Depois do turno, o encontro no carro (Jorge e Luís)

Olá! Eu estou contente por partilhar contigo esta nova rubrica, um desafio que surge em resposta a numerosos pedidos dos meus seguidores.

Ao longo do tempo, muitos deles (e delas também) expressaram o desejo de ler contos gay, elogiando a minha escrita e mostrando uma curiosidade contagiante para explorar até onde pode ir a minha imaginação.

Como no passado já disse que sou hétero flexível (no fundo, sou um curioso, embora não sinta atração por homens), talvez essa informação tenha influenciado muitos que me cheguem a fazer este pedido.

Este projeto é uma oportunidade emocionante para mergulhar em novas histórias e explorar narrativas que prometem ser tanto envolventes quanto inovadoras.

Agradeço o vosso apoio constante e estou ansioso para ver o que esta aventura nos reserva. Espero que desfrutem das histórias tanto quanto eu estou a disfrutar de escrevê-las.

Por fim, dizer que lançarei, juntamente com a Intimate, ações para que confissões cheguem até nós (tanto confissões gay, como confissões lésbicas).

Agora, vamos juntos explorar os limites da minha imaginação.

Trabalhavam juntos há 2 anos num grande supermercado

O Jorge e Luís trabalhavam juntos há dois anos num grande supermercado que nunca parecia descansar.

A sua rotina era a de sempre: começavam cedo, antes do sol nascer, e passavam o dia a reabastecer as prateleiras, a reorganizar produtos e a garantir que cada corredor estivesse impecável para os clientes.

A tarefa de reposição de produtos era meticulosa e exigente, mas havia uma certa calma nas horas tranquilas da madrugada que os permitia trabalhar lado a lado, quase em sintonia.

Nos primeiros meses, o trabalho tinha sido um simples cumprimento das tarefas, mas com o tempo, a relação entre os dois começou a evoluir.

O Luís, casado e dedicado à sua família, era conhecido por todos como um homem de princípios e responsabilidade. O Jorge, mais jovem e ainda à procura do seu caminho, encontrava no Luís uma espécie de mentor, alguém que, apesar das diferenças, parecia compreender as suas inquietações.

As conversas durante o turno eram sempre uma mistura de assuntos do dia-a-dia e de histórias pessoais.

O Luís falava sobre a sua esposa e filhos com um sorriso orgulhoso, enquanto o Jorge partilhava as suas aspirações e sonhos incertos.

A empatia entre eles crescia a cada dia, tornando as longas horas de trabalho mais agradáveis. Mas com o tempo, algo mudou.

O sentimento de camaradagem que inicialmente partilhavam começou a adquirir uma profundidade inesperada.

Enquanto as luzes do supermercado brilhavam intensamente durante o dia, a noite trazia uma nova sensação.

Às vezes, quando os turnos se estendiam para além do previsto e o supermercado permanecia aberto para reabastecimento, o Jorge e Luís acabavam a trabalhar juntos durante a madrugada.

Era nessas horas silenciosas e solitárias, longe dos olhares curiosos, que a verdadeira essência do que sentiam um pelo outro começava a emergir.

A madrugada no supermercado tinha uma atmosfera quase mágica, onde as sombras e a luz artificial criavam um ambiente que parecia propício para revelações.

As conversas eram mais pessoais, os risos mais sinceros e, por vezes, os olhares que trocavam diziam mais do que qualquer palavra poderia expressar.

Era nesse espaço de tempo, livre das distrações do mundo exterior, que ambos se permitiam explorar a conexão que, de alguma forma, tinham tentado ignorar.

Afinal, quando é que os 2 se envolveram? Como tudo começou?

Talvez a descrição seguinte explique e te leve para o desenrolar desta história.

O momento que despoletou tudo

Esta era a primeira vez que o Jorge ia com os colegas jogar futsal a um pavilhão.

Os colegas tinham o hábito de jogar uma vez por semana e, por norma, o jogo começava 4 horas antes do turno do Luís e do Jorge se iniciar.

Tendo em conta esta questão, dava mais do que tempo de o Luís e o Jorge jogarem e se prepararem para o treino.

Era menos um dia perto da família e amigos, mas mais um dia em que a confraternização entre colegas acontecia.

Após o jogo, todos foram para os balneários para tomar um banho e refrescar-se.

O Jorge, como sempre e por conta da sua personalidade, estava à vontade e despreocupado, mas percebeu um olhar novo no comportamento do Luís.

Enquanto se despia e se dirigia para o chuveiro, notou que o olhar do Luís estava fixo nele, de uma forma que não conseguia ignorar.

A atenção que o Luís prestava ao seu corpo, o modo como os seus olhos seguiam cada movimento, fez com que o Jorge sentisse um frio na espinha e uma nova perceção daquilo que estava a crescer entre eles.

O Jorge, com apenas uma namorada no passado, sempre se viu mais confortável com relacionamentos heterossexuais.

No entanto, havia momentos em que sentia uma atração inexplicável por homens, uma emoção que tentava repelir a todo o custo.

Essas sensações conflitantes perturbavam-no, pois ele não sabia como lidar com elas, especialmente enquanto procurava entender melhor a sua própria identidade.

A situação tornava-se ainda mais complexa quando, em momentos de vulnerabilidade, como após o jogo de futebol e o olhar intenso de Luís, o Jorge se via confrontado com estas emoções que tentava reprimir, mas que agora pareciam estar à flor da pele.

Depois do banho, o Jorge vestiu-se rapidamente, tentando afastar as ideias que lhe vinham à mente. No entanto, a imagem do olhar intenso de Luís não o deixava em paz.

Ao entrar no seu carro para ir trabalhar no supermercado, a lembrança da cena no balneário voltou à sua mente com força.

Imaginou o Luís a observá-lo, a maneira como o seu olhar parecia apreciar cada detalhe do seu corpo.

Esta nova fantasia inesperada fez com que o Jorge sentisse um misto de excitação e confusão, e rapidamente percebeu que estava bem duro.

O desejo não correspondido e a tensão crescente entre eles estavam a afetá-lo de formas que não conseguia ignorar, deixando-o perplexo e inquieto enquanto dirigia para o trabalho.

Naquela noite, o Jorge sentia-se particularmente nervoso enquanto trabalhava. O pensamento do Luís e a cena do balneário pairavam sobre ele, tornando cada tarefa uma luta contra a sua própria inquietação.

O Luís notou a tensão no Jorge, mas, por algum motivo, decidiu não abordar a situação diretamente.

Em vez disso, evitou-o discretamente, limitando as interações ao mínimo necessário. No final do turno, o Jorge sentiu um alívio quando finalmente saiu do supermercado.

Mais tarde, enquanto estava em casa, agarrou no telefone e começou a conversar com Luís pelo WhatsApp.

A conversa começou de forma casual, com ambos a abordarem o trabalho e outros tópicos banais, mas o tom estava carregado de uma tensão subjacente.

O Luís, notando o nervosismo de Jorge (nas suas palavras pouco habituais e até na sua forma de escrever), tentou ser compreensivo, mas a conversa manteve-se cautelosa e cheia de entrelinhas.

A comunicação digital tornou-se uma forma de explorar os sentimentos e as inquietações que tinham ficado suspensos no ar, sem precisar enfrentar diretamente a tensão que ambos sentiam.

Durante a conversa pelo WhatsApp, o Jorge encontrou coragem para dar a entender o que se passara.

Com alguma hesitação, mencionou que o olhar de Luís no balneário o havia afetado de uma maneira que não conseguia ignorar.

O Luís, ao ler a mensagem, sentiu um nó na garganta. Decidiu ser honesto sobre os seus sentimentos, mesmo com o medo da reação de Jorge.

“Jorge, vou ser sincero contigo. A verdade é que… eu realmente apreciei o que vi” – o Luís digitou, tentando encontrar as palavras certas.

“Eu sei que pode parecer inesperado, e peço desculpa se a minha sinceridade te incomodou de alguma forma. Só que não podia deixar de te dizer a verdade. Talvez esteja a abrir uma caixa de pandora, especialmente porque sou casado”.

O Jorge ficou em silêncio por alguns momentos e a olhar para a conversa, processando as palavras do Luís.

Finalmente, respondeu com uma mistura de surpresa e alívio.

“Luís, obrigado pela honestidade. Não esperava ouvir isso, mas agora entendo o que se passou. Vou aproveitar para desabafar… eu acho que sinto atração por homens, mas tenho medo ou vergonha de o assumir.

O que será que se passa comigo? Por favor, não contes a ninguém”.

Ao ler a mensagem do Jorge, o Luís sentiu uma onda de compaixão. Sabia que essa era uma confissão delicada e queria oferecer o máximo de apoio possível.

“Jorge, relaxa. O que acabaste de dizer é o nosso segredo. Não tens de ter vergonha do que sentes. Todos nós passamos por momentos de dúvida e descoberta ao longo da vida. Não te esqueças que temos diferença de 11 anos, a vida já me ensinou algumas coisas. O importante é seres verdadeiro contigo mesmo”.

O Luís fez uma pausa antes de continuar.

“Se quiseres, podemos encontrar-nos amanhã, duas horas antes do trabalho. Assim, podemos conversar mais à vontade e eu posso ajudar-te a entender melhor o que estás a sentir”.

O Jorge respirou fundo do outro lado do ecrã, sentindo-se aliviado pela compreensão do Luís e pela oferta de apoio.

Era um passo em frente para lidar com os seus sentimentos e a situação complicada que estava a enfrentar.

Concordou em encontrar-se com ele no dia seguinte, antes do turno se iniciar.

Primeiro encontro no carro e um calor sem explicação

No dia seguinte, o Jorge chegou ao ponto combinado duas horas antes do início do turno, nervoso e expectante.

O Luís já estava à sua espera dentro do seu Renault Clio cinzento, e ao vê-lo, o Jorge sentiu uma mistura de alívio e ansiedade.

O Jorge entrou no carro do Luís, um espaço que parecia mais íntimo e acolhedor com as janelas fechadas e o ambiente mais tranquilo.

Enquanto conversavam, o Luís ouviu atentamente as dúvidas e receios do Jorge, oferecendo palavras de conforto e compreensão.

A conversa fluiu de forma natural, e o Luís conseguiu tranquilizar o Jorge, ajudando-o a ver que os sentimentos que estava a experimentar eram parte de um processo de descoberta pessoal.

O Luís falava com calma e sinceridade, e o ambiente dentro do carro começou a criar uma intimidade inesperada.

“Jorge, há algo que preciso contar-te” – começou Luís, hesitante, mas decidido – “embora eu esteja casado, tenho de ser honesto contigo. Na minha vida, já tive algumas experiências com homens. Não me considero completamente gay, mas sim bissexual. É algo que sempre mantive em segredo, mesmo da minha esposa”.

O Jorge olhou para o Luís com atenção, sentindo a profundidade das suas palavras.

O Luís continuou com a sua voz emocionada, com uma mistura de receio e alívio.

“A verdade é que ela não sabe nada sobre essa parte da minha vida. Sempre tive medo de que ela não compreendesse ou aceitasse. Nunca soube como lidar com isso, e, por conseguinte, tudo o que vivi com outros homens foi mantido em segredo”.

O ambiente no carro estava carregado de uma nova tensão, uma mistura de compreensão e vulnerabilidade.

O Jorge sentiu-se tocado pela sinceridade do Luís e pela coragem de partilhar algo tão pessoal e escondido.

A confiança entre eles estava a crescer, e o Jorge percebeu que, apesar das dificuldades e do medo, ambos estavam a enfrentar a sua própria jornada de descoberta.

O Luís, notando o impacto das suas palavras, acrescentou:

“Não sei onde isto nos vai levar, Jorge, mas quero que saibas que estou aqui para ti. E se precisares de alguém para conversar ou desabafar, estou à disposição”.

O Jorge, com um misto de alívio e apreensão, assentiu.

As palavras do Luís tinham criado um espaço de compreensão e empatia entre eles, e ambos estavam prestes a explorar uma nova dimensão da sua relação.

O calor do momento, no entanto, começou a criar uma tensão palpável entre eles, um calor inexplicável que parecia envolver o carro.

De repente, o ambiente silencioso e a proximidade fizeram com que ambos se aproximassem.

Olharam-se nos olhos, e sem mais palavras, a atração acumulada tomou conta deles.

O Luís inclinou-se lentamente para a frente e, hesitante mas decidido, tocou os lábios do Jorge com os seus.

O beijo foi suave no início, mas rapidamente se intensificou, carregado de uma paixão reprimida e de um desejo que não podiam mais negar.

Línguas a entrelaçarem-se, saliva, bem quentes… ambos ficaram muito duros.

Dentro do carro, escondidos das luzes do estacionamento, ambos sentiram o coração a mil.

O beijo fez com que se sentissem vivos e conectados de uma forma que nunca tinham experimentado antes.

A tensão e o calor que se acumulavam foram libertos naquele momento, criando uma sensação de intimidade e desejo profundo.

Quando finalmente se separaram, ambos estavam ofegantes e com o coração acelerado.

A experiência foi intensa e reveladora, deixando-os com um misto de excitação e perplexidade sobre o que significava para o futuro da relação deles.

O Luís, ainda com um sorriso nos lábios, murmurou:

“Jorge, tenho de te dizer… beijas muito bem” – murmurou o Luís, com a voz carregada de um tom de admiração.

Ele então, com um gesto um pouco constrangido, puxou um pouco das suas calças e, com um sorriso meio envergonhado, acrescentou:

“E, para ser sincero, o beijo deixou-me bem duro. Sinto-me um pouco… apertado aqui”.

O comentário do Luís, embora direto, era também uma expressão honesta do desejo que estava a sentir.

Com um tom hesitante, mas determinado, o Jorge olhou para Luís e fez um pedido.

“Luís, posso ver o que estás a sentir? Queria… queria ver como estás duro, abre as calças”.

O Luís, surpreso e ao mesmo tempo interessado na sinceridade do Jorge, hesitou por um momento, mas, vendo o olhar desejoso e a confiança que estavam a construir, acedeu.

Com cuidado, abriu um pouco as calças para mostrar ao Jorge o efeito do beijo. Depois, abriu totalmente a braguilha, abaixou os boxers e mostrou o seu pau.

Ereto, veias salientes, glande rosada e a pulsar. Aos poucos, o Luís começou a apertou o membro, segurando-o no meio, agitando-o, enquanto olhava para o Jorge.

O coração do Luís parecia que ia sair-lhe pela boca. Ele sentia a pulsação no pescoço, mas também no seu caralho bem duro.

Na mente dele, já imaginava o Jorge a pedir para o masturbar, a agachar-se um pouco para o chupar… lentamente, a saborear cada fluido, a sentir como a pele dele estava quente.

O cenário imaginário não tardou a tornar-se realidade e o Jorge…

Parte 2

O Jorge olhava para o pau duro do Luís, enquanto a sua própria respiração acelerava.

A visão daquele membro pulsante, exposto e vulnerável, mexia com algo profundo dentro de si — um desejo latente que ele não conseguia mais conter.

O carro, pequeno e fechado, tornava-se um universo à parte, onde as regras do mundo exterior não se aplicavam.

Com um movimento hesitante, mas guiado pelo instinto, o Jorge inclinou-se para a frente. A sua mão envolveu o pau do Luís com mais firmeza desta vez, sentindo o calor e a dureza que parecia latejar entre os seus dedos.

O Luís respirou fundo, com os seus olhos fixos nos do Jorge, completamente submerso no momento.

O Jorge aproximou os lábios, sentindo o calor que emanava da pele exposta de Luís. Inicialmente, deu-lhe um beijo suave na ponta, os lábios a roçar levemente a glande.

Sentiu o sabor ligeiramente salgado do fluído pré-ejaculatório que já começava a surgir, um indício do desejo crescente de ambos.

O Luís soltou um gemido baixo, quase gutural, ao sentir o toque suave e, ao mesmo tempo, eletrizante do Jorge.

Sem pensar muito, o Jorge deixou-se levar. Envolveu a cabeça do pau do Luís com a boca, sugando devagarinho, explorando com a língua cada veia e cada contorno.

A glande inchada e sensível reagia a cada movimento, o Luís segurou-se nos assentos, os músculos tensos, como se estivesse a tentar controlar a onda de prazer que o dominava.

O Jorge sentia o poder daquele momento, sentia a forma como cada movimento da sua boca fazia o Luís contorcer-se ligeiramente, e isso apenas o excitava mais.

Com os lábios envoltos no pau do Luís, o Jorge começou a aumentar o ritmo, aprofundando cada vez mais a boca no comprimento. A sensação de controlo e vulnerabilidade ao mesmo tempo era inebriante, e ele sabia que estava a cruzar um limite — um que não tinha retorno, mas que desejava desesperadamente explorar.

O som da boca do Jorge, molhada e ritmada, ecoava no silêncio do carro, cada vez mais intensificado pelos gemidos baixos e ofegantes de Luís.

O Luís, completamente subjugado pelo prazer, levou uma mão à cabeça de Jorge, enfiando os dedos pelos seus cabelos, guiando-o gentilmente, mas com firmeza.

Ele não conseguia controlar os seus próprios movimentos, o prazer era tão intenso que o corpo parecia agir por conta própria.

Os olhos semicerrados, os lábios entreabertos, cada gemido dele era uma confissão do quanto estava a ser afetado.

“Jorge, porra… continua… não pares…” — murmurou o Luís, a voz rouca, entrecortada pelo prazer.

Ele começou a mover ligeiramente os quadris, empurrando o pau mais fundo na boca do Jorge, sentindo a garganta quente dele a apertar em torno da sua ereção.

O ritmo aumentava, mais intenso, mais desesperado. A cada segundo que passava, a conexão entre eles tornava-se mais relevante.

O Luís segurou-se, então, ao volante, sendo que os músculos das pernas ficaram tensos, enquanto o Jorge, num impulso quase instintivo, começou a explorar o que estava a acontecer entre eles.

As suas mãos, tremendo de excitação, deslizaram ao longo da pele de Luís, sentindo a pulsação do momento e ainda a pele do escroto do Luís. Passou a língua, sugou um dos testículos, colocando os dois de uma só vez.

O ritmo no interior do carro acelerava, e ambos estavam cientes da linha que estavam a cruzar.

O Jorge sentia o corpo do Luís a reagir, cada movimento a criar uma onda de eletricidade que corria pelo ar. Ele ia vir-se e seria a primeira vez que o Jorge ia ter um homem a ter o orgasmo graças ao seu sexo oral.

A intensidade crescia, misturando vulnerabilidade com um desejo inegável, ambos conscientes de que estavam prestes a entrar numa nova dimensão da relação.

Enquanto o Jorge se deixava levar, a tensão no carro transformava-se em algo visível, como um fio de energia que os ligava. O olhar de Luís fixava-se no Jorge, refletindo a luta entre a razão e o desejo, e isso apenas intensificava a situação.

Os instintos falavam mais alto, e as mãos do Jorge começavam a traçar o contorno do corpo de Luís, seguindo cada curva, cada linha, revelando um misto de curiosidade e urgência. O coração dele batia descompassado, e a mente estava focada apenas no momento presente, enquanto o desejo tomava conta de ambos.

O Lúis, a dado momento contraiu os músculos e ele percebeu que estava prestes a alcançar o clímax.

“Vou-me vir, fica aqui, não saias por favor” – disse o Luís ao Jorge, ou seja, queria vir-se na boca dele.

Com um gemido baixo que escapou dos seus lábios, o Luís fechou os olhos, entregando-se completamente à sensação que o dominava.

O carro tremia ligeiramente, refletindo a intensidade daquele instante. Era como se o tempo tivesse parado, e tudo à sua volta desaparecesse, exceto a conexão que partilhavam.

Este foi um orgasmo intenso, com muito tesão acumulado, pois o Luís já não se relacionava com um homem há muito tempo.

O momento foi intenso e revelador, deixando um misto de satisfação e um novo entendimento sobre a relação que estava a desenvolver-se entre eles, mas isto não ficava por aqui – era a vez do Jorge ter prazer.

O Luís ligou o carro e foram escondê-lo atrás da casa abandonada

O Luís, ainda ofegante após o intenso momento que partilharam no carro, olhou para o Jorge com uma expressão que misturava desejo e um leve nervosismo.

A atmosfera estava carregada, e ele sentiu que a conexão entre eles era forte o suficiente para dar o próximo passo.

“E se fôssemos para um lugar mais reservado? A apenas dois minutos daqui, há uma casa abandonada. Posso estacionar o carro atrás dela, assim ficamos completamente sozinhos e o carro fica escondido”, sugeriu o Luís, com a voz suave, mas determinada.

“Quero mostrar-te uma surpresa. Sinto que este momento é especial e quero vivê-lo contigo”.

O Jorge, que também sentia a necessidade de aprofundar aquela experiência, olhou nos olhos do Luís e assentiu.

“Temos tempo antes do turno começar, certo?” perguntou, a voz baixa, mas cheia de expectativa.

O Luís sorriu, tranquilizando-o. “Sim, temos tempo. Vamos aproveitar”.

A resposta fez com que o coração do Jorge disparasse, sabendo que aquele momento era só deles.

O sorriso que se formou no seu rosto refletia a excitação e a curiosidade sobre o que viria a seguir. Ele sempre fora alguém que gostava de explorar novas possibilidades, e esta era uma oportunidade que não queria perder.

O Luís ligou o carro, e o motor ronronou suavemente enquanto ele manobrava para fora do estacionamento. O trajeto parecia curto, mas cada segundo parecia arrastar-se, cheio de expectativa. O silêncio dentro do carro era confortável, com ambos a digerirem o que tinha acontecido até ali.

Quando chegaram à casa abandonada, o Luís estacionou o carro atrás dela, longe dos olhares curiosos. O lugar era isolado, rodeado de vegetação densa e árvores altas que protegiam o ambiente. Ele desligou o motor e virou-se para o Jorge, que estava claramente nervoso, mas animado.

“Estamos sozinhos”, disse o Luís, com um sorriso malicioso. Ele abriu a porta e saiu, dando uma volta para o lado do Jorge, que ainda estava a processar a situação. Ao abrir a porta, a brisa fresca da noite entrou no carro, trazendo consigo um cheiro de terra molhada e folhas secas.

Antes que o Jorge pudesse articular qualquer pensamento, o Luís inclinou-se e beijou-o. O beijo foi intenso, com resquícios do oral feito pelo Jorge (o gosto do leite do Luís) e carregado de desejo, um momento que parecia suspenso no tempo.

Depois de se separarem, o Luís pediu ao Jorge para sair do carro, enquanto ele se sentava no banco do pendura.

O Jorge ficou de pé ao lado do carro, um misto de nervosismo e excitação a percorrer-lhe o corpo. O olhar de Luís era fixo nele, e um sorriso de cumplicidade surgiu no rosto do mais velho.

Com um movimento decidido, o Luís começou a abrir as calças do Jorge, com a confissão a escapar-lhe quase involuntariamente: “Sinto saudades disto, do que estamos prestes a fazer”.

As palavras deixaram o Jorge em silêncio, um frio na barriga e uma vontade avassaladora de se deixar levar por aquele momento.

Por uns segundos, o Luís ficou a apreciar o membro do Jorge. Grosso, um pouco maior do que o seu, desviado para a direita, bem depilado e pronto a ser chupado. Com a mão direita agarrou nele, puxou o Jorge com a mão esquerda para si (agarrando pelo anca) e começou a sentir a pele quente.

O Jorge, sendo a primeira vez, sentiu um arrepio a atravessar-lhe a espinha. Que sensação incrível e libertadora ele sentia.

Por sua vez, o Luís começou a fazer um oral muito provocante, com movimentos “agressivos” e vorazes. Cheio de vontade, colocava o pau todo na boca e levava-o até ele sentir o seu queixo a tocar nos tomates do Jorge.

Engasgava-se, a saliva escorria, o Jorge dizia palavrões e o tesão continuava em crescendo.

Por vezes, tirava o pau da boca e sacudia-o, batendo com a pele quente nos seus lábios. O Jorge estava a ficar louco com tudo e queria o mesmo tratamento que tinha dado ao Luís, isto é, que se viesse na boca dele.

Na verdade, nem precisou dizer nada, porque o Luís de seguida afirmou que queria sentir o leite quente a escorrer-lhe pelos lábios.

“Antes disso e para terminares, vai matar-me as saudades. Quero que me fodas de quatro aqui. Queres?”.

Os olhos do Jorge abriram-se de admiração, mas ao mesmo tempo de uma vontade que o consumiu naquele momento.

“Eu tenho um preservativo aqui dentro do carro. Deixa-me ir procurá-lo num instante”.

O Jorge afastou-se, o Luís levantou-se e virou-se para dentro do carro, colocando a mão dentro de uma zona onde guardava a carteira e o telemóvel. Passado uns segundos, encontrou o preservativo e agarrou-o com a mão esquerda.

“Aqui está ele, vou colocar-to neste pau maravilhoso” – disse o Jorge a olhar para o preservativo com toda a excitação possível.

Neste mesmo instante, o inevitável aconteceu e o ambinente mudou por completo.

O telefone do Luís tocou, interrompendo a atmosfera carregada de tensão entre eles. Ele olhou para o visor e viu que era o chefe. Com um olhar ligeiro de preocupação, atendeu.

“Olá, Luís. Estou a ligar para saber se podes vir um pouco mais cedo para o turno hoje. Precisamos de ti para ajudar na reposição de algumas prateleiras”, disse a voz do outro lado.

O Luís hesitou por um momento, olhando para o Jorge, que também o observava, curioso sobre a conversa. “Sim, claro. Posso chegar em meia hora”, respondeu ele, tentando manter a calma.

Desligou, sentindo a pressão do tempo a aumentar. O olhar no rosto do Jorge misturava alívio e um pouco de frustração, pois a conexão que estavam a desenvolver parecia estar a ser interrompida.

“Parece que temos de ir”, disse o Luís, com um tom de desculpa. “Mas antes de irmos mereces um final feliz”.

O Luís voltou a pediu para o Jorge colocar o pau dentro da boca dele, estando agora menos duro, mas isso rapidamente mudou de cenário quando o Luís pediu para ele agarrar no seu cabelo e foder-lhe a boca sem parar.

“Fode-me a boca, mete fundo e faz-me engasgar. Vem-te todo nesta garganta”.

O Jorge, sem hesitações, agarrou com as duas mãos e puxou o cabelo com firmeza. Depois sentiu o pau a entrar suavemente, até meio, continuando até ao fim. Em poucos minutos (talvez uns 3 minutos), o Jorge atingiu o clímax e veio-se imensamente.

A quantidade de esperma foi tanta que parte ainda foi para a cara do Luís, por conta dos movimentos de excitação do Jorge.

O Luís riu-se com a situação, engoliu todo aquele leite e agradeceu todo o momento.

“Obrigado por me teres matado as saudades. Imaginava isto desde há muito tempo. Daqui a umas horas, matas-me aquilo que não conseguimos terminar”.

Um turno com muita ansiedade e provocações

Voltaram para o carro com o ar pesado de um encontro por terminar. O Luís, ainda a tentar recuperar o controlo, agarrou o volante com mais força do que o normal, os dedos crispados, como se quisesse prender ali o que sentia. Não disseram uma palavra durante o caminho.

O silêncio era carregado, mas não desconfortável – ambos sabiam que o que tinha acontecido não ia ser fácil de ignorar, mas também não estavam prontos para discutir. O Jorge, de olhos fixos na estrada, ainda sentia o arrepio a percorrer-lhe a espinha, enquanto processava o que acabara de viver.

A viagem, que normalmente seria rápida, parecia interminável. Cada semáforo fechado, cada curva, era uma oportunidade para os dois se afundarem ainda mais nos próprios pensamentos.

O motor do carro roncava suave, mas os corações de ambos batiam forte, como se estivessem a antecipar algo mais. O Luís mexia-se no banco, inquieto, sentindo o corpo ainda quente, enquanto o Jorge mantinha as mãos pousadas nas coxas, numa tentativa de manter a calma.

Ao chegarem ao supermercado, o Luís saiu rapidamente do carro, com um aceno discreto e um “Até já” murmurado, antes de caminhar para a entrada, com os ombros tensos.

Ele sabia que não podia entrar logo com o Jorge atrás de si – não com a cabeça cheia de tudo o que se tinha passado.

O Jorge, por sua vez, ficou uns minutos sentado, a olhar para o volante, como se tentasse encontrar as palavras certas, ou pelo menos um modo de entrar com alguma compostura.

Depois de alguns minutos, o Jorge respirou fundo e entrou. Ao cruzar a porta do supermercado, o ambiente familiar – o cheiro dos produtos frescos, o som de carrinhos de compras a deslizar pelo chão – trouxe-lhe alguma calma.

Contudo, a presença do Luís a trabalhar na secção das bebidas era impossível de ignorar.

Os dois estavam a fazer turnos juntos, mas a distância entre eles parecia calculada. O Jorge ficou a arrumar prateleiras na secção de produtos secos enquanto o Luís lidava com a reposição das garrafas.

Cada vez que passavam um pelo outro, havia um breve contacto visual – olhares rápidos, mas cheios de tensão.

Não era algo que os outros pudessem notar facilmente, mas para eles, cada olhar parecia carregar uma onda de energia que fazia o corpo reagir.

À medida que o turno avançava, o trabalho tornou-se um disfarce. O Jorge atirava-se às tarefas com mais vigor do que o normal, talvez numa tentativa de afogar os pensamentos. Movia-se com rapidez, quase com pressa de acabar.

O Luís, por outro lado, tentava manter-se impassível, mas o nervosismo nos seus gestos denunciava o que se passava na sua cabeça.

Quando os braços dos dois se roçavam acidentalmente ao passar por um corredor ou ao trocar de lugar na zona das caixas, a eletricidade era imediata. Não precisavam de palavras – cada toque involuntário falava por si.

O Luís apertava os lábios, respirando fundo, enquanto o Jorge, de cabeça baixa, sentia o sangue a correr-lhe mais depressa.

A tensão entre eles era evidente, e o esforço para a disfarçar tornava-se uma provocação silenciosa. Ao longo do turno, ambos se desafiavam de formas pequenas, quase imperceptíveis.

Quando o Jorge teve de passar por detrás do Luís numa passagem estreita entre as prateleiras, o seu braço roçou nas costas dele, de propósito ou não, era difícil de dizer.

O Luís, que estava a organizar algumas garrafas, ficou imóvel por um segundo, sentindo o calor do contacto a atravessar-lhe a camisa. Os olhos do Jorge permaneceram fixos nas prateleiras à frente, como se nada tivesse acontecido, mas o arrepio nas costas do Luís era real.

À medida que o tempo passava, a sensação de algo inacabado pairava sobre eles. O Jorge, numa tentativa de distrair-se, focava-se no trabalho, mas a imagem do Luís a chupá-lo tão bem voltava constantemente.

Cada vez que o via a movimentar-se, os músculos a trabalhar sob a camisa justa, a memória daquilo que tinham partilhado fazia-o vacilar por dentro.

O Luís, por sua vez, tentava manter o foco no que tinha à frente, mas cada vez que Jorge se aproximava, sentia o corpo a aquecer. As horas pareciam passar devagar, cada minuto marcado por uma mistura de ansiedade e desejo contido.

Perto do fim do turno, os dois cruzaram-se novamente. Desta vez, o Jorge olhou para o Luís diretamente nos olhos, sem desviar o olhar, como se quisesse saber se ele também sentia o peso daquela provocação silenciosa.

O Luís apertou os punhos, tentando manter a compostura, mas o silêncio entre eles dizia mais do que qualquer palavra.

Quando faltavam apenas dez minutos para o final do turno, o Luís decidiu quebrar o silêncio.

Ainda era de madrugada e voltaram à casa abandonada

O Luís aproximou-se do Jorge, que estava a arrumar alguns produtos na prateleira, e perguntou de forma casual:

— Então, já vais para casa?

O Jorge parou por um momento, sentindo o peso da pergunta. A voz do Luís, mesmo que descontraída, parecia carregar um significado diferente.

Ele virou-se lentamente, encarando o Luís, que esperava a resposta com um olhar curioso.

— Sim, acho que sim — respondeu o Jorge, tentando parecer despreocupado, mas a tensão no ar era visível.

— Não queres ficar mais um bocado? — sugeriu o Luís, com um sorriso que não conseguia esconder a ansiedade que lhe corria nas veias.

A troca de olhares entre eles era intensa. O Jorge sentia a adrenalina a correr, e a ideia de prolongar a noite despertava-lhe um misto de excitação e receio.

As horas passadas juntos no supermercado pareciam insuficientes para explorar tudo o que ainda restava por dizer e fazer.

Enquanto se separavam para terminar o turno, o Jorge sentiu o telemóvel vibrar no bolso. Era uma mensagem do Luís: “Vamos voltar lá, no mesmo sítio. O que dizes?”

Sem pensar muito, o Jorge respondeu com um simples “Ok”, já com a mente a antecipar o que estava por vir.

Sabiam exatamente onde se reencontrariam, no lugar onde tudo tinha começado. O relógio marcava os minutos finais, mas para eles, aquele instante parecia suspenso no tempo.

Era de madrugada quando saíram do turno, a escuridão ainda envolvia tudo à sua volta. Os faróis dos carros iluminavam a estrada deserta enquanto cada um seguia o seu caminho, mas a ideia de se reencontrarem na casa abandonada pairava nas suas mentes.

Depois de alguns minutos, o Luís chegou primeiro ao local. Estacionou o carro atrás da casa, garantindo que ninguém os visse.

O silêncio do ambiente envolvia-o, e ele sentiu uma onda de excitação ao recordar o que tinham vivido anteriormente.

Pouco depois, o Jorge apareceu, estacionou e entrou dentro do carro do Luís. O coração dele batia acelerado enquanto saía do carro, ansioso pelo que viria a seguir. A lua iluminava ainda mais o espaço, proporcionando uma atmosfera mágica e misteriosa.

“Estás pronto para continuar?”, perguntou o Luís, com um sorriso maldoso.

Com passos firmes, deu a volta ao carro, abriu a porta do lado do Jorge e olhou para ele com um ar decidido.

— Sai do carro e levanta-te — disse o Luís num tom firme, quase autoritário, enquanto empurrava levemente o braço do Jorge para o fazer sair do carro.

O Jorge, que já estava muito duro e excitado, pois adivinha o que ia acontecer, obedeceu sem hesitar, sentindo a tensão a subir à medida que ficava de pé, agora à espera do Luís, sob o céu ainda escuro da madrugada.

“Já estás bem duro”, disse o Luís ao chegar-se perto do Jorge e colocar a mão nas suas calças, no volume considerável que via de raspão.

Ao dizer isto, não perdeu tempo e inclinou-se para dentro do carro. Tirou uma pequena saqueta (era uma amostra de lubrificante que trazia no local onde tinha tirado o preservativo). Saiu, virou-se ao contrário, mas antes ligou a abertura de tejadilho (podiam ver, agora, o céu estrelado).

Depois, abriu a porta de trás do lado direito, abriu as calças, baixou os boxers e tirou tudo. Já estava, também a ficar excitado.

“Deixa-me chupar só um pouco antes de fazer o que penso que queres”, disse o Jorge.

“Anda, eu quero. Depois vais-me foder. Estive a noite toda a pensar nisto. Mete a boca aqui”, afirmou o Luís, enquanto agitava o seu membro duro e a pulsar.

O Jorge abocanhou e molhou o pau todo com a sua saliva. Esta oral durou pouco tempo, pois o Luís queria era ser penetrado.

Penetrado forte, com ritmo e para lhe fazer lembrar os tempos em que era mais novo e tinha algumas relações bissexuais na sua vida.

Pouco depois, o Luís tocou no rosto do Jorge e fez-lhe um sinal. Virou-se e ficou de quatro.

Pediu ao Jorge para abrir a saqueta, passar lubrificante no seu cu apertado e ainda colocar o 2º preservativo que tinha dentro do local fechado onde tinha o telemóvel e a carteira.

“Depois penetra-me… devagar que já não estou habituado”, pediu o Luís.

O Jorge obedeceu a tudo e, antes de penetrar o Luís, deu 3 palmadas fortes que fizeram o Luís gemer de prazer.

Ao início o pau entrou devagar, deslizando para dentro do Luís. Depois, o próprio Luís disse-lhe para aumentar o ritmo.

O Jorge sentia a pressão, as contrações, os gemidos ainda o deixavam mais louco… o Jorge não ia aguentar muito mais tempo, porque era a primeira vez que penetrava um homem, que fazia aquilo e era tão excitante.

“Fode-me com força, como se eu fosse a tua putinha, mete-o todo dentro de mim”, pediu o Luís.

O Jorge não demorou, consentiu e fez o que lhe foi pedido. A vontade era enorme e agora agarrava com força, com as suas mãos, o rabo do Luís.

Abria e apertava as nádegas com as mãos, enquanto continuava sa penetrar fundo, forte e com ritmo.

Por fim, o momento do êxtase. O Jorge começou a gemer e a conter os mesmos gemidos, tendo o Luís se apercebido disso.

“Tira o preservativo, vem-te no meu rabo, por favor”, disse o Luís, enquanto tinha a cara encostada ao banco.

Em questão de segundos, o Jorge tirou rapidamente o preservativo, segurou no seu pau duro e ejaculou no rabo do Luís.

Que momento a dois, que descoberta fantástica para o Jorge! Alívio, prazer, desejo, medo, paz, felicidade… os dois estavam fora de si.

Depois do orgasmo, o Luís pediu ao Jorge para ir buscar os lenços de papel que tinha ao lado da porta do pendura (os lenços da mulher) e para depois o limpar, antes de vestir os boxers e as calças.

Assim que tudo aconteceu, deitaram-se no interior do carro, sem trocar palavras, apenas a olhar para o céu estrelado, com a brisa da noite a entrar pelo tejadilho aberto.

O silêncio entre eles era preenchido pelos batimentos acelerados e pela respiração ainda ofegante, enquanto cada um processava o que acabara de acontecer.

O momento era íntimo, mas não precisavam de dizer nada.

Pouco depois, com os corpos a acalmar, começaram a vestir-se em silêncio, trocando apenas alguns olhares rápidos, cúmplices.

Quando estavam prontos, o Luís foi o primeiro a sair do carro e a voltar para o lugar para conduzir, ajustando a roupa enquanto o Jorge se recompunha. Trocaram um último olhar, meio hesitante, e seguiram caminhos diferentes naquela noite.

Uma noite que possivelmente não se repetirá

Passou-se uma semana sem que o Luís visse ou ouvisse falar de Jorge. Será que se tinha despedido? Tinha acontecido alguma coisa? No início, pensou que ele apenas precisava de algum tempo, talvez a processar o que tinham vivido naquela madrugada.

Aquele silêncio, porém, começou a ganhar um peso diferente com o passar dos dias. A ausência de uma mensagem, de um encontro casual no supermercado, fazia o Luís questionar o que tinha realmente acontecido naquela noite.

Será que Jorge se arrependia? Será que aquilo para ele não tinha significado o mesmo? Despediu-se por conta do encontro?

A sensação de confusão instalou-se, com os pensamentos a girarem sem parar na cabeça do Luís.

Ele tentava manter a normalidade no trabalho, mas a falta de notícias do Jorge era como um eco constante, uma ausência que começava a parecer definitiva.

O ambiente entre eles, que até então tinha sido cheio de olhares subtis e provocações, tinha sido abruptamente interrompido.

Dias mais tarde, enquanto conversava com colegas, o Luís finalmente soube o que estava a acontecer.

O Jorge tinha aceite uma proposta de trabalho no sul do país. O que parecia ser uma oportunidade irrecusável apareceu-lhe do nada, e ele não pensou duas vezes.

Fez as malas e foi embora, sem avisar, sem despedidas, sem deixar nada que pudesse ligar aquele passado recente à sua nova vida. O Luís ficou sem reação ao ouvir a notícia. Por um lado, compreendia a decisão.

Uma oportunidade assim não surgia todos os dias. Mas, por outro lado, não podia evitar sentir-se abandonado, deixado para trás, como se aquela noite, que para ele tinha sido tão significativa, não tivesse passado de uma memória fugaz para o Jorge.

As perguntas não paravam de rodopiar na sua mente: o que teria levado o Jorge a partir sem dizer nada? Estaria a tentar escapar daquilo que tinham partilhado? Ou teria sido uma questão prática, algo que nem envolvia os sentimentos e os momentos que o Luís julgava ter construído?

A verdade é que ele nunca iria saber com certeza. Naquela semana, tudo o que tinham vivido se tornara uma lembrança distante.

O Luís, sentado no carro onde tudo aconteceu, olhou para o lugar onde o Jorge tinha estado. A sensação de que aquele momento não se repetiria era agora clara.

A vida tinha seguido, e a noite que tinham partilhado tornou-se parte do passado, algo que ele guardaria, mas que talvez Jorge já tivesse esquecido.

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