O escritório era iluminado por luzes brancas e frias, o cheiro de café e papel recém-impresso pairava no ar. Guilherme ajeitou a gravata enquanto caminhava pelo corredor até à sala de reuniões. Aquele era o seu primeiro dia na empresa, e ele esperava um dia comum de apresentações e burocracias.
Mas nada do que aconteceu a seguir foi comum.
Quando entrou na sala, os olhares cruzaram-se de imediato. Samanta, sentada com as pernas cruzadas, usava um vestido preto justo que desenhava cada curva do seu corpo. O cabelo loiro caía-lhe sobre os ombros, e os lábios pintados de vermelho entreabriram-se ligeiramente ao vê-lo.
O desejo foi instantâneo. Quente. Cortante.
As apresentações foram formais, mas o olhar de Samanta desmentia qualquer profissionalismo. Os olhos dela desceram pelo peito de Guilherme, notando o ajuste perfeito do fato, a forma como o tecido delineava o corpo musculado. Quando ele lhe apertou a mão, sentiu os dedos longos e firmes envolverem os seus.
Foi como se um choque percorresse os dois.
Durante toda a reunião, a tensão era sufocante. Os olhares trocados eram intensos, carregados de promessas sujas. Guilherme via o modo como Samanta mordia o lábio, como se lutasse contra o desejo de o tocar. E ele próprio sentia o sangue pulsar com força, a ereção escondida debaixo da mesa, alimentada pela imaginação do que aquele corpo escondia sob o vestido.
Ela era casada. Ele também. Mas nada disso importava quando a porta do gabinete do diretor se fechou atrás deles.
Guilherme encostou-a contra a porta, sem pensar, sem hesitar. Samanta soltou um arfar surpreso, mas não recuou. Pelo contrário, os dedos deslizaram pela camisa dele, sentindo os músculos rijos por baixo.
— Não devíamos… — murmurou ela, mas a voz saiu carregada de desejo.
— Não. — Guilherme agarrou-lhe na cintura, puxando-a contra si, deixando que ela sentisse o tamanho da sua ereção.
O gemido que Samanta soltou foi suficiente para o incendiar por completo.
A boca dele capturou a dela com fome, a língua invadindo, explorando, dominando. As mãos subiram pelas coxas dela, sentindo o calor da pele por baixo do vestido. Com um puxão firme, virou-lhe o rosto, puxando o cabelo num aperto firme enquanto a outra mão subia por entre as suas pernas.
Samanta arfou quando os dedos dele roçaram na renda do body. Guilherme afastou a peça delicada, deslizando os dedos por entre os lábios molhados.
— Tão molhada… — murmurou contra o ouvido dela.
Deslizou dois dedos para dentro, sentindo os músculos dela apertarem-nos de imediato. Samanta agarrou-lhe no braço, o corpo tremia contra o dele. Guilherme começou um ritmo lento, torturante, explorando cada reação dela.
Quando retirou os dedos, trouxe-os até à boca dela, pressionando-os contra os lábios carnudos.
— Chupa.
Samanta olhou para ele, olhos escuros de luxúria, e abriu a boca, envolvendo os dedos dele com a língua. Guilherme sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha ao vê-la saborear-se assim, os lábios a sugarem os seus dedos com avidez.
Perdeu a paciência.
Com um gesto brusco, virou-a contra a mesa do diretor, inclinando-a sobre a superfície polida. As mãos dele agarraram-lhe as coxas, apertando com força enquanto libertava a sua ereção, já latejante.
Roçou-se contra ela, sentindo a humidade a envolver a ponta do seu pénis. Não havia necessidade de mais preparações—Samanta estava pronta para ele.
Empurrou-se para dentro dela de uma só vez.
Samanta gritou baixinho, os dedos cravando-se na madeira da mesa. Guilherme agarrou-lhe na cintura e começou a mover-se com força, cada estocada arrancando-lhe gemidos que ecoavam pelo gabinete.
Os sons eram obscenos—o barulho dos corpos a chocarem-se, a respiração ofegante, a pele suada a deslizar uma contra a outra.
— Guilherme… — Ela gemeu o nome dele, e isso quase o fez perder o controlo.
Agarrou-lhe no cabelo novamente, puxando-a para trás até a sua boca estar perto do ouvido dela.
— Adoro ouvir-te gemer assim.
A velocidade aumentou, os movimentos tornaram-se descontrolados. Samanta estremeceu primeiro, o orgasmo a tomar conta do seu corpo enquanto se apertava em redor dele. Guilherme gemeu com força, enterrando-se mais fundo, até que não conseguiu mais segurar-se e se derramou dentro dela.
O silêncio que se seguiu foi apenas interrompido pela respiração descompassada dos dois.
Mas não acabou ali.
Quando saíram do gabinete, a adrenalina ainda pulsava nos seus corpos. No elevador, enquanto as portas se fechavam, Guilherme puxou o vestido dela para cima novamente.
— Aqui? — sussurrou ela, os olhos brilhavam de desejo.
— Ainda não acabei contigo.
Os dedos dele deslizaram para dentro dela mais uma vez. Samanta mordeu o lábio para conter um gemido, as pernas tremiam. Guilherme acelerou os movimentos, sentindo-a contrair-se de novo ao redor dos seus dedos.
Quando ela se veio, agarrou-se ao braço dele para não cair, os olhos fechados em puro prazer.
As portas abriram-se.
Sem trocar mais uma palavra, saíram do elevador como se nada tivesse acontecido. Mas Guilherme sabia. Samanta sabia.
Aquilo não tinha sido a última vez.