O salão do casamento estava quente, cheio de vozes e risos abafados pelo som da música. João encostou-se ao balcão do bar, observando os convidados soltarem-se na pista de dança. Foi então que a viu —Olívia.
O vestido vermelho colado ao corpo revelava as curvas que ele lembrava bem dos tempos da faculdade. O olhar dela encontrou o dele, e um sorriso torto se desenhou nos lábios carnudos. Desde aquela noite, anos atrás, o desejo entre eles nunca foi completamente apagado.
Quando a festa já ia alta, Olívia aproximou-se, um copo na mão, o perfume misturado com o leve aroma do suor da pista de dança.
— Achas que o noivo sabe dançar melhor do que tu? — provocou, quase num sussurro.
João riu. — Podemos testar.
E dançaram. Os corpos colaram-se, a respiração quente contra a pele húmida. As mãos dele deslizaram pelas costas dela, descendo até a curva da cintura, puxando-a para mais perto. A música ficou em segundo plano. Havia apenas os toques, os olhares carregados de promessas.
Quando a festa terminou, o convite foi mudo. Apenas os olhares trocados antes de entrarem no carro e a mão dele apertando a coxa nua sobre o vestido.
A porta do apartamento mal se fechou e já estavam um contra o outro. As bocas encontraram-se com fome, a língua de João invadindo a de Olívia, quente, molhada. As mãos dele exploravam o seu corpo, puxando o vestido para cima, expondo a pele macia.
Ela empurrou-o para o sofá, montando nele, os joelhos de cada lado das suas coxas. Beijou-lhe o pescoço, mordiscou a orelha, arrancando-lhe um gemido rouco. A excitação dele já era palpável, o pénis rijo pulsando contra as próprias calças.
Com dedos ágeis, Olívia libertou-o, a glande brilhando de antecipação. Roçou a própria vulva contra ele, sentindo-o estremecer sobre si.
— Foda-se, Olívia… — João gemeu, as mãos apertavam-lhe a cintura.
Ela sorriu, provocadora, e desceu sobre ele devagar. O calor invadiu-a, preenchendo-a por completo. Começou a mover-se, rebolando com suavidade, sentindo cada centímetro dele dentro dela.
O prazer era intenso, quase insuportável. João agarrou-lhe os quadris, guiando os movimentos, o rosto contorcido de prazer. O suor escorria pelas suas têmporas, os corpos húmidos e colados.
— Pára… Se não, vou… — a voz dele falhou entre gemidos.
Mas ela não parou. Moveu-se mais rápido, apertando-o dentro de si, até que ele se entregou por completo. O orgasmo tomou conta dele, um grunhido baixo escapou enquanto o corpo inteiro estremecia sobre o dela.
Olívia inclinou-se e beijou-lhe os lábios com suavidade, saboreando os últimos tremores. Ficaram assim, abraçados, os corações desacelerando juntos.
João acariciou o rosto dela e sorriu.
— Isto foi… intenso.
Ela riu, mordiscando-lhe o lábio inferior.
— Até já, João.
Ele soube, pelo olhar dela, que aquela noite não seria a última.