfeito. Era ali que eu ficaria, oculto, sem fazer barulho.
A minha posição permitir-me-ia ver tudo no piso inferior, de forma discreta.
Além disso, a Bruna levaria um segundo conjunto de lingerie, idêntico ao que iria usar na sessão. Mas esse não era para ela. Seria deixado ali, cuidadosamente dobrado, à espera da convidada que chegaria cerca de uma hora depois de a Bruna e a Ana Beatriz se irem embora.
O ensaio que eu assistiria naquela tarde não seria apenas uma experiência isolada—seria uma preparação silenciosa para o que estava por vir.
Ao observar cada detalhe, a ideia era também replicar certas ações que a Bruna faria com os acessórios que lhe propus levar.
Algemas, cordas e outros elementos seriam usados na sessão de forma subtil, mas carregados de intenção.
Cada pose, cada movimento, seria um ensaio visual que mais tarde ganharia uma nova dimensão, quando fosse a minha vez de os aplicar com a convidada que chegaria depois.
O cenário perfeito estava montado
Tudo estava pronto. A expectativa pairava no ar, invisível, mas pulsante. Eu tinha enviado mensagem a uma amiga, garantindo que tudo aconteceria conforme planeado. A Bruna tinha combinado com a Ana Beatriz o local e a hora: 17h00.
O alojamento local já estava pago por mim e, como combinado, a Bruna tinha acesso ao PIN da porta. Mas eu já estava lá.
Minutos antes, posicionei-me no piso superior. O esconderijo por trás das cortinas altas era perfeito. Dali, tinha uma vista privilegiada para o piso inferior, sem ser visto. O silêncio absoluto tornava tudo mais intenso, a expectativa a transformar-se num aperto discreto no peito.
Não se tratava apenas de desejo, mas da adrenalina de saber que, a qualquer momento, o jogo ia começar.
Quando a fechadura eletrónica soou e a porta se abriu, o meu coração acelerou ligeiramente.
A Bruna entrou primeiro, trazendo uma mala discreta, mas eu sabia o que estava lá dentro: as peças que eu tinha pedido, os acessórios, o segundo conjunto de lingerie.
Atrás dela, a Ana Beatriz, focada no trabalho, carregava o equipamento fotográfico.
A energia entre as duas era descontraída, quase profissional, mas havia algo nos gestos da Bruna que denunciava um segredo, uma cumplicidade silenciosa comigo.
Ouvi a Bruna dizer à Ana Beatriz que ia colocar o primeiro conjunto na casa de banho antes de começar a sessão.
Escutei toda a conversa, atento a cada detalhe, mas o que não esperava era receber uma notificação no Instagram.
Uma mensagem privada. Senti o telemóvel a vibrar no bolso.
Abri o chat e lá estava ela. A Bruna. Uma foto de visualização única. O coração bateu mais forte enquanto a abria.
No ecrã, ela surgia de frente para um espelho, já vestida com a lingerie da Pimenta, o corpo delineado pelo conjunto que escolhi para esta sessão.
A legenda era curta, provocadora: “Estás pronto para a diversão?”
Antes que pudesse responder, outra notificação. Um vídeo.
A Bruna mordia o dedo suavemente antes de o levar aos lábios, chupando-o de forma subtil, quase inocente, mas carregado de intenção.
Senti o corpo reagir de imediato. Não havia como evitar. O jogo estava a começar, e eu já estava completamente dentro dele. Comecei a ficar duro e ansioso.
Pouco depois, a porta da casa de banho abriu-se e a Bruna saiu, já vestida, caminhando até à sala com uma confiança inabalável.
A Ana Beatriz ajustava a câmara, preparando-se para os primeiros cliques.
O primeiro flash iluminou a pele da Bruna, e a sessão começou.
Ela movia-se com uma confiança magnética, jogando com a câmara, ora olhando diretamente para a lente, ora desviando o olhar com uma expressão de pura tentação.
Volta e meia, virava-se de costas para a Ana Beatriz e assumia uma posição estratégica, inclinando-se ligeiramente, como se quase procurasse o meu olhar no piso superior. O jogo de sedução era discreto, mas calculado.
Numa das vezes, parou, virou o rosto para trás e, com um movimento lento e intencional, apertou as mamas uma contra a outra, realçando-as, enquanto olhava por cima do ombro na direção da fotógrafa.
Eu assistia a tudo, escondido, com o coração a acelerar com a excitação brutal daquele momento.
A Bruna não precisava de palavras para comunicar—cada gesto, cada olhar, era uma mensagem direta para mim.
A certa altura, a Bruna pediu para tirar fotos no sofá.
A Ana Beatriz ajustou a luz e a posição da câmara enquanto ela se instalava no estofado, explorando poses incríveis.
O corpo dela fundia-se com os tecidos macios, cada movimento estudado, cada curva perfeitamente destacada.
Ela deitou-se de lado, apoiando a cabeça numa das mãos, enquanto a outra deslizava lentamente pela própria coxa.
Depois, virou-se de barriga para baixo, dobrando levemente as pernas, elevando a anca de forma provocante. A Ana Beatriz captava cada detalhe, mas eu sabia que havia mais por trás de cada gesto.
A entrega aos acessórios
Depois de tirar fotos no sofá, a Bruna foi até à mala que trouxera consigo.
Com movimentos calculados, abriu o fecho e retirou alguns acessórios. As algemas e as cordas.
O ambiente já estava carregado de tensão, mas naquele momento, tudo ficou ainda mais denso, mais carregado de intenção.
Ela voltou-se para a Ana Beatriz e pediu-lhe para filmar algumas partes. O intuito?
Que a filmasse a dar palmadas antes de se amarrar. A fotógrafa, sem questionar, ajustou a câmara para registar cada detalhe.
A primeira palmada ecoou no espaço, fazendo-me estremecer. O som seco da mão contra a pele dela reverberou na minha mente, atingindo-me com uma força visceral.
Eu conseguia escutar cada impacto, cada respiração dela entre as batidas, e o efeito em mim foi imediato.
Eu estava a ficar louco. Muito duro. Sentia o meu pau a pulsar, latejante, incapaz de ignorar o que se desenrolava à minha frente.
A Bruna sabia exatamente o que estava a fazer. E eu? Eu só podia assistir, cada vez mais imerso no jogo que ela comandava com uma maestria avassaladora.
A cada nova palmada, a respiração dela tornava-se mais audível.
Não era apenas a dor do impacto, mas o prazer camuflado nas entrelinhas do gesto.
A câmara registava tudo, e eu sentia-me parte daquele espetáculo secreto, mesmo sem estar fisicamente presente.
Num movimento fluído, a Bruna pegou nas algemas e passou-as pelos pulsos, testando a sensação antes de entregá-las à Ana Beatriz. “Fotografa isto de perto”, pediu, com um sorriso que transbordava malícia.
Ela colocou-se de joelhos no sofá, puxando os braços para trás num ensaio de submissão voluntária.
A câmara aproximou-se, focando o metal frio a envolver-lhe a pele quente.
A Bruna inclinou o corpo para a frente, deixando as algemas a pender ligeiramente enquanto arqueava as costas de uma forma quase teatral.
O jogo de luz e sombras tornava tudo ainda mais hipnótico.
Eu mordia o interior da bochecha, tentando conter a onda avassaladora de desejo que se espalhava pelo meu corpo.
Era uma provocação que se estendia para além das imagens, para além do simples ato de assistir. Ela sabia que eu estava ali, sabia o que me estava a fazer.
Depois das algemas, as cordas. A Bruna pegou no fio vermelho e, com a delicadeza de quem ensaia uma dança, passou-o entre os dedos antes de o enrolar lentamente à volta dos pulsos.
“Quero ver como fica”, murmurou para a câmara, com os olhos a brilhar com a diversão.
Ela testou diferentes posições, por vezes puxando a corda contra a pele, ajustando-a, explorando a tensão.
A Ana Beatriz continuava a fotografar, mas para mim, aquilo não era apenas uma gravação—era um desafio mudo, um ensaio privado para algo que ainda estava para acontecer.
O meu corpo já não respondia apenas à excitação, mas à frustração deliciosa de estar ali, imóvel, sem poder intervir.
Cada novo nó, cada ajuste da corda, era mais uma peça do quebra-cabeça que a Bruna estava a montar cuidadosamente.
E eu? Eu continuava a assistir, cativo no desejo crescente que me consumia por inteiro.
A sessão estava a acabar, mas a Bruna não terminou sem antes provocar mais uma vez. Ela queria uma última foto. Algo ousado, algo que ficasse marcado.
“Só mais uma”, disse, mordendo o lábio num sorriso malicioso.
Posicionou-se no sofá, mas desta vez sem qualquer peça de roupa a cobri-la.
De quatro, com as mãos apoiadas nos estofos, virou ligeiramente o rosto para a câmara, o olhar carregado de intenção.
A Ana Beatriz ajustou a lente, capturando cada detalhe.
Eu assistia sem piscar, completamente fixado naquela visão. O corpo dela estava exposto, cada linha, cada curva acentuada pela luz suave da sala.
O poder daquele momento não estava apenas na nudez, mas na forma como Bruna a carregava com uma confiança inabalável.
Sabia o efeito que causava, e jogava com isso até ao último segundo.
Enquanto a Ana Beatriz guardava o equipamento, ouvi a Bruna comentar, casualmente: “Este alojamento é mesmo ideal para brincadeiras de BDSM.”
A decoração minimalista, combinada com elementos industriais, tornava o espaço perfeito para esse tipo de jogos.
Algumas zonas tinham estruturas metálicas, detalhes em alumínio estrategicamente posicionados, como se fossem feitos para prender alguém, para restringir movimentos, para explorar os limites do prazer e da submissão.
Era um detalhe que talvez passasse despercebido para muitos, mas para quem sabia o que procurar, o potencial daquele espaço era evidente.
A frase pairou no ar como uma provocação disfarçada de conversa inocente.
Mas eu sabia melhor. Sabia que aquelas palavras eram tanto para a fotógrafa quanto para mim.
Pouco depois, retirou-se para se trocar. Minutos depois, o meu telemóvel vibrou com uma nova notificação.
Uma mensagem privada dela:
“Deixo alguns acessórios e a lingerie na casa de banho.”
E, como se não bastasse, uma última frase que me fez prender a respiração:
“Depois quero que me digas o que fizeste com a tua amiga aqui.”
Parte 2 do conto começa aqui
Eu já conhecia a Rosa de um registo diferente. Tínhamo-nos cruzado há uns meses numa formação e acabámos por simpatizar.
Na altura, não houve qualquer intenção sexual, mas quando descobri quem ela era e que me seguia, resolvi dizer-lhe que era eu. Foi ali que descobri uma faceta nova dela.
Curiosamente, percebi que ela seguia também os perfis da Bruna e da Ana Beatriz. Isso tornava aquele encontro ainda mais carregado de expectativa.
Era uma coincidência intrigante, que tornava aquele encontro ainda mais carregado de expectativa.
Ela chegaria meia hora depois de a Bruna e a Ana Beatriz saírem.
O plano era simples: a Rosa (nome fictício) usaria o set da Pimenta Doce Lingerie e alguns dos acessórios deixados por lá.
Pelo menos, era o que eu pensava. Mas a verdade é que fui surpreendido.
Enquanto esperava, o meu telemóvel vibrou com uma mensagem dela.
“Já cheguei. Estou no carro, estacionada em frente. Vou esperar que me digas algo.”
Senti um arrepio percorrer-me a espinha. O jogo estava prestes a começar, mas não da forma que eu imaginava.
Eu achava que ia dominar a Rosa… mas pelos vistos, ela já tinha os seus próprios planos.
Deixei-a à espera por alguns minutos, prolongando a tensão, enquanto recolhia os acessórios que Bruna tinha deixado na casa de banho.
O ambiente ainda carregava o perfume subtil dela, misturado com a eletricidade que permanecia no ar.
Toquei no tecido da lingerie deixada sobre a bancada, sentindo a suavidade contra os dedos.
Era como um vestígio de tudo o que se tinha passado ali momentos antes. Mas agora, o cenário ia transformar-se completamente.
Peguei no telemóvel e respondi:
“A porta está aberta. Sobe.”
Do andar de cima, ouvi o som do motor a desligar, seguido pelo eco dos saltos contra o pavimento.
O clique da porta a abrir fez-me prender a respiração. Ela entrou, fechando-a atrás de si, e por um instante, o silêncio instalou-se.
Passos lentos avançaram pelo espaço. A minha pulsação acelerou. Fiquei no topo da escada, observando-a antes que ela me visse.
A Rosa vestia um sobretudo escuro, que contrastava com o batom vermelho intenso nos lábios. O cabelo solto caía-lhe pelos ombros de forma provocadora.
Ela pousou a mala junto ao sofá e só então ergueu o olhar, encontrando o meu. Um sorriso de desafio curvou-se no canto da boca dela.
“Então, é aqui que a magia acontece?“, murmurou, com um brilho de curiosidade nos olhos.
Cruzei os braços, analisando-a sem pressa. “Depende de quem tem o controlo.”
Ela arqueou uma sobrancelha, sem desviar o olhar. “Achas que é teu?”
A provocação fez-me soltar um sorriso discreto. A Rosa não era o que eu esperava. E isso apenas tornava tudo mais excitante.
Ela olhou à volta, explorando o ambiente com os olhos.
Depois virou-se para mim com um sorriso enigmático.
“Onde é a casa de banho? Deixaram-me um saco lá.”
Fiquei imóvel por um instante, confuso.
“Como assim?”
Ela inclinou ligeiramente a cabeça, ainda com aquele olhar de mistério.
“Digamos que tive uma cúmplice muito antes de tu saberes.”
As palavras pairaram no ar, mas o significado ainda me escapava.
Apenas quando a Rosa saiu da casa de banho, depois de se preparar, é que tudo começou a fazer sentido.
Foi ali que eu entendi quem ia ter o controlo
Quando a Rosa saiu da casa de banho, o impacto foi imediato.
A mulher que regressou não era a mesma que tinha entrado minutos antes. Se antes havia um ar de provocação subtil, agora transbordava domínio puro.
Vestia-se como uma verdadeira dominatrix. Um corpete de couro preto ajustava-se perfeitamente ao seu corpo, realçando a cintura e moldando os seios de uma forma que exalava poder.
As alças cruzavam sobre os ombros e desciam pelas costas nuas, deixando à vista a pele que contrastava com o brilho escuro do material.
Nas pernas, meias de rede subiam até às coxas, ligadas a suspensórios metálicos presos ao corpete.
Nos pés, botas de salto alto de verniz, afiadas como uma declaração silenciosa de controlo.
Luvas de couro negro ajustavam-se aos seus dedos finos, alongando os movimentos e intensificando o toque de cada gesto.
Mas foi o olhar dela que mais me prendeu.
O batom vermelho parecia ainda mais intenso sob a luz ténue do quarto, e os olhos brilhavam com uma certeza absoluta—a Rosa não estava ali para ser dominada.
Pelo contrário. Ela já tinha planeado tudo, e eu começava a perceber que, desta vez, não era eu quem ditava as regras.
Ela deu um passo à frente, o som dos saltos a ecoar pela sala.
“Ainda achas que tens o controlo?”, perguntou, num tom baixo, mas carregado de intenção.
E foi nesse momento que compreendi. Ela tinha vindo preparada. E eu?
Eu estava prestes a entrar num jogo completamente diferente do que tinha imaginado e do qual estou pouco habituado.
A Rosa não hesitou. O seu olhar fixo em mim transbordava autoridade.
“Aproxima-te”, ordenou, num tom que não deixava espaço para discussão.
Dei um passo à frente, ainda intrigado com tudo o que estava a acontecer.
“Quem era a tua cúmplice?”, perguntei, tentando encontrar alguma lógica naquilo que me escapava.
Ela apenas sorriu de canto, como se a minha pergunta não tivesse qualquer importância.
“Cala-te”, disse, aproximando-se.
Antes que pudesse responder, senti o toque suave, mas determinado, de um tecido sobre o meu rosto.
A venda deslizou com precisão sobre os meus olhos, bloqueando a visão e deixando-me à mercê dos seus próximos movimentos.
Senti a sua respiração próxima da minha orelha. “Ajoelha-te junto ao sofá. Agora.”
O meu coração batia forte. O chão frio contrastava com o calor que crescia dentro de mim enquanto me ajoelhava, em tronco nu, à espera do que vinha a seguir.
O som dos saltos dela ecoou quando subiu para o sofá. Senti a sua presença mesmo sem vê-la, o peso do seu olhar sobre mim.
Depois, o toque. A sua perna subiu para o sofá, e num movimento deliberado, pousou o pé sobre o meu ombro.
O couro das suas botas roçou contra a minha pele, a posição dela uma afirmação clara de quem estava no comando.
O silêncio entre nós era carregado. E então, com um gesto seguro, afastou a tanga preta.
“Agora, mostra-me o quão bem sabes obedecer.”
Eu não estava habituado a este registo. Sempre fui eu quem conduzia o jogo, quem estabelecia as regras.
Mas ali, naquela posição, com a venda a privar-me da visão e o seu tom a ditar cada movimento, algo dentro de mim despertou.
A sensação de estar vulnerável, à mercê dela, não me assustava—pelo contrário, estava a deixar-me excitado de uma forma que nunca tinha experienciado.
Aproximei-me, sentindo o calor da sua pele a poucos centímetros dos meus lábios.
Comecei o oral, explorando-a com a língua, tentando antecipar o que ela queria sem precisar de instruções.
Mas a Rosa queria mais do que a minha entrega. Ela queria o controlo absoluto.
De repente, senti os seus dedos entrelaçarem-se no meu cabelo, puxando-me para trás antes de me guiar novamente para onde ela queria.
O gesto foi firme, com alguma agressividade—apenas o suficiente para me lembrar de que, naquele momento, era ela quem ditava o ritmo.
Entre os movimentos, vinham pequenas chapadas na minha cara, leves mas intencionais, como uma forma de reforçar a dinâmica de poder que se estabelecia entre nós.
Cada vez que ela puxava ou marcava território com o toque, a minha pulsação acelerava ainda mais.
Não era apenas a submissão que me arrebatava, era a forma como ela a usava com precisão, sabendo exatamente até onde ir para me manter no limite entre o desejo e a rendição total.
Os seus lábios soltavam palavras entrecortadas pelo prazer, mas também pelo domínio que exercia sobre mim.
Chamava-me nomes, testando até onde ia a minha submissão, brincando com a minha entrega.
O tom da sua voz alternava entre o comando e o prazer contido, um equilíbrio perfeito entre poder e desejo.
A um dado momento, senti a pressão do seu pé a desaparecer do meu ombro.
Houve um segundo de silêncio antes de se mover, girando o corpo com precisão.
Quando voltou a falar, a sua voz trazia um tom de ordem inegável.
“Fica quieto.”
Não precisei de ver para perceber o que estava a acontecer.
Senti a sua presença mais próxima, o calor do seu corpo a envolver-me antes mesmo de me tocar.
Ela colocou-se de costas para mim, apoiando-se no sofá, numa posição clara de domínio absoluto.
“Agora, quero que me proves que sabes obedecer. Sem hesitações. Chupa-me o cu. Deixa-o bem molhado, ouviste?”
O desafio estava lançado. O jogo de poder intensificava-se, e eu estava completamente rendido a ele.
A minha língua deslizava, subindo e descendo, explorando cada recanto do corpo da Rosa com precisão e devoção.
O seu corpo reagia, cada contração e cada suspiro eram sinais claros do prazer que sentia.
Ela gemia, deliciando-se não apenas com as sensações, mas com o absoluto controlo que tinha sobre mim ao saber que lhe fazia aquele beijo grego com toda a vontade.
No entanto, a Rosa não queria que eu me esquecesse do meu lugar.
Sempre que sentia que eu me entusiasmava demasiado, puxava-me o cabelo, forçando-me a desacelerar, a lembrar-me de que não era eu quem ditava o ritmo.
Por vezes, uma chapada leve na minha cara reforçava ainda mais a mensagem, um aviso silencioso de que eu estava ali para a servir.
A dinâmica entre nós estava perfeitamente equilibrada entre prazer e domínio.
Eu não sabia quanto tempo tinha passado, mas naquele momento, apenas existia ela e as suas ordens, e eu, completamente entregue ao seu comando.
O jogo continuava no sofá
A Rosa parou. O silêncio que se seguiu foi intenso, apenas interrompido pelo som suave do saco que ela abria.
Escutei os seus movimentos, atento, enquanto retirava algo de dentro dele. A antecipação fazia o meu corpo vibrar.
“Levanta-te”, ordenou.
Fiz o que me mandou, ainda vendado, a respiração um pouco descompassada.
O calor no ar era palpável. Senti-a aproximar-se, as suas mãos a percorrerem o meu corpo até chegarem à cintura.
Num gesto preciso, despiu-me as calças, deixando-me exposto. O seu toque firme deslizou sobre mim, e foi impossível não reagir.
A Rosa soltou um riso baixo, quase satisfeita.
“Estás exatamente como eu esperava“, murmurou, como se estivesse a confirmar o seu domínio.
“Agora, deita-te no sofá.”
Obedeci sem contestar (nem podia). O tecido macio contra a minha pele contrastava com a sensação crua da vulnerabilidade em que me encontrava.
O som metálico ecoou pelo quarto quando senti os meus pulsos a serem presos.
As algemas apertaram-se em volta dos meus pulsos, restringindo qualquer tentativa de movimento.
“Assim está melhor”, comentou, satisfeita.
A Rosa afastou as minhas pernas, tomando o controlo total da situação.
Os seus dedos deslizaram suavemente pela minha pele, criando uma sensação excruciante de prazer e maldade.
Então, sem aviso, começou a masturbar-me, com movimentos lentos e provocadores.
O meu corpo reagiu de imediato. Mas tão depressa como começou, ela parou.
Um arrepio percorreu-me. Não sabia o que vinha a seguir, mas naquele momento, compreendi uma coisa: a Rosa estava a comandar este jogo, e eu estava totalmente à mercê dela.
“Fica em silêncio.” A voz da Rosa soou firme, cortando o ar denso entre nós. Não era um pedido, era uma ordem.
O meu corpo estava tenso, cada músculo à espera do próximo movimento.
“Escuta o barulho”, continuou.
O silêncio da sala foi interrompido por um som inesperado: a porta a abrir-se.
O meu coração disparou. Antes que pudesse dizer algo, a Rosa inclinou-se para mim, os lábios a roçarem a minha orelha.
“A minha cúmplice acabou de voltar.”
O ambiente ficou ainda mais pesado. Ouvia passos suaves aproximarem-se, uma cadeira a ser arrastada pelo chão.
Não havia palavras, apenas a presença invisível de alguém que agora fazia parte do jogo.
Antes que pudesse processar, senti a Rosa a mexer-se novamente. O toque fresco de algo a envolver-me fez-me prender a respiração.
Um anel peniano. O aperto súbito enviou ondas de eletricidade pelo meu corpo, um controlo silencioso sobre cada pulsação de desejo.
A Rosa não hesitou. Subiu para o sofá e posicionou-se sobre mim, sentindo-me cativo debaixo de si.
“Continua”, ordenou, numa voz baixa, mas carregada de autoridade.
Eu obedeci. A entrega era inevitável, e o jogo ainda estava longe de acabar.
A saliva escorria pela minha cara abaixo, misturando-se com o calor do momento. Sentia o mel da Rosa, a sua essência a marcar cada movimento meu.
O meu corpo estava em total sintonia com o dela, e o aperto firme do anel peniano mantinha-me numa tensão insuportável.
O meu caralho pulsava, contraído pelo anel, amplificando cada sensação, tornando tudo ainda mais intenso.
A Rosa sabia exatamente o que estava a fazer, e tinha um domínio completo sobre cada detalhe.
Eu estava ali, completamente entregue, sob o domínio dela, sem conseguir prever o que viria a seguir, apenas rendido ao jogo que ela comandava com precisão.
Foi então que a Rosa se inclinou para mim, os lábios perigosamente próximos do meu ouvido.
“Se te vieres agora, vais ser castigado”, murmurou, com a sua voz carregada de provocação.
O aviso ficou a pairar no ar, e antes que pudesse reagir, senti o calor dos seus lábios envolver-me.
Ela começou a chupar-me, lenta e intensamente, sabendo exatamente como levar-me ao limite.
Cada movimento da sua língua era calculado, um jogo de pura tortura, onde o prazer e a frustração se misturavam de forma insuportável.
O meu corpo retesava-se sob o efeito da sensação avassaladora.
O anel peniano apertava-me, intensificando cada pulsação, cada contração involuntária.
A Rosa sabia que eu estava a lutar para me conter, e era precisamente isso que a divertia, que a satisfazia.
O seu ritmo oscilava entre estímulos profundos e pausas inesperadas, prolongando a minha agonia de forma magistral.
Eu não sabia quanto tempo mais conseguiria aguentar. Mas uma coisa era certa: ela não ia parar até me ver à beira da rendição total.
De repente, a Rosa parou. O silêncio que se seguiu foi tão intenso que pude ouvir a minha própria respiração descompassada.
Por um momento, pensei que ela me daria uma trégua, mas rapidamente percebi que apenas estava a mudar o jogo.
Sem dizer uma palavra, puxou-me para cima e encostou o seu peito ao meu rosto.
“Agora, quero sentir a tua língua aqui”, ordenou, segurando-me firmemente pela nuca e guiando-me até às suas mamas.
O calor da pele dela contrastava com a firmeza do toque. Os seus dedos deslizaram pelo meu cabelo, alternando entre carícias e puxões controlados.
Enquanto a minha boca explorava cada curva, a Rosa inclinava a cabeça ligeiramente para trás, soltando suspiros de prazer, mas mantendo sempre a pose dominante.
Cada movimento era dela. Cada toque meu era guiado pelo seu desejo.
E eu estava ali, a seguir cada comando, completamente rendido ao jogo que ela controlava sem esforço.
Foi então que comecei a ouvir gemidos leves. Eram discretos, mas inconfundíveis.
Alguém estava a deleitar-se com tudo o que acontecia ali. A cúmplice de Rosa estava a assistir, a absorver cada detalhe, a tirar prazer da cena que se desenrolava à sua frente.
A Rosa percebeu a minha distração momentânea e puxou-me pelos cabelos, trazendo-me de volta ao foco.
“Estás a perder a concentração?”, perguntou, num tom que misturava provocação e desafio.
Mas ela própria estava tomada pelo desejo. Com o corpo já em brasa, decidiu que queria ter um orgasmo.
Não seria de qualquer forma—como dominatrix, queria fazê-lo à sua maneira, sob as suas próprias regras.
Soltou-me momentaneamente e deslizou os dedos pelo próprio corpo, prolongando a antecipação.
Depois, virou-se para mim e ordenou: “Ajoelha-te e fica quieto. Quero usar-te como o meu brinquedo esta noite.”
Orgamos intenso, mais gemidos e eu a vir-me
A atmosfera estava impregnada de desejo.
O meu corpo reagia a cada ordem dela, e a presença silenciosa da cúmplice apenas tornava tudo mais intenso, ampliando a carga de erotismo e mistério.
A Rosa não hesitou. O seu olhar fixo e a sua postura segura denunciavam uma intenção clara—ela não estava ali para ceder, mas para assumir o comando sem margem para resistência
O seu corpo deslizava com mestria, cada movimento calculado para aumentar a sua própria excitação.
As suas unhas fincavam-se na minha pele, deixando marcas de posse, traços subtis entre o prazer e a dor.
Os seus gemidos começaram como sussurros roucos, entrecortados por respirações pesadas, mas rapidamente se intensificaram.
O seu corpo cedia ao prazer crescente, entregando-se a uma libertação inevitável.
A cúmplice, até então espectadora silenciosa, não conseguiu conter-se. Ouvia-se o seu deleite fundir-se com o da Rosa, criando um ambiente ainda mais carregado de luxúria.
A Rosa, completamente envolvida no momento, apertou os meus pulsos, subjugando-me com uma força que refletia a sua ânsia.
O seu corpo tremia, os gemidos transformavam-se em murmúrios incontroláveis até que, num derradeiro movimento, atingiu o clímax.
O seu orgasmo foi uma demonstração de êxtase e domínio, um espetáculo de prazer e poder.
Mas a Rosa ainda não tinha terminado. Ainda havia algo mais.
Depois de recuperar o fôlego, inclinou-se para mim, os seus olhos ainda carregados de desejo e superioridade.
“Agora, és tu. Mas apenas quando eu quiser.”
O seu toque percorreu-me novamente, lento, provocador, um jogo de tentação e negação.
Com uma mestria exasperante, a Rosa alternava entre estímulos e pausas, mantendo-me suspenso entre o prazer e a frustração.
Sentia-me à beira do limite, cada segundo a tornar-se uma tortura deliciosa, até que, finalmente, ela decidiu que era chegada a hora.
Com um sorriso carregado de malícia, acelerou os movimentos da punheta. O meu corpo respondeu de imediato, incapaz de se conter por mais tempo.
O êxtase apoderou-se de mim numa onda avassaladora, arrebatando-me por completo, reduzindo-me a uma rendição absoluta.
Eu tinha jorrado muito leite. Leite quente que escorria pela minha barriga, estava na mão da Rosa e era provado por si, a cada levada de língua ao meu tronco.
Quando tudo terminou, a Rosa afastou-se ligeiramente, observando-me com um olhar de triunfo e satisfação plena.
“Bom rapaz”, murmurou, os seus dedos roçando os meus lábios antes de se erguer, deixando-me ali, ainda a recuperar da intensidade do momento.
Era hora de a aventura acabar
A cúmplice saiu sem dizer uma palavra, deixando apenas o eco dos seus passos pelo alojamento.
O mistério da sua identidade permanecia, mas naquele momento, isso já não me importava.
A Rosa olhou-me com um sorriso enigmático e disse: “Acho que precisamos de um banho.”
Pegou-me pela mão e guiou-me até à casa de banho. A água quente escorria sobre os nossos corpos nus, misturando-se com o calor que ainda vibrava entre nós.
Entre risos, toques e provocações, a Rosa continuava a testar os meus limites, sem pressa, mantendo a tensão viva.
O vapor tomava conta do espaço, criando uma atmosfera ainda mais envolvente.
A Rosa esfregava o seu corpo contra o meu, como se ainda quisesse prolongar a brincadeira.
Os seus dedos deslizavam pelo meu peito, e os seus lábios roçavam o meu pescoço, deixando um rasto de desejo.
Apesar de toda a intensidade que já tínhamos vivido, o fogo entre nós estava longe de se extinguir.
O banho tornou-se um jogo de provocações mútuas.
As suas mãos exploravam-me sem pressa, enquanto os nossos corpos se moviam juntos sob a água que deslizava sem pudor.
Os beijos eram lentos, mas carregados de intenção, como se quiséssemos prolongar aquele momento indefinidamente.
Quando saímos do duche, as toalhas ainda coladas ao corpo, os olhares trocaram-se num entendimento silencioso.
Não havia mais ordens, não havia mais jogos de poder—apenas desejo puro. a Rosa inclinou-se sobre a bancada, apoiando-se, e sem hesitação, afundei-me nela.
O ritmo era intenso, diferente de tudo o que tínhamos vivido até então. Ali, não havia submissão nem domínio, apenas o prazer cru e partilhado.
Os nossos corpos moviam-se em sintonia, embalados pelo desejo e pela necessidade de prolongar o prazer.
Não havia pressa, não havia restrições—apenas o instinto a guiar cada investida, cada gemido, cada arrepio que percorria a nossa pele molhada.
Os seus dedos cravaram-se nos meus braços enquanto os seus lábios soltavam gemidos entrecortados pelo prazer.
O clímax chegou para ambos, intenso e arrebatador, como se fosse o desfecho perfeito para um jogo que se estendeu além do que qualquer um de nós tinha previsto.
O silêncio que se seguiu foi apenas quebrado pela nossa respiração ofegante e pelo som distante das ondas a bater na costa.
Horas depois, deitado na cama, a pergunta que se formava na minha mente não me deixava em paz. Quem tinha sido a cúmplice?
O meu telemóvel vibrou. Era uma mensagem da Bruna.
Contei-lhe tudo, em detalhe. A resposta dela veio quase de imediato:
“Nada disso me surpreende.”
Fiquei a olhar para o ecrã por instantes. Terá sido ela a cúmplice?
Nunca saberei.