A música suave preenchia o ambiente, misturando-se com o burburinho dos risos e copos tilintando no bar. Andreia sentiu o olhar dele antes mesmo de se virar. Intenso, penetrante. Quando finalmente os seus olhos se encontraram, um arrepio percorreu-lhe a espinha. Pedro estava encostado ao balcão, segurando um copo de whisky, o contraste perfeito entre a pele morena e os olhos verdes que pareciam estudá-la sem pressa.
Ela sorriu de leve, desafiando-o. Não demorou para que ele se aproximasse. A conversa fluiu com naturalidade, como se já se conhecessem de outras vidas. As palavras eram um jogo de sedução, mas era nos silêncios que a verdadeira tensão crescia. O desejo pairava no ar, denso, elétrico.
Quando saíram do bar, a cidade parecia insignificante. Caminharam até ao seu apartamento. Tudo o que importava era o toque da mão dele na sua cintura ao entrarem no elevador. Assim que a porta de casa se fechou, Pedro encostou-a contra a parede, o hálito quente roçou na sua pele.
— Desde que te vi, imaginei como seria tocar-te — murmurou, os lábios trincavam agora cada curva do pescoço dela.
Andreia não respondeu com palavras. As mãos subiram pelo seu peito definido, sentindo a firmeza dos músculos sobre a camisa. Pedro deslizou os dedos pela lateral do seu corpo, explorando as curvas suaves que a lingerie negra destacava. O tecido rendado contrastava com a pele clara, uma visão que o fez prender a respiração por um instante.
Os beijos tornaram-se mais urgentes, e as roupas foram caindo pelo chão, peça por peça. O calor aumentava, as respirações misturavam-se. Pedro ergueu-a com facilidade, levando-a para a cama, onde a luz suave realçava a sua forma escultural. Os dedos dela passeavam pelo seu abdómen definido, sentindo a sua firmeza sobre a pele quente.
Cada toque, cada beijo era um convite ao prazer. As mãos dele exploravam, os lábios encontravam os pontos certos, arrancando dela suspiros audíveis. O corpo dela arqueava-se sobre o dele, respondendo a cada movimento com desejo crescente. As bocas procuravam-se com fome, enquanto a noite avançava em ondas de prazer, culminando em um clímax arrebatador que os deixou sem fôlego.
Depois, deitados lado a lado, a respiração ainda descompassada, Pedro passou a sua mão delicadamente pelo ombro dela.
— Não planeei que esta noite fosse assim — confessou com os seus olhos verdes fixos nela.
Andreia sorriu, acariciando delicadamente a sua barba.
— Eu também não… mas certas coisas não precisam de ser planeadas. – respondeu enquanto o puxa novamente para ela.
A noite ainda não tinha terminado. O desejo, como brasa incandescente, apenas esperava ser reacendido.